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A mostrar mensagens de maio, 2013

Subsídio de quê?

O Orçamento Rectificativo confirma a política impiedosa do Governo, por muitos améns que pelo menos alguns dos seus ministros suspirem. Só um exemplo: valor do subsídio de doença fica abaixo do limiar de pobreza. .

O essencial estava fora de cena

O antigo Presidente da República Mário Soares conseguiu o feito de reunir o PS, o PCP e o BE no mesmo palco.  Mas os factos - e basta atentar nos concretos conteúdos das intervenções, a começar pela de Mário Soares - mostram que a solução "de Esquerda" alegadamente pretendida com a sua iniciativa está longe de reunir o necessário acordo sobre o essencial. Ora, a dramática situação social e económica e política que vivemos exige acordos efectivos e consequentes sobre aspectos essenciais e fundamentais que estão muito para além da encenação episódica de ontem à noite. .

Pensões e espiral recessiva

Diz quem sabe: "O sistema público de pensões vê-se envolvido no círculo vicioso da espiral recessiva. Em nome doequilíbrio orçamental são reduzidas as pensões. O impacto recessivo desta redução degrada a sustentabilidade financeira do próprio sistema de pensões. Mais desemprego e menores salários resultam em menores contribuições. Menores contribuições exigem novos cortes nas pensões. As pensões aparecem assim como uma variável permanente de ajustamento, onde, no limite, está em causa a sua própria existência." Ler mais, e com explicações claras, aqui . .

Trabalhadores no "Expresso" solidários

Os jornalistas e outros trabalhadores no semanário "Expresso" manifestaram-se hoje contra o despedimento de quatro camaradas , questionando abertamente a empresa, o processo de selecção das vítimas da extinção dos postos de trabalho e o próprio Pinto Balsemão. .

No cinquentário da morte de Aquilino Ribeiro

Passam hoje 50 anos sobre a morte do mestre Aquilino Ribeiro, que Pedro Foyos aqui evoca com um documento cuja importância múltipla deve assinar-se: desde logo, pela qualidade da entrevista; depois, pela circunstância histórica da Censura, de má memória mas cuja existência e efeitos nefastos não convém esquecer. Obrigado, Pedro! .

Media: o problema é o modelo...

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A ler: "Até agora, em primeiro lugar mandava o capital isto é, os donos das empresas de comunicação. Depois, obviamente os anunciantes. O que é que acontece agora? As duas coisas vão de mal a pior. Os grandes meios de comunicação social já não são rentáveis, o capital é meramente especulativo, os meios de informação já não interessam aos accionistas, e tão-pouco aos anunciantes. Pretendem fazer-nos crer que há uma crise nos meios de informação, mas procuro demonstrar que não, que a crise está no modelo através do qual pretendem tornar-se ricos." Pascual Serrano, entrevistado aqui , a propósito do mais recente livro, "Jornalismo Canalha" .

Política, redes sociais e patrulhamento jornalístico

No rescaldo da polémica em torno das bocas dos deputados Carlos Abreu Amorim (1) e José Lello (2), o "Diário de Notícias" (Francisco Mangas) publica hoje um interessante artigo, pondo três politólogos (António Costa Pinto, Adelino Maltez e André Freire), e ainda José Lello, a discorrer sobre as inconveniências das tiradas como as que aqueles escreveram instantaneamente no Twitter, dizendo (sem pensar?) o que lhes "ia na alma". Não há dúvida de que mandar umas bocas nas redes sociais é uma nova modalidade de intervenção política, ou é pelo menos um exercício de liberdade de expressão.  Talvez tenha alguma ponta de razão José Lello, ao estranhar a valorização que os jornalistas parecem dar-lhes, quando afirma: "Os jornalistas, como são incapazes de atacar os poderes instituídos, procuram a caixa (cacha) na não-notícia, exorcizam os políticos". Mas, no essencial, faz-nos reflectir sobre as razões pelas quais os jornalistas patrulham tanto as con

Quando Sampaio diz que o consenso se esgotou...

Em entrevista, hoje, à RDP/Antena 1 (Maria Flor Pedroso), o antigo Presidente da República Jorge Sampaio diz duas coisas muito claras e muito importantes para quem ainda tinha dúvidas: que o consenso, pelo qual ele se tem batido, afinal já se esgotou; e que é necessário desdramatizar a realização de eleições antecipadas. .

