Abílio Marques PInto



Pensando nas apaixonadas advertências do Abílio Marques Pinto sobre o modo correcto de segurar na mão uma medalha, estou para aqui a matutar até que ponto muito do que somos devemos ao que foram as pessoas que fizeram parte da nossa vida. 
O A. Marques Pinto foi o meu primeiro chefe – primeiro, coordenador, que corresponde ao moderno cargo de editor de secção; mais tarde, chefe de Redacção – quando entrei no Jornalismo, ainda no velho “O Primeiro de Janeiro”, há mais de 36 anos.
Devo-lhe algumas coisas essenciais, como os reparos francos aos meus textos iniciais, o incentivo sincero aos meus progressos e a camaradagem luminosa das nossas jornadas de trabalho, com a partilha das suas memórias e experiências e as cavaqueiras sobre livros. 
Nunca esquecerei uma das suas recomendações para valer toda a vida: “um repórter nunca abandona o local da reportagem sem ter na cabeça o ‘lead’ da notícia”. E tenho uma imensa saudade das gargalhadas que coroavam as “larachas” que contava, sempre um sorriso largo e, amiúde, como nos filmes, com os polegares encravados nuns magníficos suspensórios.
Até sempre, chefe!

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