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A mostrar mensagens de agosto, 2016

Dilma Rousseff, um discurso para a História

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Dilma depondo hoje (Foto: Geraldo Magela/AgênciaSenado) A menos que a lucidez e o amor à verdade alterem o rumo dos dramáticos acontecimentos, a aritmética conspirativa no Senado - é golpe, sim!!! - vai condenar a Presidente da República do Brasil por crimes de responsabilidade que não cometeu. Mas a História já está a absolver Dilma Rousseff. O texto integral do depoimento inicial na inquirição como acusada no processo de destituição, hoje no Senado, está aqui .

Na crista da onda divertida

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A burguesinha do Caldas foi divertir-se numa pescaria ao largo de S. Miguel com a candidata do CDS por esse círculo às eleições regionais açorianas. É isso que se depreende desta reportagem na SICNotícias, na qual apenas o repórter faz perguntas ao pescador. Ou vi mal?

Critérios

Se não for pedir muito, alguém estará em condições de explicar as razões pelas quais o Jornal da Tarde da RTP enfia um plano de um edifício com os dizeres "Justiça Federal" nas imagens com que "pinta" uma peça sobre o início do julgamento de Dilma Rousseff no Senado brasileiro?  Agradecido. PS: Não é birra; apenas gostaria de compreender o "critério jornalístico" da coisa.

Que fazer com estas labaredas?

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Com a devida vénia, a foto é do AbrilAbril A finalizar uma entrevista – algo tensa – à ministra da Administração Interna, na “21.ª Hora”, na TVI, do passado dia 11 [1] , a pivô remata, num tom um pouco agreste: «O que lhe posso dizer é que têm sido as televisões a mostrar o que vai acontecendo de Norte a Sul do país e também na ilha da Madeira; a mostrar o drama que milhares de pessoas estão a enfrentar neste momento». Nos pouco mais de dois minutos anteriores, Constança Urbano de Sousa esforçara-se por furtar-se à insistência para que expusesse a sua opinião sobre uma petição, que então fazia furor nos Media, visando o aumento da pena máxima, para 25 anos, pelo crime de incêndio florestal. Declinando pronunciar-se de forma «prematura» e fora de uma discussão do «quadro penal como um todo», a ministra procurava investir o tempo na chamada de atenção para os efeitos do excesso reiterado de imagens de incêndios nas televisões. Funcionando como estímulo para incendiários, «f

Camarada

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Estou a pensar no significado, ou no propósito que terão as aspas empregues para grafar a palavra "camarada" neste texto da "Revista" do "Expresso" do passado dia 6. Mas julgo que o meu camarada Eduardo Gageiro não esperava, ao proferi-la, que lhe pespegassem essa espécie de preservativo. Porque, nos jornais, um camarada é um camarada - sem aspas nem receios.

Proibições e auto-determinação

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A foto pertence à notícia ligada A islamofobia das autoridades francesas , mal disfarçada ora com alegações de “segurança”, ora com a invocação da laicidade, levada ao extremo com o patrulhamento das praias à caça de mulheres muçulmanas com burquinis só dará resultados péssimos. Além de restringir inaceitavelmente direitos, liberdades e garantias e aumentar a tensão xenófoba, agrava a segregação de uma comunidade, particularmente das mulheres.   A norma é tão estúpida que, longe de garantir-lhes condições de autodeterminação, incluindo para usar ou não usar tais vestes, expulsa-as de lugares – e logo a praia! – onde essa autodeterminação se pode ir adquirindo e afirmando.

Fidel Castro, 90 anos!

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Longa vida ao Comandante!

Proibini

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E se fosse um burkini desenhado por um reputado criador de moda, poderia ser usado? (A propósito desta notícia ) O que procuro colocar em discussão é a sustentação dos preconceitos. Por isso propunha que equacionássemos uma hipótese limite: é se um estilista mais ou menos famoso - ou uma marca de vestuário conhecida - transformassem em moda o que é estranho à cultura dominante? Arrisco uma resposta: talvez o vestuário tão criticado fosse aceite, sem que isso signifique necessariamente um avanço da tolerância e do convívio entre povos. A questão das proibições é de facto crucial, por atingir direitos. A proibição do burquini, cujo uso é muitas vezes imposto, não contribui para a emancipação das mulheres. Proibidas de ir à praia, ficam ainda mais isoladas.