Uma determinada parte do regime

Na entrevista que hoje deu ao programa "De Caras", na RTP1, o ministro Álvaro Santos Pereira lá prosseguiu a azáfama do Governo em manter o PS amarrado ao pacto de regime do chamado "arco da governação", hoje insistindo muito que é fundamental um acordo sobre estabilidade legislativa nomeadamente na área fiscal - e outras, isto é, também a laboral, e por aí fora. E, como, parecendo que não, o Governo lá vai levando a água ao seu moinho, é assim que parte do regime vai apertando o garrote à outra parte... .   

Movimentos sociais, partidos, sindicatos e Democracia

Vítor Dias acaba de deixar arquivada, no seu "Papéis de Alexandria", uma importante, oportuna e muito bem pensada reflexão sobre os movimentos sociais, os partidos, os sindicatos e a Democracia, na qual deixa significativas respostas a tanto engodo ideológico, ou a tanto equívoco ingénuo. Sete notas a não deixar de ler . .

Ouçam-no!

O Conselho Económico e Social, que não é propriamente dominado pela Esquerda nem pelos sindicatos - cruzes!! - deveria ser ouvido . Mas, infelizmente, o Governo e a maioria continuam a assobiar para o lado.    .

Falta inspiração ao Conselho de Estado?

Aflitos com tanto sofrimento, no meio de tanta angústia e pior incerteza, os portugueses bem mereciam o milagre de uma inspiração ao Conselho de Estado, ou que pelo menos lhes explicassem muito bem o que é que foi concretamente discutido e que perspectivas há, ao cabo de sete horas de maratona de meninges , de mudar de vez de rumo.   ,.

Apostamos?

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros falou hoje também na pele de presidente do CDS-Partido Popular para vir "tranquilizar", dizem os jornais em linha, os pensionistas aos quais o Governo se prepara, mais tarde ou mais cedo, para confiscar-lhes mais uma parte das suas pensões. E lá veio com a desculpa que o dito esbulho lá ficou nos papéis da tróica internacional, mas que não é para cumprir, porque, justificou , ele é " politicamente incompatível com essa TSU dos pensionistas, por razões de justiça social, por razões de impacto económico e até por razões de prudência jurídica". O presidente do CDS-PP bem pode repetir quantas doses quiser deste tranquilizante, mas confesso que não me entra que a medida tenha ficado nos papéis só para tróica ver. .   

Uma importante vitória para o Jornalismo livre e responsável

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas saudou hoje a absolvição das jornalistas Célia Rosa e Isabel Stilwell pelo Supremo Tribunal de Justiça, condenadas em 2007 por causa de reportagens e editoriais na "Notícias Magazine" sobre controversas decisões de um juiz em processos de adopção em Braga. Trata-se de "uma importante vitória para o Jornalismo livre e responsável", considerou a Direcção do SJ, em comunicado divulgado ao final da manhã de hoje. .

De que é que estavam à espera?

"De acordo com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais, o Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, uma diminuição de 3,9% em volume no 1º trimestre de 2013 (variação de -3,8% no trimestre anterior)", anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo a síntese do INE, "a procura interna apresentou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB, em resultado da diminuição mais acentuada do Investimento, com destaque para o comportamento da FBCF em Construção". Comparativamente com o trimestre precedente, o PIB diminuiu 0,3% em volume. Está tudo aqui . .

Quem acciona a emergência?

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Continua a demanda mediática de dirigentes centristas procurando revelar ao povo a oculta verdade dos compromissos do CDS-Partido Popular quanto à "TSU para os reformados" e ameaçando com "uma crise política" se a dita for para diante, a fazer fé na mini-entrevista do presidente do seu Conselho Nacional ao "Correio da Manhã" de hoje. Que a marcha do Governo vai má e perigosa, vai, já sabíamos todos. Mas quando é que alguém lá dentro acciona a emergência e faz parar o comboio da desgraça? .

