Intensifica-se a campanha contra a Festa do "Avante!"


Prossegue com crescente intensidade a campanha contra a realização da Festa do "Avante!", com a comunicação social a manter os microfones diligentemente estendidos a tudo quanto possa debitar uma partícula de declaração que seja que possa comprometer o prestígio e o rigor da sua organização e do PCP - seja um esclarecimento de circunstância da DGS ou do Governo, uma palavra mais ou menos ambígua do Presidente da República, uma opinião de um comentador, uma boca de um entrevistado.

O afã militante empregue pelos media nesta "cobertura" converge - voluntária ou involuntariamente... - com a acção cada vez mais feroz da direita que julga enfim chegada a oportunidade para tentar desferir, agora com todo o despudor e com a "coragem" que nunca tivera, um golpe mortal sobre a Festa e, de caminho, no PCP.

Nesta campanha vale tudo - de hipervalorizar a pelos vistos questão magna da "lotação de 100 mil pessoas", como se jornalistas e comentadores não soubessem que esse número não corresponde a uma presença simultânea permanente, a dar livre circulação a expressões como "proibir a Festa do 'Avante!".

A direita quer mesmo banir a Festa - não neste ano, mas para todo o sempre - e não é por acaso que usa descaradamente o termo "proibir". Mas os media que se dizem independentes deveriam estar mais atentos às armadilhas semânticas e evitar apropriar como suas expressões e truques de retórica do campo político. E, sobretudo, exercer o escrutínio sério sobre o que realmente está em curso.

Reclamar a proibição de uma iniciativa politica e cultural e sobretudo exigi-la já na forma de petição pública afigura-se, pelos vistos, para os jornalistas, coisa normal em democracia e num Estado de Direito Democrático, como se não estivesse de facto a pretender entrar no objectivo da criminalização do PCP.

Combativo e paciente, o PCP tem vindo a explicar as medidas em curso para a realização da Festa. Nem outra coisa seria de esperar, nesta edição e nas anteriores, nesta iniciativa e em todas, em 2020 como num século de existência dura e resistente. Oxalá outros aprendam.

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