Pela paz, travar Trump e os seus falcões

A notícia internacional do dia não é só que o presidente norte-americano terá travado dez minutos antes um ataque a sistemas de radar e de defesa antiaérea do Irão, no próprio território da República Islâmica. 



Quaisquer que sejam as razões que levaram Donald Trump a fazê-lo – e ele reconheceu-o numa entrevista televisiva - , a notícia é que os Estados Unidos se arrogam o direito de atacar um Estado soberano com o sentimento - ofensivo - de absoluta impunidade e que o seu presidente nem sequer hesitou em mandar executar o ataque. 

E não venham com a desculpa, nem os EUA, nem o Reino Unido e quem quer que os apoie, que se tratava de uma retaliação pelo abate, ontem, de uma aeronave não tripulada (vulgo drone) que voava em missão de espionagem sobre território da soberania iraniana, como está amplamente demonstrado.

A chamada comunidade internacional tem de impedir Trump, os seus falcões sedentos de guerra e o poderoso lóbi industrial militar de desencadear uma nova guerra. Além de absolutamente inaceitável, uma agressão por parte dos EUA ao Irão desencadearia um conflito de proporções e consequências que não conseguimos imaginar.


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