À atenção da Casa Civil de S. Ex.ª o Presidente da República

Se não vir muita maçada no encargo, alguém na Casa Civil de S. Ex.ª o Senhor Presidente da República fará a caridade de explicar ao Senhor Professor que, além de discordarem convictamente da brutal intervenção dos mercados que capturaram a soberania nacional, muitos dos portugueses que S. Ex.ª tem obrigação de representar, independentemente das suas próprias convicções filosóficas e/ou religiosas, estão-se nas tintas para as efusões de fé de S. Ex.ª e sua esposa, e que são pelo menos ridículas declarações aos jornalistas como aquela que, de acordo com um despacho da Agência Lusa, foi proferida esta tarde no Porto, segundo a qual S. Ex.ª disse: "Eu penso (no fim da sétima avaliação da tróica internacional) como uma inspiração - como já a minha mulher disse várias vezes - da Nossa Senhora de Fátima, do 13 de Maio"? Muito agradecido. .

A TSU dos reformados num drible semântico

Ora vamos lá ver se percebi. O CDS-Partido Popular aceitou a inclusão, no "compromisso" com a tróica internacional, daquilo a que o próprio chamou "TSU para os reformados", com a "convicção" de que não será aplicada, mas que o ministro das Finanças diz que o será "em caso de absoluta necessidade"? Ou é impressão minha, ou o malabarismo do CDS-PP continua ainda mais longe de ser explicado, apesar dos dribles semânticos do seu porta-voz ? .

À consideração do Dr. Portas

O Governo - nisto querendo eu implicar os dois partidos que o compõem - tem apavorado os portugueses, e especialmente os reformados e pensionistas, com um desavergonhado cinismo, com o projecto de esbulho das respectivas pensões, alegadamente imposto pela tróica internacional. Depois da celebérrima e quase solene conferência de imprensa do presidente do CDS-Partido Popular de há pouco mais de uma semana, na qual fez juras de que a "TSU para os reformados" não passaria a fronteira da sua tolerância de parceiro de coligação, veio ontem a omnipresente "fonte governamental" informar os jornalistas de que, afinal, o Dr. Portas sempre transigiu, ainda que a título "excepcional", o que quer que isso signifique, de modo que o governo pátrio pudesse deixar ir contentes os enviados da tróica. Logo o PSD se regozijou, em formalidades de comunicado, com a proclamada cedência do Dr. Portas, largamente repercutida nos meios de informação. Acorreu logo também o port

Afinal...

Tal como previa aqui , o CDS-Partido Popular e Paulo Portas são mesmo cúmplices do cisma grisalho, que é a forma eufemística encontrada pelos PP para o assalto final às pensões de reforma dos idosos, como resulta da reunião extraordinária do Conselho de Ministros. .

Resistir ou desistir?

"Preciso de ajuda". Ansiosa, os olhos aflitos, quase lágrimas a assomar da angústia que lhe oprimia o peito, explicou: candidatou-se à rescisão amigável na empresa; foi à segurança social indagar do valor do subsídio de desemprego, enquanto o houver; e indagou também do valor da pensão de reforma, quando chegar a idade. Prognóstico: dentro de três anos, teria consumido o pecúlio da indemnização, já não teria subsídio de desemprego, estaria a sete anos da reforma e ninguém lhe daria emprego. Que fazer - resistir ou desistir? .  

RDP: Um pronunciamento esmagador

Os jornalistas ao serviço da RDP não têm dúvidas: a fusão de redacções ou editorias com a RTP representaria uma ameaça à autonomia do Serviço Público de Rádio e à diversidade e pluralismo dos serviços públicos de rádio e de televisão. Nesse sentido se pronunciaram hoje num referendo esmagador . .

Ainda o caso do rádio de pilhas do guerrilheiro

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Agenda. Lembram-se do caso do rádio de pilhas na consciência de um alferes ranger ? Pois amanhã sobe à cena. Assim: Estórias do Mato - a guerra colonial em palco de 9 a 12 de Maio de 2013, pelas 21h30 Teatro Helena Sá e Costa (Rua da Escola Normal, 39, Porto, TLF Bilheteira: 225 193 760) Dramaturgia e encenação de Pedro Estorninho e música original de José Mário Branco, espectáculo criado a partir do livro "Não sabes como vais morrer" de Jaime  Froufe  Andrade (4ª edição, Colecção Memória perecível, AJHLP). Sinopse: No começo de um dos muitos debates que se têm feito sobre a guerra colonial e sobre os ex-combatentes, Alferes Isidro conta-nos a sua história, transportando-nos numa analepse que nos coloca no seu último dia de guerra e de África onde se encontra numa situação de espera com o Sargento João, contando um ao outro as suas histórias de guerra e do mato. Dados sobre o espectáculo: Duração: (aprox.) 1h Classificação: mai

