Compromisso para a mudança
Realizou-se hoje, em Lisboa, uma importante reunião - a Convenção Democrática Nacional - na qual participaram três centenas de cidadãos empenhados em resistir e em transformar. Infelizmente, não pude estar presenta, mas partilho o compromisso nela aprovado:
Uma nova política para Portugal
COMPROMISSO PARA A MUDANÇA
Convergência na acção de todos os democratas e patriotas por um Portugal
soberano, desenvolvido e de justiça social
No
Manifesto ao Povo Português aprovado na Conferência Nacional, realizada no
passado mês de Fevereiro, pode ler-se: «Nós acreditamos em Portugal e nos
portugueses que amam a sua pátria, nos portugueses que deram “novos mundos ao
mundo”, nos portugueses que não abdicam de fazer a sua própria História e não
admitem que outros a façam por eles. Nós continuamos a alimentar o sonho de um
Portugal soberano e desenvolvido onde valha a pena viver. “Eles não sabem nem
sonham que o sonho comanda a vida.” Mas nós acreditamos que quando um homem
sonha um sonho assim, “o mundo pula e avança”! Por isso convocamos todos os
democratas a intervir para tornar o sonho realidade. E o trabalho urge, porque
quem espera nunca alcança.»
Nos quase
900 anos de História do nosso país, foram muitos os momentos em que quando o povo
acreditou nas suas próprias forças e as canalizou de forma organizada e
convergente para um determinado objectivo comum, abrindo-se possibilidades de
concretização que pareciam inatingíveis.
É este o
Apelo que fazemos aos democratas e patriotas: acreditem nas nossas próprias
forças e convirjam no objectivo de recuperar para o povo português o direito de
sermos nós próprios a decidir sobre o rumo que queremos para o nosso país e que
reajam contra o desalento e a resignação. Tal como Basílio Teles escreveu, “um
povo não morre porque o oprimem, mas morrerá certamente se, antes da luta,
abdica”.
A
exigência do tempo presente convoca-nos para a necessidade de assumirmos um compromisso
para a mudança, dando continuidade e redobrando o trabalho deste movimento em torno
das seguintes linhas de acção:
1. Porque
são cada vez mais os portugueses que, compreendendo o nexo estreito entre a democracia
e a soberania nacional, estão dispostos a lutar por ambas, fazendo da Constituição
da República Portuguesa (CRP) a bandeira da sua luta, a Convenção Democrática
Nacional aprova a realização de uma grande iniciativa no dia 29 de Março de
2014, com o objectivo de comemorar o 40.º aniversário do 25 de Abril e o 38.º
aniversário da promulgação da CRP.
2. Mais
cedo ou mais tarde, na Europa, os povos hão-de recuperar a sua liberdade e a
sua soberania. E então, em condições completamente diferentes, talvez pensem em
construir uma Europa de países soberanos e iguais em direitos, uma Europa
assente na paz e na cooperação entre os seus povos e com todos os povos do
mundo.
É sobre o
futuro desta Europa que a Convenção Democrática Nacional convoca para o mês de Fevereiro
de 2014, em data a definir, um colóquio subordinado ao tema “A Europa que
temos, a Europa que queremos”.
3. Para
dar a conhecer o resultado da Convenção Democrática Nacional, a Comissão
Promotora encarrega-se de solicitar audiências ao Presidente da República, aos
grupos parlamentares e às diversas estruturas do movimento associativo, do
mundo do trabalho, da cultura e da ciência.
4. Desde
o lançamento do “Apelo aos Democratas”, em Dezembro de 2011, mais de 1000 democratas
e patriotas subscreveram-no e foram realizadas conferências e um conjunto de debates
regionais versando os mais variados temas. Conferências (2) realizadas em
Lisboa, Debates
realizados no Porto (2), Aveiro, Fiães, Ovar, Coimbra, Barreiro, Montijo,
Almada e Évora, que contaram com a participação de mais de um milhar de
pessoas. Apela-se a que, através de núcleos regionais de subscritores do Apelo,
se multipliquem estes debates ao longo de 2014.
Este é o
nosso compromisso para a mudança.
Porque
estamos fartos de viver prisioneiros no nosso próprio país, porque não queremos
que a soberania do povo continue a ser profanada, os participantes na Convenção
Democrática Nacional assumem o compromisso de tudo fazer para que Portugal se
liberte das amarras que o prendem, exigir que ao povo seja dada a palavra em
eleições antecipadas e assim o País, os portugueses e as portuguesas possam
retomar a caminhada por um “Portugal Soberano e Desenvolvido”.
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