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A mostrar mensagens de julho, 2013

Aluga-se estufa,

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em Lisboa, apropriada para plantas tropicais, muito espaçosa e versátil. Pode ser usada também como estação terminal de caminho-de-ferro. Trata: REFER 

Uma incógnita para lamentar

Em benefício da dúvida, ainda gostaria de saber quantos deputados da maioria parlamentar votariam logo à tarde, se pudessem fazê-lo em verdadeira e sã consciência ética e realmente dotados de real independência intelectual,  esta peça mal amanhada a que o Governo chama moção de confiança . .

Até parece que fazia falta

A Dona Fonte Governamental está de regresso  depois de amanhã. E que tal se a deixássemos a palrar sozinha? .

O novo cerco

Ainda mal acabou de ser recauchutado, o Governo sofre a acometida de um novo cerco à ainda ministra de Estado e das Finanças, por causa dos swaps e, sobretudo, da sua palavra - e do efectivo valor da sua palavra - nesta enorme trapalhada. Aceitam-se apostas: quanto dura no lugar? .  

Um sonho fatal e outras narrativas em défice nos jornais

Já vos falei do Augusto Baptista algures , lá para trás desta apressada e tantas vezes desorientada nave.  Sou suspeito - é meu amigo - , mas gostava de voltar ao assunto, a propósito de mais um notável "arrincanço" de um desperdiçado repórter que só alguém com a sua sensibilidade, a sua atenção e o seu talento seria capaz de trazer-nos.  Um retrato assim tão despojado, quase cru, e tão doce do quotidiano da gente real que habita uma cidade real e um país real faz-nos lembrar quanta falta fazem repórteres assim, com histórias com gente dentro, e de quão a leste da vida real estão tantas redacções. Já agora, há que ler igualmente: O homem do garrafão O   Boneco   de Maria Três milhões de degraus por amor aos gatos O camarada doutor O retrato do retratista Um ás da sobrevivência Um homem do TEP Mestre Pedrosa O seringador A árvore de pé descalço O tocador de trombone E depois não digam que não tenho razão quando falo do desperdício de talen

Leonardo Boff e o papa Francisco

Por razões culturais e políticas, e independentemente das opções religiosas, não é possível deixar de prestar atenção, nem que seja ao correr do débito diário de noticiário, à existência da Igreja Católica e, em particular do seu chefe, e das intervenções deste no espaço público. Nesse sentido, não se pode ignorar que o pontificado do papa Francisco está a ser marcado por diferentes e mais ousadas - para os cânones habituais - formas de aparecer e de estar. Uma amiga minha dizia-me hoje que, antes de mais, já não restam dúvidas de que é pelo menos uma pop star . Falava da forma. Quanto à substância, ao conteúdo concreto da mensagem e da actuação, não é sequer líquido que ouse descolar do essencial em relação aos seus antecessores. Talvez mais uma razão para acompanharmos com atenção as leituras que vai fazendo o teólogo brasileiro Leonardo Boff, que, por estes dias, nos surpreendeu com esta (súbita?) análise da missão de Francisco . .

Crise de iniciativa presidencial (9)

Dizem que amanhã  (re)começa um novo ciclo. Vicioso. .

Crise de iniciativa presidencial (8)

O Presidente da República optou por salvar o governo e os interesses dos credore s.  O país pode esperar pelo menos até ao Orçamento de 2014. E continuar a afundar-se.

Crise de iniciativa presidencial (7)

PS, PSD e CDS-PP não chegaram a acordo para salvar a iniciativa presidencial. As justificações do PS servem para o próprio PS perceber por que razões o PCP e o BE não poderiam alinhar na mascarada de negociações em que o país derreteu mais uma semana de crise. A única iniciativa séria que Cavaco Silva pode ter agora é devolver a palavra ao povo. Sem demora. .

