O JN e a cidade
Estou a pensar, matutando na dupla efeméride que espero viver no próximo ano - 130 anos de existência do "Jornal de Notícias" e 30 anos da minha integração no seu corpo redactorial, vindo do entretanto extinto "O Primeiro de Janeiro" - nas múltiplas funções que a presença de um jornal cumpre, ou deveria cumprir, na vida de uma cidade, de preferência no centro da cidade.
São elas que conferem aos jornais a dimensão de instituições únicas e insubstituíveis, sobretudo quando os jornais sentem e reflectem o pulsar das cidades e nas suas redacções pulsam todos os mundos.
Penso também no quanto os seus edifícios (o do JN foi o segundo construído de raiz no Porto, muito depois de "O Comércio do Porto", também já extinto) emergem na paisagem de emoções que também povoam e definem a cidade. Também por isso fazem parte da alma da urbe.