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A mostrar mensagens de janeiro, 2014

Homenagem aos advogados dos presos políticos nos tribunais plenários

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Agenda. Uma homenagem que se impõe, justa, oportuna e necessária. Para que a memória não se apague! .

Cuidado com a propaganda

O anúncio dos valores do défice que Portugal terá registado em 2013 e a roda de presenças e declarações de governantes - incluindo hoje o ministro Pires de Lima, a prestar contas, em Davos, ao capital ("É aqui que está o capital", ministro dixit ) e o ministro Poiares Maduro a proclamar, em Trás-os-Montes, que "o pior já passou" - a palrar sobre o suposto mérito do Governo, exige um acompanhamento rigoroso e espírito crítico. Caso contrário, é propaganda. E nesta, o Governo tem tentado esmerar-se... .  

Os direitos da/os trabalhadora/es vistos de cima dos saltos

A RTP1 acaba de exibir uma reportagem - muito oportuna e necessária - sobre a justa ascensão das mulheres a postos de chefia nas empresas e instituições, que muito dispensava o título (posso dizer sexista?...) "Líderes de salto alto". É pena não ter esclarecido bem a visão e a prática que as mulheres imprimem à organizações que chefiam em matéria de direitos laborais, e especialmente no que se refere à protecção da maternidade e da paternidade. Por exemplo, fiquei preocupado pelo real significado, alcance e consequências de uma frase dita com grande galhardia por uma "líder de saltos altos": "Na minha equipa, ninguém me telefona a dizer que precisa de faltar porque tem de tratar do filho doente (cito de memória). Assim como receio que reiterados elogios à "flexibilidade" de horários e à possibilidade de as mulheres (suponho que os homens também...) poderem trabalhar ora na empresa ora em casa (ao serviço da empresa, claro), pois "o q

À atenção de S. Exa. o Presidente da República

Aqui está , com suficientes e exactos argumentos, um artigo de autor insuspeito que o Presidente da República, ou quem o assessora levem ler, quando S. Exa. decidir sobre a disparatada, imoral e manobrista resolução, aprovada ontem pelo PSD na Assembleia da República, relativa à realização de um referendo sobre a co-adopção e a adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Subscrevendo o essencial, com uma ou outra reserva que me escuso de explicar(*), chamo a atenção para as seguintes e importantíssimas expressões-chave do artigo: Direitos humanos , humanismo , superior interesse da criança , totalitarismo , vergonha . (*) - Em todo o caso, não posso deixar de discordar do facto de a carta aberta do Dr. Carlos Reis dos Santos não ter um destinatário mais amplo, a começar pelo PSD e pelo seu líder. Pelo acolhimento e apoio dado à iniciativa; pela disciplina de voto imposta numa matéria como esta (tratou-se de decidir sobre a inaceitável denegação de direitos fundamentais e

Casa roubada...

... trancas à porta . .

Uma verdade aritmética, ou a hipocrisia parlamentar

A bancada parlamentar do CDS-Partido Popular não vai vai votar favoravelmente o projecto de lei do PSD para um referendo sobre a co-adopção e adopção por casais composto por pessoas do mesmo sexo, mas não o inviabilizará, ou seja, vai abster-se. Lavando as mãos, a muleta parlamentar lá deixou o aviso de que o destino do projecto está "exclusivamente nas mãos do PSD" e que nem sequer há cabimento orçamental para a tamanha despesa que é um referendo. Mas a opção não passa de um gesto hipócrita. A menos que um certo número de deputados laranja falte à votação, ou - mais corajoso - vote mesmo contra, na aritmética parlamentar o gesto popular é inútil. Com a abstenção do CDS-PP, o número de votos dos eleitos pelo PSD será superior à soma dos eleitos pelos restantes partidos. .