Crise de iniciativa presidencial (6)

Mal acabou a votação da moção de censura apresentada pelo PEV, os deputados do PSD e do CDS-PP aplaudiram de pé a rejeição, olhando e sorrindo na direcção das bancadas da oposição, PS incluído.  Boa parte dos deputados do PS abandonou o hemiciclo de imediato, suponho que em protesto. Não foi um quadro bonito. E talvez tenha sido um sinal para clarificar as hesitações.  Consta que amanhã é o dia decisivo, mas hoje continuou o crescendo de pressões sobre o proclamado "diálogo entre os partidos", com o próprio Presidente da República a pronunciar-se em directo, nas televisões, sobre o "entendimento" com o qual ele quer salvar o pacto das tróicas, sabendo nós muito bem que este pacto está a destruir o país.

Crise de iniciativa presidencial (5)

Ao quarto dia de negociações em torno dos três pilares sagrados da crise de iniciativa presidencial para salvar o pacto de agressão, o cerco do consenso aperta-se: um manifesto de 20 empresários e personalidades para que os partidos se entendam; um apelo das confederações patronais com a UGT atrelada, para que os partidos se entendam; os sinais dos mercados, exigindo o entendimento. E a noite vai entrando e consumindo a ansiedade mediática... São 23h30, os jornais estão a fechar, os telejornais da meia-noite não tardam, e não há uma luzinha que brote de S. Caetano à Lapa. Será desta? Ruptura ou consenso? Consenso ou ruptura? E nem o sítio do PS na Rede debita a prometida informação transparente. Ruptura ou consenso? Consenso ou ruptura? Amanhã, discute-se no Parlamento a moção de censura apresentada pelo PEV.    

Crise de iniciativa presidencial (4)

Engano-me muito ou o PS já escolheu mesmo o lado para o qual (Onde é que está a surpresa?...), ao escrever isto? Dia 16 de Julho 20:31 horas O PS recebeu hoje o BE, a pedido deste último partido. A reunião entre o PS e o BE ocorre num momento de emergência nacional, onde todos os diálogos interpartidários são essenciais para encontrarmos soluções para os graves problemas que o país atravessa. O PS não recusa nenhum diálogo, nem excluiu nenhum partido nesse diálogo. Sobretudo, quando a situação do país exige o contributo de todos. Iniciou-se um processo de diálogo. O PS insistiu que nesse processo participassem todos os partidos políticos. O PCP e o BE excluíram-se desse diálogo. Fizeram mal. Agora, em competição, cada um deles lança o seu processo. O PCP com a Intervenção Democrática, Os Verdes e o BE.  O BE com o PCP. O País dispensa este jogo partidário. O PS não entra neste jogo partidário. O PS está empenhado no processo de diálogo, lamenta uma vez mais que

Crise de iniciativa presidencial (3)

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O Partido Socialista (PS) inaugurou uma nova prática de comunicação, disponibilizando no seu sítio na Rede um espaço nobre com a cronologia do "Compromisso de Salvação Nacional". Fá-lo, segundo justifica, " em prol da transparência, do combate à especulação no espaço público e por respeito aos portugueses ". De acordo com aquela cronologia, às 22h50 de ontem, dia 13, o PS " transmitiu ao Presidente da República a disponibilidade imediata do PS para iniciar o processo de diálogo com vista ao compromisso de salvação nacional, assente nos três pilares propostos" por Cavaco Silva .  Ora muito bem, em nome da transparência, é importante que o PS clarifique sem demora de que modo é que a sua aceitação dos famosos três pilares é coerente com a sua exigência de eleições. .  

Crise de iniciativa presidencial (2)

Em fase disto "Os líderes dos referidos partidos manifestaram a disponibilidade para iniciarem, o mais brevemente possível, conversações com vista a um compromisso de salvação nacional que permita a conclusão, com sucesso, do Programa de Assistência Financeira e o regresso aos mercados" , suponho que o Partido Socialista deve, sem demora, explicar muito bem afinal qual é a sua posição em relação ao compromisso com que Cavaco Silva nega a palavra ao povo, pois é por demais evidente que o comunicado da Presidência da República o amarra ao processo que o PS dizia que não iria integrar... :

Crise de iniciativa presidencial

A crise de iniciativa presidencial ganha rapidamente corpo: o PSD e o CDS acusam o murro no estômago dizer que vão pensar no que Cavaco Silva disse esta noite; o PS pensou mais rapidamente e já disse a única coisa que poderia dizer - que só há uma maneira de clarificar a situação, que é a realização de eleições.    

