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A mostrar mensagens de junho, 2014

Pessimismo social

Desculpem o pessimismo e a resistência, mas não acredito mesmo que a Revolução vá chegar pelo Facebook. Talvez um dia destes discorra sobre este assunto do activismo nas redes sociais. .

O que, em publicidade, pode dizer um beijo na presença de crianças

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1. O carro (novo) desliza suavemente, a música é serena, romântica, o casal sorri, feliz. 2. O carro imobiliza-se, aparentemente à porta de casa. 3. Enlevado e feliz, o casal prepara-se para trocar um beijo. 4. De repente, um ruído de protesto surge do banco traseiro; duas crianças exigem um esgar entre o espanto e o nojo, surpreendido com a expressão do amor (supõe-se) e da felicidade (parece evidente) dos pais. É certo, é um anúncio a um novo modelo de uma marca de automóveis. Mas não é apenas um anúncio. Diz talvez muito do modo como o criativo olha para a expressão dos afectos. E diz-nos que é provável que não esteja sozinho nesse modo tão recuado como encara as manifestações de carinho dos pais na presença dos filhos. Ainda bem que são uma minoria. A maior parte dos casais e das crianças que eu conheço não é assim. .

O que interessa

Muito mais importante do que escrutinar a saúde do Presidente da República, é escrutinar o exercício do cargo por quem jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição, mas é cúmplice da violação reiterada da Lei Fundamental. .

Espanha, um dia serás outra vez republicana

Apesar do deslumbramento da grande imprensa com o acontecimento,  Há sinais muito claros de que a proclamação do rei de Espanha de hoje não colheu o entusiasmo popular, tão claros que os media não os ocultaram; É manifesta a natureza ilegítima do poder do rei; E é tão ilegítima que nem sequer é necessário evidenciar o carácter antidemocrático da proclamação hereditária do chefe de estado; Embora apresentando-se como democrático e plural, o chamado Estado Espanhol impediu - ou quis impedir... - a expressão pública de discordância e até a simples exibição de "símbolos republicanos"; Apesar do aparelho repressivo, a legitimidade da razão tornou possível a realização de manifestações e a exibição de símbolos republicanos; É mais que certo que, mais tarde ou mais cedo - e espera-se que mais cedo do que tarde - , cessará a longa "transição" monárquica entre a ditadura fascista de Franco e a afirmação da liberdade e da democracia dos povos que com Portugal partilh

Despedimentos e precarização

Constou-me que vai por aí uma crítica - obviamente injusta - à qualidade e ao valor dos  jornalistas em situação precária que ficam a "colaborar" com pelo menos o "Jornal de Notícias" e o "Diário de Notícias", em substituição de camaradas abrangidos pelo brutal despedimento colectivo desencadeado pela Controlinveste. Não a li, e conheço-a apenas de ma contarem. Mas tenho de acorrer já a testemunhar o valor e a qualidade de todos eles, que se distinguem apenas pela pesada e injusta circunstância de, sendo jornalistas como os demais, trabalharem tantas vezes muitas horas sem qualquer reconhecimento ou retribuição, sem os mesmos direitos e com remunerações mais baixas. Os camaradas nessas condições merecem-nos toda a consideração, respeito profissional e solidariedade - sempre. Por isso, também devo esclarecer que as declarações que eu próprio fiz, as posições assumidas pelo Sindicato dos Jornalistas e a moção aprovada nos plenários de jornalistas na

Jornalistas na Controlinveste rejeitam despedimento colectivo

O silêncio dos últimos dias não significa inacção. Com importante e viva participação, os jornalistas ao serviço do grupo Controlinveste realizaram, entre sexta-feira e hoje, plenários de discussão da intenção do grupo de proceder a um brutal despedimento colectivo e de tomada de medidas. Em moção aprovada nas três reuniões, os jornalistas rejeitam o despedimento colectivo e afirmam a sua determinação em lutar contra ele. A informação está toda em www.jornalistas.eu . .

SJ rejeita despedimento colectivo na Controlinveste

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudia o despedimento de 160 trabalhadores da Controlinveste, 64 dos quais jornalistas, hoje anunciado pela Administração do Grupo, e reafirma a sua convicção de que os despedimentos e a degradação das condições de trabalho não devem nem podem ser a única solução das administrações para resolver as dificuldades económicas. Ler mais aqui . .

O respeitinho já foi muito bonito

A menos que a demonstrem mediante perícia forense, é despropositada e abusiva qualquer associação entre a indisposição do Presidente da República e a manifestação exigindo a demissão do Governo durante a cerimónia militar desta manhã. O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas pediu a quem "perturbava" a cerimónia "respeito pelas Forças Armadas e por Portugal". Os manifestantes pediam respeito pela Constituição da República e pela Democracia. O Presidente da República pede compromissos até à discussão do Orçamento do Estado para 2015. O único compromisso exigível é com o futuro do país, pela sua soberania, independência e progresso. Estará Cavaco Silva disposto a fazer o que lhe cabe nesta hora? .  