Luto académico

A Universidade do Porto decretou luto académico pelo estudante assassinado na madrugada de sábado. Com a indiferença da diversão pela diversão que a tragédia da madrugada não beliscou, o cortejo da queima lá hoje andou pelas ruas do Porto. Dizem que a vida continua. E os negócios da Queima também. O resto são formalidades. .

Frase letal em democracia

"Eu vejo um mundo onde a tecnologia permite que cada pessoa tenha tudo o que quiser. Já não está nas mãos dos políticos." Cody Wilson, 25 anos, estudante norte-americano de Direito, fabricante de uma pistola de plástico que dispara munições normais, em declarações à BBC citada pelo "Diário de Notícias" em linha. .

Contradições e missões

Embora devam ser tidas em conta, as contradições internas no Governo e o número de hoje do presidente do CDS-Partido Popular quanto à sua alegada discordância relativamente à criação de uma nova contribuição sobre as pensões de reforma não devem ser levadas demasiado a sério. No essencial, Portas e Coelho estão de acordo e estão mesmo empenhados em levar a sua missão até ao fim, procurando continuar a comprometer o PS e a UGT... .

Seria para rir, se o caso não fosse muito sério

Raia o caricato a rábula do conhecimento prévio das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, que Pedro Passos Coelho diz ter dado ao secretário-geral do Partido Socialista, mas das quais António José Seguro diz não ter tomado conhecimento porque não leu o e-mail, por ir a caminho da entrevista à TVI. .  

Basta, porra!

Para quem ainda tinha dúvidas, ficaram esta noite muito claras a extensão, a profundidade e a brutalidade do novo de pacote de medidas contra o país que o Governo quer impor.   

Contra a fusão de redacções na RTP

A rejeição da fusão das redacções das "marcas" RDP e RTP detidas pela empresa Rádio e Televisão de Portugal (RTP), concessionária dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão, é mais um importante passo na defesa da qualidade do jornalismo de serviço público e do pluralismo e da diversidade informativos a que a RTP, por definição, está inapelavelmente obrigada. .  

Renovação de um compromisso

A propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala amanhã, dia 3 de Maio, o Sindicato dos Jornalistas reafirma o seu compromisso de continuar a lutar em defesa da liberdade de expressão e do exercício do jornalismo livre de quaisquer constrangimentos. . .

Angústia para o jantar de amanhã

Há longos dias que nos massacram com antecipações parcelares do novo pacote de "redução estrutural" da despesa, que é o acabado eufemismo para novas e ainda mais brutais medidas do Governo para alcançar a sua receita ideológica do reset económico e social. Em sumárias palavras, o ministro da Presidência anunciou que o primeiro-ministro em pessoa porá termo às especulações jornalísticas até ao fim desta semana. Com mais precisão, o "Público" em linha acaba de anunciar que o anúncio será feito amanhã, às 20 horas, a hora dos telejornais e do jantar. .

Está na hora!

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Centenas de milhar de trabalhadores manifestaram-se hoje, nas capitais de distrito e noutras cidades portuguesas, assinalando em festa e luta o 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, e exigindo um novo rumo e uma nova política para o país.  "Está na hora, está na hora de o Governo ir embora!" foi a palavra de ordem mais ouvida nas manifestações, nomeadamente no Porto, onde a Avenida dos Aliados se encheu numa poderosa afirmação de força e de disposição para o combate. Numa intervenção no comício antes da manifestação, o coordenador da União dos Sindicatos do Porto (USP) e membro da Comissão Executiva da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN), João Torres, exigiu a demissão do Governo e considerou desejável que o Presidente da República resigne às suas funções. .

1.º de Maio

Sobre a origem, o significado, a importância e a preocupante actualidade do 1.º de Maio, uma importante comunicação de José Ernesto Cartaxo, dirigente da CGTP, por ocasião do 120.º aniversário das manifestações fundadores do Dia Internacional do Trabalhador, que está arquivada aqui . .