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A mostrar mensagens de abril, 2017

Securitarismo e Jornalismo

Nos últimos dias, a Imprensa portuguesa tem publicado uma série de notícias sobre uma iniciativa legislativa do Governo, prevista «para breve», com vista a garantir ao Serviço de Informações de Segurança (SIS) e ao Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) o acesso àquilo a que alguém convencionou chamar «metadados» das comunicações. De que falam os media quando escrevem «metadados»? De uma ampla gama de dados de comunicações que vai da identificação do titular de um telefone (fixo ou móvel) à localização, data, hora e duração de uma comunicação, passando pelas identidades internacionais do subscritor (IMSI) e do equipamento (IMEI), o endereço de correio electrónico, o endereço do protocolo IP, entre vários outros elementos. Na posse de tais dados, que os operadores de comunicações electrónicas já são obrigados a conservar por um ano, as «secretas» estariam em condições de saber exactamente quando, onde se encontrava, a que horas e durante quanto tempo é que o cidadão

Para que servem as imagens da super-bomba?

Estou a pensar no problema ético que levanta a divulgação, hoje, pelos media, das imagens fornecidas pelo Pentágono relativas ao lançamento, ontem, da super-bomba norte-americana sobre um suposto alvo do auto-proclamado Estado Islâmico no Afeganistão. É evidente que a divulgação das imagens do suposto alvo a ser atingido, a par de imagens da agora famigerada bomba divulgadas ontem, só tem um propósito: mostrar o poder destrutivo e intimidar - não o "EI", mas sim a Síria, a Rússia, a Coreia do Norte. Perseguindo a divulgação objectivos de pura e dura propaganda belicista, talvez fosse aconselhável os media pensarem duas vezes (ou três, ou quatro, as que forem necessárias) antes de se prestarem a esse papel. .

EUA declaram guerra à Síria

O chamado "conflito sírio" corre há muito o risco de atingir uma escalada de magnitude imprevisível. O ataque norte-americano, esta madrugada, a uma base aérea síria é um acto de guerra contra um país soberano. Receio que as coisas não fiquem por aqui.  E não venham invocar a alegada "impreparação" ou a "loucura" de Donald Trump para tentar justificar esse acto. Trump é apenas o testa de ferro do insaciável complexo militar industrial e o rosto de turno do imperialismo norte-americanos. .

A Síria e a diabolização nos media

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Bashar al-Assad na entrevista concedida à Europe1 e TF1 (Foto: agência SANA) Numa entrevista concedida, em Fevereiro, pelo Presidente da República Árabe Síria às estações francesas Europe1 e TF1, um dos jornalistas pergunta a Bashar al-Assad: «(…) Há muitas pessoas, no nosso país em particular, que dizem que o Estado Islâmico, de um lado, e o seu regime, de outro, são as duas faces de um mesmo mal, que procura reprimir toda a forma de expressão democrática livre no país. Que lhes responde?» Sem deixar de responder, Assad atalha com um esclarecimento prévio: «Em primeiro lugar, nós não somos um regime. Somos um Estado com instituições.» Tal expressão, sustenta o presidente, reeleito em 2014 por sufrágio universal e directo, corresponde à «demonização» da Síria e do governo e do Exército sírios «pelos principais media e os meios políticos ocidentais». O incidente ilustra bem os processos de diabolização de governos através dos media , de que Bashar al-Assad é um dos alvo

Equador

O campo progressista na América Latina continua a contar com o Equador. Resistindo à poderosa ofensiva da direita revanchista na região, Lenín Moreno e o Movimento Aliança País têm a incumbência de prosseguir e aprofundar o processo de transformação em curso no país. . .