"O drama dos refugiados tem responsáveis"



A presidente do Conselho Português para a Paz e a cooperação (CPPC), Ilda Figueiredo, sublinhou esta tarde, no Porto, que é necessário "parar a guerra" que destrói as condições básicas de vida dos povos atingidos e está na origem de mais de 50 milhões de refugiados, segundo números da ONU.
Ilda Figueiredo, que intervinha no final de uma concentração convocada conjuntamente com a União dos Sindicatos do Porto (USP) da CGPT-Intersindical Nacional, denunciou as políticas de agressão e a orientação militarista dos Estados Unidos e de países europeus desenvolvidas nomeadamente na Síria, na Palestina, no Iémen, no Afeganistão e no Iraque.
Trata-se de políticas que contam com a cumplicidade e a participação de Portugal, recordou o dirigente da USP Tiago Oliveira, destacando a cimeira bélica das Lajes (16/3/2003), na qual George W. Bush, Tony Blair, Jose Maria Aznar e Durão Barroso "decidiram" a invasão do Iraque, desencadeada quatro dias depois, por causa de "armas de destruição maciça" que - sabe-se, como saberia quem quisesse genuinamente saber - não existiam.
"É preciso não esquecer que, sobretudo desde 1999, com a guerra contra os povos da Jugoslávia, a NATO tem sido utilizada para pôr em prática a estratégia agressiva dos EUA com apoio e participação dos seus aliados na União Europeia, da Turquia, de Israel e de algumas monarquias árabes", nota o CPPC, num documento distribuído aos participantes na concentração e centenas de outros cidadãos que circularam na Praça da Liberdade.
"Desde então, sucederam-se ingerências, agressões e guerras, para assegurar posições geo-estratégicas e garantir acesso fácil a matérias-primas e a negócios rentáveis de armamento ou de reconstrução de zonas destruídas pelas guerras", acrescenta o documento, intitulado "O drama dos refugiados tem responsáveis"
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