Não, o coronel Silva não conta para a "cúpula" militar da Venezuela

A notícia de que a "cúpula militar" venezuelana perdeu o "primeiro alto quadro" é manifestamente exagerada: o coronel que, em Washington, se bandeou para o lado do autoproclamado "presidente encarregado", Juan Guaidó, era apenas adido militar na embaixada da Venezuela.


Qualquer pessoa razoavelmente informada sabe que um adido (militar, cultural, de imprensa, etc..) é um conselheiro técnico que integra uma missão diplomática, com a qualidade de diplomata temporário, portanto sem qualquer relevância hierárquica nas instituições das quais provenha. Ou seja, no caso militar, não integra a cadeia de comando, muito menos a "cúpula".

Por conseguinte, escrever, como vi escrito e ouvi em órgãos de informação portugueses, só pode resultar de (a) desconhecimento, (b)precipitação interpretativa, ou (c) manipulação grosseira.

Nota: A precipitação no manejo de termos e conceitos que não se domina representa um risco muito elevado para a credibilidade do jornalismo. 
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