Actualidade política e poder dos Media


Volvidas duas semanas sobre as eleições para a Assembleia da República, continua incansável a azáfama mediática em torno da questão do suporte parlamentar e da composição do novo governo.
Neste período, consolidou-se o indisfarçável o incómodo com a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar à Esquerda, ou simplesmente a criação de condições políticas para que António Costa possa formar governo, e intensificou-se uma despudorada campanha especialmente contra o inimigo do costume.
“Artigos”, entrevistas, opiniões, editoriais e peças aparentadas têm ido às mais recônditas profundezas da memória e dos arquivos, a procurar recuperar episódios, afirmações e incidentes que justifiquem o anátema lançado especialmente sobre o Partido Comunista Português.
Bem vistas as coisas, o manancial verdadeiramente torrencial de peças jornalísticas – nos jornais como nas televisões e nas rádios – destas duas semanas seria mais do que suficiente para alimentar programas doutorais em Ciências Políticas e da Comunicação de toda a Universidade Portuguesa durante décadas, sem falar de estudos e teses mais modestas.
Os académicos perdoar-me-ão a ousadia, mas não resisto a deixar aqui a modesta sugestão de alguns tópicos:
  1. Jornalismo e editorialismo políticos: há uma agenda anticomunista oculta?
  2. Análise de resultados eleitorais: objectividade e preconceito
  3. Campos em tensão: as escolhas populares e o poder dos Media
  4. Media e democracia: a elite editorial e as consignas ideológicas dominantes
  5. Análise e debate: pluralismo de curto espectro
  6. Entrevistas, declarações e depoimentos: critérios e consequências das escolhas
  7. Editoriais: posicionamentos de causa
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