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A mostrar mensagens de junho, 2016

Os media e o despertar dos cidadãos

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A recente discussão sobre a cobertura que o jornal “Público” fez das manifestações dos colégios privados e da marcha pela Escola Pública colocou em evidência um facto inelutável: os jornalistas e os media já não detêm o privilégio e o monopólio da intervenção no espaço público, ainda que a desigualdade de armas seja manifesta e a desproporção de forças e de meios seja gritante. Sem querer insistir demasiado na tónica dos números, que conduz ao risco de um enviesamento estéril do debate sobre as práticas jornalísticas, vale a pena reflectir um pouco sobre alguns elementos essenciais comparados das narrações em causa. Na reportagem sobre a manifestação dos colégios (29 de Maio), para cuja mobilização o “Público” e outros órgãos de informação muito contribuíram, ressalta, logo no primeiro parágrafo, a valoração qualitativa do factor quantitativo, com recurso a notas impressivas: um “mar de gente” que “inunda o largo da Assembleia da República” a tal ponto que os organizadores t

Limites

Independentemente das apreciações críticas que possamos fazer acerca da forma como este ou aquele órgão de informação cobre determinado tema ou acontecimento, há uma coisa que não podemos fazer - exigir ou "sugerir" o despedimento do jornalista autor da cobertura. Eu supunha que esse ponto não tinha discussão entre cidadãos. Na boca ou no teclado de um deputado da República, é absolutamente inaceitável. .

Momentos públicos de televisão

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Breves apontamentos em directo do directo da RTP3 na marcha em defesa da Escola Pública, hoje em Lisboa. Sensacional momento de serviço público de televisão. A reportagem em directo na RTP3 arranca com uma graçola sobre o jogo da selecção portuguesa de futebol. A minutos tantos, outra repórter diz que se preparam "gritos de guerra"! Alguém fará o favor de explicar a esta repórter da RTP que a manifestação que está a cobrir nao é "pró-governo", mas em defesa da Escola Pública? Agradecido. Diz agora esta repórter da RTP que esta manifestação "também parece Uma manifestaçao da Esquerda contra a Direita".  E insiste, pela enésima vez, com visível excitação, no argumentário dos colégios privados. A repórter da RTP a questionar o secretário-geral do PCP sobre a ameaça de despedimentos nos colégios e Jerónimo de Sousa a dizer que mais de 30 mil perderam o posto de trabalho na Escola Pública com o governo P

É por estas e por outras que o Oscar nos faz tanta falta

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O que disse esta tarde, na Feira do Livro de Lisboa, na apresentação de O Detetive Historiador – Ética e Jornalismo de Investigação , de Oscar Mascarenhas, agora dado à estampa pela Âncora Editora: 1. Agradecimentos Começo por agradecer à Natal (Vaz) o honroso convite para fazer a apresentação deste Detective Historiador , do nosso querido Oscar Mascarenhas. Com esse convite, a Natal reincidiu nos riscos que o Oscar correu ao convidar-me para prefaciar o livro, convite que aceitei mais por vaidade e muito orgulho do que por competência, que é manifestamente pouca. Agradeço também aos presentes, pelo gosto de rever muitos de vós – velhos amigos e camaradas – mas sobretudo pela oportunidade de partilharmos este momento, que é também de homenagem ao Oscar. 2. Promessa Quando o Oscar me convidou para prefaciar este livro, perguntei-lhe que espaço me dava. Respondeu-me que teria o que quisesse: tinha era pressa. Ao cabo de exasperante demora e várias insistências do O

Manipulação e direito ìnformação, um debate necessário

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Agenda

"O Detective Historiador"

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É só o congresso do PS

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Ó senhores jornalistas e comentadores, O que está a acontecer na Feira Internacional de Lisboa é apenas o congresso do Partido Socialista. Escusais de continuar a espremer as meninges com a angustiante questão da esperança de vida dos acordos que sustentam a maioria parlamentar e a tentar antecipar responsos, desconfiados que sois da democracia. E, já agora, inventai formas de designar a solução política em prática com conteúdo e com rigor. Essa coisa da geringonça, com ou sem aspas, já chateia. A sério que não sois capazes de algo mais inteligente?