Proibini

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E se fosse um burkini desenhado por um reputado criador de moda, poderia ser usado? (A propósito desta notícia ) O que procuro colocar em discussão é a sustentação dos preconceitos. Por isso propunha que equacionássemos uma hipótese limite: é se um estilista mais ou menos famoso - ou uma marca de vestuário conhecida - transformassem em moda o que é estranho à cultura dominante? Arrisco uma resposta: talvez o vestuário tão criticado fosse aceite, sem que isso signifique necessariamente um avanço da tolerância e do convívio entre povos. A questão das proibições é de facto crucial, por atingir direitos. A proibição do burquíni, cujo uso é muitas vezes imposto, não contribui para a emancipação das mulheres. Proibidas de ir à praia, ficam ainda mais isoladas.

Mobiliário urbano

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Rua do Bonjardim, Porto, Agosto de 2016

Convenientes narrativas de terror

No dia 1 deste mês, vários órgãos de informação portugueses repercutiram, nas respectivas edições em linha, uma notícia do diário espanhol El Mundo [1] , segundo a qual o auto-proclamado Estado Islâmico (EI) publicara, em Junho, nas redes sociais, um anúncio para o recrutamento de tradutores de Português e de Castelhano, entre outras informações, designadamente sobre os alegados «progressos» e as «ameaças» do EI. Entre as participações nas caixas de comentários avultam, além de recorrentes manifestações de xenofobia, intolerância e de inspirações «humorísticas» mais ou menos forçadas, reações muito críticas de leitores. «Esta notícia é direcionada para aqueles que não tenham tido conhecimento do recrutamento ficarem a saber!», comenta um leitor do Diário de Notícias [2] . Outra leitora pergunta se «o DN pode ser processado por apoio ao terrorismo», questionando se tal informação é notícia «só porque o El Mundo também faz», concluindo: «Que falta de sentido ético! Que falta de

Atitude HCESAR

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Estou a pensar na eventualidade de estar a manter uma atitude excessivamente analógica, quando proponho alguma reflexão sobre os riscos de o jornalismo instantâneo, impulsionado pelo ritmo twitter, tornar os jornalistas reféns das redes sociais e arrumar de vez com a sua função mediadora. Nessa altura, será outra coisa, mas não poderá chamar-se Jornalismo. Suponho. Esse jornalismo d e vertigem alimenta-se, e alimenta, a alta velocidade, de inúmeras informações parcelares, não confirmadas, de meias-verdades, de insinuações e rumores. Por muito que corrija, lá para diante, os erros, não consegue evitar que sejam aqueles a permanecer na memória dos internautas acríticos, ou simplesmente apressados. .

Natureza-morta expectante

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Estou a pensar, olhando para os suportes das colecções de jornais que aguardam os exemplares diários deste mês, nas fascinantes naturezas-mortas da pintura que, desde Pompeia, convocam o regozijo com a renovação da vida. Talvez os jornais impressos não acabem tão cedo como prognosticam por aí. .

Brasil: para memória futura do golpe

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Para que conste desde já: "Os senadores que vão votar a favor (da destituição) vão ficar na História como golpistas"; "Tenho a certeza de que a Presidente Dilma Rousseff vai ser absolvida pela História" (Senador Lindbergh Farias, eleito pelo Partido dos Trabalhadores, hoje na Comissão Especial do Senado do Brasil) .

Do golpismo apressado

Os golpistas são tão golpistas que querem forçar a antecipação do início do julgamento final, no Senado, da Presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff. O presidente do Senado, Renan Calheiros, é tão descarado que já marca datas e tudo, mesmo sabendo que a prerrogativa para tal pertence ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Vale tudo. Vale? .