Proposta "fracturante" de sinal contrário

Em vez de assumir as suas responsabilidades políticas democráticas, os jotinhas do PSD empurraram o grupo parlamentar para uma decisão dramática para a consciência de muitos dos seus próprios membros. Embriagados com o protagonismo que lhes confere uma proposta "fracturante" de sinal contrário - e contrária ao progresso -, os jotinhas insistem no absurdo referendo sobre a co-adopção e a adopção de crianças por pessoas do mesmo sexo, tornando o Parlamento refém de uma infindável e muito provavelmente enviesada discussão ético-moral. Deplorável é a decisão da maioria dos parlamentares do PSD de impor a disciplina de voto, atingindo o reduto da liberdade de consciência que, em matérias como esta, não pode ser senão inviolável; porque as decisões políticas que os parlamentares tinham a tomar já estavam em grande parte tomadas; e porque pretende transferir para outra sede a conclusão do processo legislativo já em curso no Parlamento com vista à criação de um regime jurí

Desculpem lembrar...

Dezanove horas, 19 horas em ponto. Um cartão branco com um nome impresso a preto - Cristiano Ronaldo - emerge de um envelope de gala. O país explode, exultante; os ecrãs dos televisores chispam de alegria; as rádios troam de entusiasmo; os jornais prometem imprimir a felicidade. Amanhã, a crise continua. .  

O voto alegre

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WC do comboio Intercidades Porto-Lisboa-Porto, Janeiro de 2014 .

Patrulhamento judiciário das redacções

A Procuradoria-Geral da República apresentou hoje o relatório de uma auditoria ao segredo de justiça, no qual são apresentadas propostas como o recurso à intercepção de comunicações telefónicas e similares, buscas nas redacções e nos domicílios dos jornalistas. Tudo isto, não porque o problema tenha realmente uma dimensão significativa, mas porque a investigação do Ministério Público às "fugas" esbarram no sigilo profissional dos jornalistas - afinal, o obstáculo. Por isso o documento propõe aquilo que o Sindicato dos Jornalistas, numa primeira análise, considera patrulhamento judiciário das redacções , muito perigoso para a liberdade de imprensa e para a democracia, apondo-se às propostas avançadas no documento da PGR . .  

Sobre a eficácia da mailocracia

Há uma terrível forma de pressão (será censura?) sobre os media e os jornalistas da qual um dia destes falarei: a falta de resposta às perguntas dirigidas a certos organismos públicos (e empresas privadas também...). Evidentemente exigidas por correio electrónico ("por favor coloque-as por e-mail, só por e-mail, não, não é possível falar com ninguém, pergunte por esta via que nós respondemos..."), conhecem tantas vezes o silêncio ou a resposta redonda, que nada diz nem pretende esclarecer, antes visa escamotear, desmotivar e demover da impertinência o ofício de perguntar. Vencerão pelo cansaço?... .

Torniquetes

O Governo lá vai preparando mais um apertão ao torniquete que asfixia os reformados e pensionistas, sem que o auto-proclamado vigilante dos espoliados grisalhos se comova e faça pelo menos um esboço de protesto, se não tem arcaboiço para bater o pé. .

O Plano E do Governo, revisto e aumentado

Tanto andaram, tanto pediram - jornalistas, editorialistas, analistas - que o Governo lá apresentou o seu Plano E - de esbulho - novamente revisto e aumentando, novamente com as vítimas de sempre,para as pensões superiores a mil euros e para os trabalhadores da Administração Pública. .

Mensagem velha em ano novo

A mensagem de Ano Novo do Presidente da República repete a mensagem velha do consenso entre os partidos do consenso habitual, quando o país necessita de uma unidade para a ruptura e para soluções novas. Além do mais, era muito bem escusada a ameaçazita de que lá virá o segundo resgate se o Orçamento imposto pela maioria PSD/CDS e sufragado pelo porta-voz da Direita em Belém não puder ser concretizado. Cavaco Silva sabe bem as responsabilidades que tem, mas finge que não são com ele. .