A síndrome da gorjeta

Por princípio, por razões ideológicas e éticas não dou gorjetas.
Se fiquei a gostar de determinado restaurante (por exemplo), é natural que o frequente mais vezes ou que o recomende. E é natural que o dono do restaurante se sinta compensado porque há mais pessoas a frequentar mais frequentemente e há outras a recomendar que o frequentem.
Também me parece justo que os empregados ao seu serviço tenham a devida compensação – com salários justos, quero dizer, e condizente carreira contributiva para a Segurança Social, e subsídio de baixa adequado ao salário declarado, etc. etc., e, se for o caso, indemnização por despedimento, calculada em função do salário real, e subsídio de desemprego calculado pela mesma fórmula.
Escuso de acrescentar, para esclarecer, que as gorjetas nada contam para as garantias enunciadas no parágrafo anterior e que, pelo contrário, diminuem a capacidade reivindicativa dos trabalhadores..

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