Os jornalistas e o trabalho em dia feriado: alargar a luta




Pela segunda vez, os jornalistas ao serviço do “Jornal de Notícias” cumpriram hoje, com esmagadora participação, uma greve ao trabalho suplementar em dia feriado. Pela segunda vez, estiveram quase sós.

É certo que a forma de luta em curso resultou de uma iniciativa – e de um importante impulso – da Redacção do JN, que, em plenário, decidiu não se vergar perante a inaceitável posição da empresa Global Notícias. Mas o que está em causa não diz respeito apenas aos jornalistas que trabalham no JN. 
A decisão de violar as cláusulas sobre retribuição e compensação do trabalho em dia feriado foi tomada pelo grupo a que pertence o JN. Mas foi-o igualmente por muitas outras empresas e grupos de comunicação social – incluindo a Cofina e a Impresa – , é claramente assumida pela associação patronal da imprensa e está sobre a mesa na revisão do Contrato Colectivo de Trabalho do sector.
Circunscrever esta luta ao JN representa um grave risco de isolamento de uma Redacção. Impõe-se, por isso, a plena mobilização das redacções – em particular aquelas onde trabalham dirigentes sindicais – para as próximas paralisações. Nos próximos feriados de 25 de Abril e 1 de Maio, é necessário que a luta tenha mais força. Antes que seja tarde.
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