Do regresso do fascismo: Espanha e Itália
Espanha e Itália vivem a ameaça do crescente ascenso da
extrema-direita e do regresso do fascismo ao poder, por muito que se tente
matizar esse risco.
De tanto calculismo, o chamado Partido Socialista Operário Espanhol
(PSOE), arrisca-se a escancarar as portas ao franquismo metamorfoseado no
Partido Popular e no Ciudadanos mas sem esquecer a sua verdadeira natureza, mas
também ao fascista Vox.
O Podemos, de tanta ambição assente em resultados imediatos,
mendiga tanto um punhado de lugares no poder que acabará por perder mais
influência, ou render-se ao PSOE. Será talvez o momento de a Esquerda Unida
redefinir o rumo e reposicionar-se onde deve.
Na hipótese, cada vez mais próxima, de repetição de eleições,
a reconfiguração dos campos da direita e da própria esquerda não augura nada de
bom.
Em Itália, a extrema-direita prepara um novo passo no
assalto ao poder, com a Liga expectante de eleições vitoriosas em Outubro, se o
que resta do chamado campo democrático não as impedirem.
Seria uma tragédia se Matteo Salvini ascendesse à chefia do
Governo.