A justa luta dos músicos e outros artistas e lojistas do STOP e a armadilha da lei dos despejos




O que há de comum entre a dramática situação dos 450 a 500 músicos e artistas, além dos lojistas, do antigo Centro Comercial STOP - há duas décadas exemplarmente transformado em complexo cultural - e a malfadada Lei dos Despejos? 

Resposta: a lamentavelmente muito provável hipótese de, mesmo que venham a ser feitas obras de reabilitação e que o CC venha enfim a ser legalizado, virem a ser expulsos do seu "espaço STOP". Com a trágica ironia de serem os próprios a pagar o próprio caixão, se se concretizar sem quaisquer garantias de que ali permanecerão, a ideia (julgo de que Rui Moreira) de uma angariação de fundos para as obras com base designadamente em concertos utilizando a sua mão-de-obra.
 
Na reunião de hoje da Comissão de Cultura da Assembleia da República, tive oportunidade de, em nome do PCP, colocar esta questão em evidência e de insistir na ideia central de que o Ministério da Cultura tem mesmo de intervir, face às incógnitas de que os músicos, artistas e lojistas estão reféns e às circunstâncias que eles não dominam.

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