Cavaco dá mais um empurrão à crise

O Presidente da República acaba de agravar a crise política e de dar mais um empurrão à instável aliança PSD/CDS-PP. O Compromisso de Salvação Nacional, comprometendo o PSD, o PS e o CDS-PP, que advoga é uma tentativa de restaurar a tróica nacional e de amarrar o PS à agenda da Direita. Tudo isto é feito, não em nome dos interesses dos portugueses e do País, mas dos mercados e dos credores internacionais, subordinando a estes - e exclusivamente a estes - a soberania nacional. E tudo isto foi anunciado com uma inaceitável e salazarenta reserva mental quanto à democracia, ao seu funcionamento e à soberania popular. Aguarda-se a todo o momento que o PS se pronuncie sobre a comunicação de Cavaco Silva , mas só podemos exigir que recuse qualquer compromisso. O PSD e o CDS também ainda não falaram, mas adivinha-se que baixarão respeitosamente a voz, mas lá no seu íntimo também não o querem. Aguarda-se a todo o momento a dissolução da Assembleia da República. .  

Uma perguntinha apenas

Há uma pergunta, uma pergunta simples, uma perguntinha, a que S. Exa. o irrevogavelmente demissionário ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros não respondeu na audição de hoje no Parlamento: quais foram as razões ou "considerações técnicas" que levaram o Estado Português a recusar o direito de aterragem ao avião que transportava o Presidente da República Plurinacional da Bolívia? A resposta a esta pergunta é muito mais importante que os floreados que o ministro derramou com o seu dissimulado sorriso e que parece terem ganho primazia no espaço público... .  

Uma leitura actual

Para recordar/reler (ou ler mesmo, recomendando-se vivamente...), nos tempos que correm, também para para o "círculo da razão" que vai pululando e se vai impondo no pequeníssimo mundo mediático português: Convivendo apenas com "decisores", convertendo-se numa sociedade de corte e de dinheiro, transformando-se em máquina de propaganda do pensamento de mercado, o jornalismo encerrou-se numa classe e numa casta. Perdeu leitores e crédito. Serge  Halimi, "Os Novos Cães de Guarda", Celta, Oeiras, 1998* * Como se fosse hoje.  .  

O verdadeiro imperativo nacional

Eles bem tentam fazer passar a mensagem de que a manutenção do governo, com maior ou menor recauchutagem, é uma imposição do Presidente da República e um imperativo nacional para ultrapassar a crise. Mas a verdade é que a manutenção deste governo corresponde ao imperativo das forças de ocupação e da operação de esbulho à nossa economia e de captura da nossa soberania. Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas não podem deixar de cumprir o seu papel de serventuários dos mercados e dos credores. É por isso que o verdadeiro imperativo nacional consiste em dar realmente um novo rumo ao país e romper com o pacto de agressão..  

Regressado do país real

Ao cabo de algumas horas mergulhado no país real, liguei de imediato o telemóvel e regressei ao país de opereta: consta que o ainda primeiro-ministro foi ao Presidente da República dizer que há um acordo para salvar o governo e que amanhã os presidentes dos dois partidos da coligação governamental falam ao país mediático. O país real continua sem soluções. .

O 3.º dia

O terceiro dia da magna crise chega ao fim com dois preocupantes sinais: 1.º - A patética incógnita sobre a situação da coligação e do governo, apesar das notícias que davam nota de que os chefes dos dois partidos haviam chegado a um acordo antes da reunião do primeiro-ministro com o Presidente da República. 2.º - A desconvocação do congresso do CDS-PP anunciada na noite da antevéspera da sua realização, o que diz muito da noção de democraticidade interna do dito (se fosse com um partido que eu cá sei, que nomes feios não lhe chamariam...). E assim vai a pátria... .  

Corda esticada ou espectáculo penoso

Passos Coelho encostou Portas à parede e Portas e o CDS decidiram fazer de conta que estão a esticar a corda, ao propor a renegociação do acordo de coligação. Tanto trabalho e tanto drama a prolongar a agonia.... Consta que amanhã o espectáculo penoso continua. .

