Notas sobre um comício exemplar


É justo assinalar o primeiro dia de campanha para a eleição do Presidente da República com algumas notas sobre o comício de João Ferreira, no Coliseu do Porto, na manhã de hoje, antecipado com enorme eficiência em escassos dias, pois estava convocado para a tarde.

Foi mais um prodígio de organização, garantindo a "casa cheia" possível nas condições sanitárias conhecidas, com entrada, permanência e saída em devida ordem e com o devido distanciamento. Nenhuma outra força possui uma sombra sequer desta capacidade.

São de reter, da mandatária nacional da candidatura, Heloísa Apolónia, três traços distintivos de João  Ferreira como o melhor candidato: "enormíssima consciência social; experiência de luta e acção política; e necessidade de transportar os valores inscritos na Constituição para a vida concreta das pessoas". 

Trata-se uma "candidatura única, singular, ancorada nos princípios constitucionais", que "não se confunde com nenhuma outra candidatura, por muito de esquerda que se afirme", assinalou o secretário-geral do PCP, Jerónimo  de Sousa.

Sobre a utilidade do voto em João Ferreira, ainda Jerónimo de Sousa: "é o voto que, como nenhum outro, expressa a esperança numa vida melhor".

A iniciativa decorreu num contexto de agravamento das condições sanitárias, a acrescentar ao quadro extremamente aguerrido da pugna eleitoral.


"Sabíamos que esta batalha iria ser dura, mas também não estamos habituados a tarefas fáceis", salientou o candidato, frequentemente ovacionado com entusiasmo, designadamente ao salientar a centralidade do trabalho e dos trabalhadores no projecto da sua candidatura.

"Precisamos de um Presidente da República que tenha os seus primeiros afectos para estes imprescindíveis do país", enunciou.

As condições são adversas, sim, mas saímos do Coliseu com "o compromisso de que não iremos desertar em nenhum momento desta batalha decisiva".



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