O "debate histórico"


(Imagem obtida, com a devida vénia, da emissão da TVI, como poderia ter sido da RTP ou da SIC)

As televisões, mais alguma gente, incluindo os estrategos de comunicação dos partidos alternantes (há 39 anos, senhores!), devem estar muito contentes com o achado do “debate histórico” de hoje – feito a dois e conduzido a três e transmitido a três, em simultâneo, angariando (talvez) grande soma de audiências.
O dito debate fica para a história, sim, mas como momento marcante do fim do pluralismo informativo. O grandioso espectáculo em co-produção RTP-SIC-TVI, conjugado com a ausência de debates com todas as candidaturas, prossegue a missão histórica da construção da bipolarização que nomeadamente as televisões – pública incluída – decidiram assumir.
E escusam de tentar iludir-nos com a colecção fragmentada e muito incompleta (desse logo ao nível da participação das listas) de outros debates que as três distribuem pelos respectivos canais no cabo. Já não enganam.
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