Da coragem editorial e do pluralismo informativo


Suponho que é necessário dizer isto com maior clareza.
Gostaria muito de ver todas as televisões afirmando a sua auto-proclamada autonomia, independência e liberdade editoriais, designadamente em matéria de debates entre as candidaturas às eleições legislativas de 4 de Outubro: 

- planeando-os com pleno cumprimento do dever de pluralismo informativo;
- programando-os para as datas que considerem editorialmente convenientes, embora procurando alcançar o maior consenso possível com as candidaturas mas nunca prescindindo do direito à palavra final;
- reconhecendo o direito às candidaturas a fazerem-se representar por quem estiver disponível e/ou considerarem mais adequado; 
- transmitindo-os em canal aberto e em horário adequado ao esclarecimento do maior número possível de espectadores; e
- ignorando birras e chantagens dos ainda primeiro-e-vice-primeiro-ministros-e-supostos-candidatos-a-primeiro-ministro.


Isso é que era ter coragem e independência. E, se acham que tem alguma importância, respeito pelos cidadãos.
Disse.
.

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