Areia para os olhos

Por muito que o primeiro-ministro tente lançar areia para os olhos dos portugueses, é clarinho como água que o chamado programa de assistência da tróica não está encerrado e que a última tranche depende irrevogavelmente das patifarias que Passos Coelho e a sua trupe conseguirem fazer, a menos que o Presidente da República ponha cobro a este desvario e o demita. Está à espera de quê? .

A oração pela paz, um acto a ter em conta

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Gesto histórico: Shimon Peres e Mahmoud Abbas trocam um aperto de mãos sob o olhar mediador do papa Francisco Foto de Filippo Monteforte/AFP, via JN com a devida vénia Ainda não sabemos que efeitos reais terá o acto de "oração pela paz", com a participação do papa da Igreja Católica, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, o presidente de Israel, Shimon Peres, e outras autoridades religiosas católicas, ortodoxas, judaicas e muçulmanas, realizado hoje nos jardins Vaticano, onde os líderes das duas nações do Médio Oriente em longo conflito plantaram em conjunto uma oliveira.  Mas trata-se de um acto e de um gesto que contam; e de um momento que marca a História.  Que o desejo de Francisco "Nunca mais a guerra"  se cumpra em breve. E de forma consequente. .  

Fotojornalismo, liberdade e compromisso

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Participei, ontem à noite, com enorme gosto e proveito, numa animada e gratificante tertúlia da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto sobre fotojornalismo. O pretexto, duplo, era a inauguração de uma mostra de fotografias - Rua, Espaço de Liberdade Resgatado - sobre as importantes manifestações no Porto e o 70.º aniversário da invasão da Normandia imortalizada pelas fulgurantes fotografias de Robert Capa. A conversa andou pela função indispensável dos fotojornalistas - os jornalistas que, através da imagem, observam, analisam, interpretam, narram e explicam a realidade - e o seu futuro, as condições de exercício da liberdade de imprensa, o compromisso dos jornalistas de procura da verdade e, inevitavelmente, o futuro do Jornalismo e da Democracia. .   

Duas medidas muito urgentes

As graves considerações sobre o funcio namento do Tribunal Constitucional feitas ontem pelo presidente do PSD e primeiro-ministro aconselham vivamente a duas medidas urgentes: 1.ª - A convocação imediata do primeiro-ministro pelo Presidente da República, a quem cabe cumprir e fazer cumprir a Constituição da República. Se S. Exa. não está na disposição de dissolver a Assembleia a Assembleia da República, tenha pelo menos a iniciativa de lembrar veementemente ao ainda primeiro-ministro que a Constituição é para ser respeitada. 2.ª - A administração urgente, em qualquer caso, ao Dr. Passos Coelho, de um curso intensivo sobre Fundamentos do Estado de Direito Democrático, Constituição da República Portuguesa, Separação de Poderes e Funcionamento dos Órgãos de Soberania. . .

O Calimero sem lágrimas

Pedro Passos Coelho confirma-se um despudorado Calimero sem lágrimas, queixando-se amarga e reiteradamente das injustiças do Tribunal Constitucional, que não o deixa governar. "Não podemos estar em permanente sobressalto constitucional", disse ainda hoje, com sério mas pung ente. Ora muito bem, nós é que não podemos estar sob permanentes decisões anticonstitucionais. Vá queixar-se para outra banda! .

Onde andará o Presidente?

Ainda que mal pergunte. Não desejará S. Exa. o Presidente da República tentar pôr alguma ordem na barafunda da situação política, especialmente depois dos últimos resultados eleitorais, do terceiro Orçamento de Estado com máculas inconstitucionais e os ataques descabelados - quase insolentes - que os partidos da maioria e Governo ao Tribunal Constitucional? Demitir o Governo, chamá-lo à pedra no Conselho de Estado, dirigir-se ao Povo neste momento - não serão coisas que passem pela cabeça de S. Exa., passado o entusiasmo dos selfis   da bola e outras diversões? Agradecido.     .

Pergunte-se ao rei

Com a devida vénia, 10+10+2 perguntas de Arturo González a Filipe de VI de Espanha + 1 aos leitores do Publico espanhol . .

E que tal se a Monarquia abdicasse?

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O rei de Espanha, Juan Carlos I, comunicou hoje a sua decisão de abdicar do trono. E que tal se os espanhóis colocassem na ordem do dia a necessidade de abdicarem da Monarquia? Publicitação da comunicação de Juan Carlos através do Twitter, obtida via "El País" .

Eleições e Jornalismo, modo de pensar

Uma interessante e útil lição de Jornalismo com tópicos como: Política, Pluralismo, Rigor, Intuição jornalística e Direitos dos leitores, etc. Está aqui . .