Em que ficamos?

18h30 - A grotesca opereta que o PSD e o CDS terá conhecido uma nova alteração ao libreto, agora com o CDS e o seu líder a dizerem que ainda querem salvar a desastrosa coligação. Na plateia, só podemos ficar pasmados. O primeiro-ministro disse em Berlim que não se demite porque não vê razões para se demitir; os ministros do CDS não se demitem, porque têm razões para se demitir. Perante este indecoroso espectáculo de degradação e a manifesta falta de credibilidade política e moral (a legitimidade já a perderam há muito), não outra saída: dissolução da Assembleia da República, já! Antes que seja tarde.  .

Devolver mesmo a palavra ao povo

Há uma lição muito clara desta gravíssima crise: Portugal e a Europa têm de reflectir muito seriamente se querem salvar a democracia ou soçobrar sob a pata dos mercados. O primeiro-ministro e o PSD não podem continuar iludir-se sobre a inevitabilidade da queda do Governo e a levar a teimosia a um estado paranóico. Se não sabem olhar e ouvir o que acontece à sua volta, definitivamente nada sabem e jamais deveriam ter merecido o favor dos votos que lhes confiaram. O CDS-PP não pode deixar de assumir uma ruptura que já o é sem margem para dúvidas. A decisão "irrevogável" de Paulo Portas não é um acto pessoal. Paulo Portas não é apenas um ministro; é o líder do partido que permitiu a formação deste governo. Os outros ministros e secretários de Estado do CDS não têm outro caminho senão demitir-se também. A menos que o CDS continue a caucionar este Governo e a pantomina ridícula de ontem. O Presidente da República não pode continuar a fingir que o que está a acontecer é muit

Como era de esperar

...Os briefings do ministro Maduro caíram de verdes . Mais logo cai o resto... .

Daqui não saio

O menino Pedro Amuado Coelho está tão amuado, tão amuado, tão amuado que já não vê que os outros meninos desistiram de brincar com ele ... .

A gota de água de Portas. E o resto?

As manchetes electrónicas noticiam que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, se demitiu hoje por causa da escolha do primeiro-ministro para o Ministério das Finanças. Sim, a nomeação de Maria Luís Albuquerque contra a sua opinião foi a gota de água. Mas basta ler o pequeno comunicado de Portas para dar com este penúltimo ponto Ao longo destes dois anos protegi até ao limite das minhas forças o valor da estabilidade. Porém, a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efectivamente, dispensável o meu contributo. que diz tudo sobre a inevitabilidade da saída de todos os ministros e secretários de Estado do CDS-PP. Hoje mesmo. Ou amanhã?...    

Antena Aberta, corações abertos

Acabei de escutar hoje, com mais atenção do que é habitual, o Antena Aberta da RDP (Antena 1), dedicado, como parece que não podia deixar de ser, à demissão, ontem, do ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar. Falaram muitos idosos entre os ouvintes tele-participantes. Percebe-se que apreciam a ordem e a estabilidade. Mas desta vez o coração abriu-se. Que vá embora porque anda a roubar-nos, até as reformas leva; que vá ele e vão os outros... .  

Já agora, ...

... não podiam aproveitar e seguir todos o exemplo de Vítor Gaspar? .

A Bem da Nação

O Governo inaugurou hoje uma nova prática comunicacional - um "briefing" diário (quase, porque às quintas-feiras, sábados e domingos não há) - porque acha que o problema do Governo não é governar mal, como todos nós achamos, mas comunicar mal. Não que a culpa seja do Governo, já se vê, pois esta há-de ser de outros. "A informação correta e explicada é o caminho certo para evitar a desinformação. O acesso à informação correta, limpa e simples é uma das bases fundamentais da democracia", declarou S. Exa.  o Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba. Presente na jornada inaugural do novo sistema da propaganda governamental, esteve a ainda sua colega e poucas horas depois futura ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque , que perorou sobre uns produtos financeiros manhosos aos quais os tecnocratas e a chamada comunicação social preferem ir chamando "swaps", mas sem deixar tudo clarinho como deveria