Agressão militar dos EUA ao Irão é inaceitável e perigosa
Ao décimo dia de ataques de Israel contra o Irão, a gravíssima agressão militar dos Estados Unidos da América praticada nesta madrugada contra o Irão, a sua soberania e a sua segurança, tem implicações e desenvolvimentos imprevisíveis, especialmente na região do Médio Oriente. E merece o mais vivo repúdio. O Partido Comunista Português (PCP) já o fez. E o Governo? E os outros partidos?
Não vale a pena vir à liça de forma hipócrita, como fez nesta manhã o primeiro-ministro português, alegar que o Irão não pode desenvolver uma arma nuclear. Não deve, nenhum país deve. Mas o certo é que o Irão, não tendo armas nucleares, é parte no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e o seu programa nuclear é objecto de monitorização pela Agência Internacional de Energia Atómica. Israel, pelo contrário, possuindo pelo menos 200 ogivas nucleares, está fora do Tratado e não está sujeito a qualquer forma de fiscalização.
Como o PCP, bem salienta, é urgente respeitar a Constituição da República Portuguesa e promover a participação de Portugal nas necessárias diligências políticas e diplomáticas que façam cessar imediatamente os ataques de Israel e dos EUA contra o Irão, assim como as respostas militares do Irão, e encaminhem para a paz.