Gabriel García Márquez

Há tempos, li, numa entrevista de um autor que vende muitos livros, entre ligeiras considerações literárias, certas afirmações chocantes sobre a dimensão, o valor e o lugar que uns quantos escritores terão no gosto e na memória dos leitores, porque condenados a serem esquecidos.
Lembrei-me, então, de uma outra entrevista, a do escritor Mário de Carvalho, da qual retive a amarga mas firme crítica a uma rapaziada que publica muito mas leu muito pouco, ou mesmo nada, dos nossos maiores e melhores poetas e escritores e mestres, mas que pouco ou nada se importa com tais lacunas.
Ocorreu-me agora isto, por causa da morte do escritor e jornalista Gabriel García Márquez, ocorrida hoje, e do chorrilho de lugares comuns e do forçado parafraseado de títulos de obras tão típicos da cultura de badana e de motor de busca que logo inundou o espaço público, a par, embora - e é justo assinalá-lo -, de considerações informadas e sugestões de leitura acertadas.
As últimas mostram que não será esquecido.
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