A Constituição no centro das lutas

Assinalando o 37.º aniversário da aprovação da Constituição da República Portuguesa, o Movimento em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido promoveu hoje no Porto uma sessão pública, da qual respigo vários tópicos das várias intervenções:
  • Do juiz conselheiro jubilado do Tribunal Constitucional Guilherme Fonseca - Apesar dos ataques e recuos ao longo de sucessivas revisões, a Constituição da República encerra ainda um núcleo fundamental de direitos e até directivas para o bom governo da nação, bem como soluções para a economia  e a agricultura, incluindo a entrega de terras a cooperativas e outras formas colectivas.
  • Do historiador Manuel Loff - Portugal vive sob leis de excepção suspendendo ilegitimamente a CRP e em regime de estado de emergência que ninguém decretou, submetendo-se ao totalitarismo do mercado, mas é possível e é necessário afirmar o direito de resistência.
  • Da investigadora Dora Fonseca - O mercado está a explorar de forma galopante a precariedade, especialmente dos jovens e a capitalizar a disputa pelo emprego e até as diferenças de qualificação, mas vai crescendo a consciencialização e a disponibilidade para a luta.
  • Da assistência (sala bem preenchida) - É necessário colocar a Constituição no centro das lutas, mesmo nas pequenas (contra o encerramento de uma estação dos correios ou um centro de saúde) e afirmar o direito de insurreição contra a tirania e o direito de resistência.
  • Mais - é necessário fazer das comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, mais do que celebrações, a oportunidade para o combate por um Portugal efectivamente soberano, livre e liberto da tróica e do pacto de agressão, justo e desenvolvido. 

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