Um sonho fatal e outras narrativas em défice nos jornais

Já vos falei do Augusto Baptista algures, lá para trás desta apressada e tantas vezes desorientada nave. 
Sou suspeito - é meu amigo - , mas gostava de voltar ao assunto, a propósito de mais um notável "arrincanço" de um desperdiçado repórter que só alguém com a sua sensibilidade, a sua atenção e o seu talento seria capaz de trazer-nos. 
Um retrato assim tão despojado, quase cru, e tão doce do quotidiano da gente real que habita uma cidade real e um país real faz-nos lembrar quanta falta fazem repórteres assim, com histórias com gente dentro, e de quão a leste da vida real estão tantas redacções.
Já agora, há que ler igualmente:
O homem do garrafão
O Boneco de Maria
Três milhões de degraus por amor aos gatos
O camarada doutor
O retrato do retratista
Um ás da sobrevivência
Um homem do TEP
Mestre Pedrosa
O seringador
A árvore de pé descalço
O tocador de trombone
E depois não digam que não tenho razão quando falo do desperdício de talentos.

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