Um pedaço mais de rigor, s.f.f.
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(Imagem de Marcelo em campanha retirada da peça da TVI, com a devida vénia) |
Tive
de “rebobinar” várias vezes a peça da TVI do “Jornal das 8” de ontem à noite, e
hoje largamente replicada na manhã da TVI 24, sobre a sondagem da Intercampus
para esta estação, para a TSF e para o “Público”, para confirmar o que julgara
ouvir.
Logo
ao 15.º
segundo da peça, escuta-se o seguinte: “Se as eleições fossem agora, o
candidato independente mas filiado no PSD seria o vencedor”. A jornalista refere-se
nada menos do que ao candidato que, como toda a gente mas nem toda o queira
dizer, é apoiado pelo PSD e pelo CDS.
O
mínimo de rigor que se exige é que pelo menos – e já não é pedir muito – é que
o designem como candidato “recomendado pelo PSD e pelo CDS”, assim como não
quadra mal chamar-lhe ex-presidente do PSD. Mas “independente”?!
Não
fica por aqui, a coisa. De seguida, escuta-se que se segue outro independente,
Sampaio da Nóvoa, e “de seguida, Maria de Belém, também independente mas
deputada do PS”…
Além
do facto de Maria de Belém já não ser, de facto, deputada do PS (é ex-deputada),
sempre conviria anotar que esta candidata é militante desse partido, do qual
foi presidente até há pouco.
Assim
como seria mais rigoroso se se dissesse que o PS, além de apelar ao voto em
Maria de Belém ou em Sampaio da Nóvoa (este realmente não filiado em nenhum partido)
e de ter muitos destacados dirigentes e militantes empenhados nas campanhas de
ambos, atribuiu recursos financeiros a ambas as candidaturas e de “forma
equitativa” (cito de memória da entrevista de Augusto Santos Silva ao DN, ontem).