Esmagadora votação contra o bloqueio a Cuba


Estou a pensar nos equívocos benévolos que a votação de hoje, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, poderá gerar quanto aos "sentimentos" dos Estados Unidos da América em relação ao bloqueio tirano e desumano contra Cuba.
Abstendo-se numa votação de uma resolução que voltou a ser de esmagadora condenação (191 países a favor, duas abstenções - dos EUA e de Israel), Washington apenas reconhece o fracasso das suas medidas de isolamento, mas não desiste de tentar impor uma reviravolta à Revolução Cubana.
Entre tais equívocos está a ideia, pelos vistos talvez generalizada, de que, com as votações crescentemente de condenação do bloqueio e com os progressos, apesar de tudo, na normalização das relações entre Washington e Havana, Cuba está "a abrir-se ao Mundo".
Ora, o que está a acontecer é exactamente o contrário: sobretudo ao longo dos últimos 25 anos, é o Mundo que está a abrir-se a Cuba. E os Estados Unidos também, a começar pelos grandes interesses económicos...
É por isso que a Revolução deve preservar-se com muita prudência, muita determinação e sólidas convicções.

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