Notas sobre os resultados eleitorais (2)

1. Apesar do quadro adverso em que realizou a sua campanha, a CDU reafirmou-se como uma força indispensável à derrota da direita e à defesa de uma política verdadeiramente alternativa, patriótica e de Esquerda.
2. Os resultados expressam uma nova correlação de forças no Parlamento, com o reforço da CDU e a expressiva subida do BE, aritmeticamente suficiente para alterar o rumo das políticas, se o PS quiser.
3. O PCP, o PEV e o BE já se declararam disponíveis para um acordo com o PS que, realizando políticas de Esquerda, possa tornar consequente a decisão popular maioritária.
4. Mas o PS está capturado pelos compromissos com a direita, designadamente quanto “às regras da zona euro” e do tratado orçamental, como não tardou em recordar-lhe Pedro Passos Coelho. Está vista a utilidade do voto no PS.
5. A próxima legislatura se encarregará de mostrar de que lado estará o PS quando, nomeadamente o PCP e o PEV apresentarem projectos de lei em defesa dos trabalhadores e do povo, designadamente na área laboral e da segurança social.
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