Porque a crise não é uma fatalidade

Sobre a actualidade de um manifesto.
As eleições de domingo passado na Grécia alteraram a aritmética parlamentar e lançaram a inquietação nos mercados - essa entidade suprema que gere, enquanto deixarmos, os destinos da Humanidade. De essencial, não mudou o que deveria ter mudado. O essencial não se muda com terramotos destes.
Foi por isso que me lembrei de um manifesto, com quase um ano, que me orgulho de ter assinado e que mantém uma significativa actualidade. Começa assim: 
"A crise não é uma fatalidade. Tem causas, responsáveis, soluções. Resulta, em primeira instância, de um sistema económico e social iníquo, gerador de crises cíclicas que só a superação do próprio sistema pode erradicar e não as panaceias do momento, ou os devastadores conflitos bélicos que, ontem como hoje, à escala planetária ou de âmbito regional, servem por vezes de saída para as crises económicas e sociais.

No quadro internacional, é, porém, sabido que a responsabilidade pela actual situação decorre da actuação predadora, de procura do lucro a qualquer preço, que tem sido a pedra de toque da alta finança, da banca internacional, dos grandes grupos económicos (os sacrossantos «mercados», sem rosto nem escrutínio, cujo nervosismo faz tremer os países) e de todos os que, ao nível dos poderes executivos, continuam a representar os seus interesses: os directórios políticos nacionais e europeus."
O resto está aqui.
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