Voto antecipado e resistência cívica

Na qualidade de mandatário concelhio de João Ferreira, visitei, na manhã e na tarde de hoje, as oito secções de voto instaladas na Maia para o voto antecipado para as eleições presidenciais do próximo domingo, nas quais permaneci até ao fecho da jornada (vi o último eleitor entregar o sobrescrito com o seu voto às 19:46).



Longas filas e elevado número de inscritos (cerca de 600 por secção) que pretendiam mesmo mesmo votar - e por isso o fizeram por sua vontade - auguravam, na minha primeira avaliação a meio do dia, uma participação mais expressiva do que vaticinam as previsões de abstenção elevada.




Essas filas permaneceram extensas - sobretudo a dos eleitores recenseados na Maia - durante longas horas com cerca de 350 metros e extensas se mantiveram para além da hora oficial do encerramento das urnas (19 horas), todas instaladas na Escola Básica 1/Jardim de Infância D. Manuel II.

Pelos dados de amostra que recolhi, atrevo-me a estimar que não terá chegado aos 60% a percentagem desses inscritos para o voto antecipado que logrou concretizar esse direito/dever, sendo porém muitos os que desistiram de permanecer à espera mais de uma hora ou duas. Estes e os que acabaram por faltar poderão votar, no entanto, votar no próximo domingo.


Gostaria de deixar a menção a uma família que, segundo me contou o presidente de uma das mesas, chegou a apresentar-se três ou quatro vezes na fila, desistindo nas primeiras mas porfiando na derradeira, conseguindo satisfazer o seu desejo cívico.

Oxalá sinais de resistência como este se multipliquem no próximo domingo. Que as dificuldades eventualmente expectáveis não façam desertar ninguém!

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