Actualidade política e poder dos Media
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Volvidas
duas semanas sobre as eleições para a Assembleia da República, continua
incansável a azáfama mediática em torno da questão do suporte parlamentar e da composição
do novo governo.
Neste
período, consolidou-se o indisfarçável o incómodo com a possibilidade de um
acordo de incidência parlamentar à Esquerda, ou simplesmente a criação de
condições políticas para que António Costa possa formar governo, e
intensificou-se uma despudorada campanha especialmente contra o inimigo do
costume.
“Artigos”,
entrevistas, opiniões, editoriais e peças aparentadas têm ido às mais
recônditas profundezas da memória e dos arquivos, a procurar recuperar episódios,
afirmações e incidentes que justifiquem o anátema lançado especialmente sobre o
Partido Comunista Português.
Bem
vistas as coisas, o manancial verdadeiramente torrencial de peças jornalísticas –
nos jornais como nas televisões e nas rádios – destas duas semanas seria mais
do que suficiente para alimentar programas doutorais em Ciências Políticas e da
Comunicação de toda a Universidade Portuguesa durante décadas, sem falar de
estudos e teses mais modestas.
Os
académicos perdoar-me-ão a ousadia, mas não resisto a deixar aqui a modesta
sugestão de alguns tópicos:
.
- Jornalismo e editorialismo políticos: há uma agenda anticomunista oculta?
- Análise de resultados eleitorais: objectividade e preconceito
- Campos em tensão: as escolhas populares e o poder dos Media
- Media e democracia: a elite editorial e as consignas ideológicas dominantes
- Análise e debate: pluralismo de curto espectro
- Entrevistas, declarações e depoimentos: critérios e consequências das escolhas
- Editoriais: posicionamentos de causa