Ocupação: administrador-de-boca-fechada

Confesso-me de boca aberta com a espantosa revelação do ex-administrador-não-executivo Nuno Godinho de Matos, hoje, ao jornal "i": 

Em seis anos de mandato, entrei mudo e saía calado

Eis um extracto significativo da entrevista:

Os administradores fazem perguntas?
Em seis anos nunca abri a boca, entrava mudo e saía calado. Bem como todos os restantes administradores.
Quem é que falava?
O presidente do conselho de administração [Alberto Pinto], que abria os trabalhos de acordo com a ordem, sujeitava-os a deliberação, e os funcionários do banco que iam introduzir os temas. Nem sequer o dr. Ricardo Salgado [vice-presidente] falava nas reuniões do conselho de administração, que é diferente da comissão executiva. Não havia perguntas não porque não pudesse haver, mas porque jamais alguém as fez.
As reuniões são um mero pró-forma?
No fundo é um pró-forma, exactamente. É algo que tem de existir para ratificar as deliberações nas questões fundamentais tomadas pela comissão executiva.

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