25 de Novembro: aplausos e vivas despropositados no Parlamento

A propósito dos despropositados aplausos e vivas ao 25 de Novembro das três bancadas da direita, nesta manhã, na Assembleia da República, permito-me recordar a esteira bombista que ele representou:

Entre o primeiro acto terrorista da rede MDLP e grupos associados, em Maio de 1975, e o último em Abril de 1977, foram realizadas 566 acções violentas, destacando-se 310 atentados bombistas, 136 assaltos e 58 incêndios (pág. 74).
Só entre Julho e Novembro de 1975, em 85 dias “úteis”, isto é, de actividade terrorista no Norte e no Centro, registaram-se pelo menos 213 acções – se bem as contei – uma média de 2,5 por cada dia de operações.
O ponto máximo foi atingido no mês de Agosto, com 26 dias de actividade e mais de 83 acções – mais de três por dia – respondendo por pelo menos cinco mortos e inúmeros feridos.
Os alvos preferenciais eram as sedes e automóveis e residências de militantes de partidos de esquerda e de organizações sindicais. Só o PCP foi alvo 84 vezes, e nalguns casos repetidas, entre Junho e Dezembro de 1975.
Fonte dos dados: Jorge Sarabando, "O 25 de Novembro a Norte", sobre o qual escrevi aqui.

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