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A mostrar mensagens de junho, 2013

SJ saúda contributo dos jornalistas na greve geral

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) saudou todos os trabalhadores que participaram hoje na greve geral, destacando o contributo dos jornalistas para esta demonstração expressiva da necessidade de um novo rumo para o país. Em comunicado , a Direcção do SJ destacou especialmente a forte adesão na Agência Lusa, que inviabilizou a distribuição de notícias e considerou uma provocação aos trabalhadores em greve a visita do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional à sede da empresa.  .

A melhor notícia da greve...

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... é não haver notícias. Os jornalistas ao serviço da Agência Lusa levam o preceito a peito: o serviço noticioso está suspenso desde as 8h45 de hoje, devido à adesão maciça à Greve Geral. .

A Greve Geral explicada ao primeiro-ministro

Senhor Dr. Pedro Passos Coelho, Os jornais em linha, as rádios e as televisões, incluindo a Rádio e a Televisão que o Governo de V. Exa. quer desmantelar, deram-me hoje boa nota da repetição até à náusea - agora por V. Exa. - de que a "greve é um direito inalienável" dos trabalhadores portugueses. Segundo as narrações que li, vi e ouvi, V. Exa. veio dizer que, porém, que é necessário que se trabalhe mais e se faça menos greves. Pois fique ciente V. Exa., senhor ainda primeiro-ministro, de que a greve que daqui a minutos se inicia se destina, precisamente, a contribuir para que seja travado o caminho trágico de destruição da economia e do emprego em que V. Exa. e o seu governo estão empenhados, e para que a malta tenha mesmo emprego e trabalho (e, já agora, se não for pedir muito, trabalho com direitos).   

Porto Campanhã, 22h45

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A Greve Geral já vem a caminho: .

Sobre os resultados da luta dos professores, para já

Os sindicatos dos professores e especialmente a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional da Educação (FNE) e outros  chegaram hoje a acordo sobre algumas matérias que têm justificado uma luta histórica. Haverá quem se abalance a fazer balanços da luta e dos seus resultados. Uns, estarão satisfeitos; outros, nem por isso; uns terceiros, talvez fizessem melhor. Suponho que poucos quereriam estar na pele - mesmo na pele, entendem?! - dos negociadores: é mais fácil ser treinador de bancada... Com uma certeza, porém: é que, quinta-feira, dia 27 de Junho, é dia de outra luta. .  

Não se deixem iludir!

Muito importante. Façam o favor de não se deixarem iludir com tiradas como esta: "A CAP, CCP, CIP e CTP vão empenhar-se para convencer o governo, a reconhecer que o programa que  resgatou a vida e a alegria dos portugueses falhou, e que é preciso urgentemente tomar medidas para  salvar o país da recessão, e do abismo que se adivinha se nada for feito com celeridade.".  A malta sabe muito bem o que a CIP, a CAP, a CCP e a CTP querem ... .

Professores em luta histórica

Os sindicatos dos professores prosseguem, ainda durante a noite, um esforço para que as divergências sejam ultrapassadas e sejam alcançados resultados satisfatórios naquela que é já considerada uma luta histórica. A acompanhar com interesse. .

Comunicação e inconclusões

O Governo realizou hoje, em Alcobaça, um assim chamado Conselho de Ministros extraordinário.  De extraordinário teve o facto de realizar-se fora da sua sede habitual, no edifício da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.  De ordinário, teve as vaias habituais sempre que um ou mais membros do Governo põem o pé fora de casa.  De rotina nestas reuniões fora da rotina semanal das quintas-feiras, teve o carácter inconclusivo (o ministro Poiares Maduro explicou que, como previsto, não houve conclusões, segundo os meios de informação em linha). Num dia para o qual se anunciava uma remodelação comunicacional do Governo, só faltou mesmo responder àquela pergunta óbvia: se estava previsto que não haveria conclusões, para que é que chateiam a rapaziada? .

Ainda sobre a conspiração secreta em reunião pública

Como era de esperar, o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (CR da ERC) deu provimento à participação do Sindicato dos Jornalistas sobre as restrições ilegítimas à cobertura jornalística da reunião promovida pelo primeiro-ministro para "discutir" a reforma do Estado. Sobre a deliberação do CR da ERC, de 23 de Maio, mas divulgada hoje pelo SJ , cinco breves notas, para já: É uma boa deliberação, mas talvez pudesse ir pouco mais longe. Demonstra a evidência da ilegitimidade das restrições impostas . É pena não ter sido aprovada por unanimidade. Lamento que haja quem entenda que uma cobertura condicionada desta forma seja tolerável à lus da CRP e do Estatuto do Jornalista. Lamento que haja quem entende que a garantia do direito à informação se resume às "reportagens" baseadas apenas nas intervenções públicas dos governantes e às declarações de oradores e outros circunstantes.   Já escrevera sobre este assunto aqui . .

Sem hesitações nem dúvidas

O Presidente da República promulgou ontem, tornando-o lei, o Decreto da Assembleia da República n.º 150/XII , que regula a reposição dos subsídios de férias dos trabalhadores da administração e do sector públicos, dos aposentados, reformados e pensionistas, com o qual o Governo e a maioria parlamentar tentam fintar o Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 187/2013 . Os jornais contam que Cavaco Silva despachou a coisa em 24 horas. Parece que não terá tido grandes dúvidas, mas é pena. A ofensiva ideológica do triunvirato da Direita Maioria-Governo-Presidente contra os trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado e até contra o Estado Social não cessa e não hesitam sequer quando se trata de atacar os reformados e pensionistas. .

Os jornalistas e a Greve Geral

Porque não chega ser testemunha do dramático descalabro económico e social a que as políticas e as medidas de austeridade e de ataque aos direitos dos trabalhadores, dos reformados, dos desempregados e dos doentes estão a conduzir o país, é necessário que os jornalistas participem na jornada de todos os trabalhadores por um rumo diferente. Ler aqui . .

A importância de citar Pessoa

O Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicólas Maduro, discursou hoje em Lisboa e  singelamente citou Fernando Pessoa. Tê-lo-ão ouvido mesmo, além da circunstância diplomática e do supremo interesse da realpolitik ?    .

A importância de uma primeira página

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Um  dia destes vou abrir uma etiqueta dedicada às primeiras páginas de jornais*. Por razões várias. Uma delas tem a ver com a felicidade da concepção, a eficácia da mensagem e a súbita evidência das coisas que estão à nossa frente e ninguém vê. Por isso é que é necessária a avalanche de lembretes (ah! aqui não se escreve post-it ) do "i" de hoje. Vale mais do que um comício. (*) Para os devidos efeitos, e se interessar a alguém, declara-se que o autor deste blogue não adere à moda de chamar capas às primeiras páginas dos jornais. .(*)

É uma casa portuense com certeza

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Os Santos Populares numa casa do Porto, na semana do S. João.

Sobre a trapalhada com a greve dos professores

É público e notório que o Ministério da Educação e Ciência se enredou numa interminável trapalhada com a convocação e a manutenção da convocatória da greve dos professores aos exames nacionais de hoje que nem as escassas declarações de apoio ao ministro iludem. Os resultados da paralisação são bem bem evidentes: confirmam a justeza da da luta dos docentes e são bem claros acerca da forma como o Governo encara o problema. Mas o problema é que o Governo não aprende.    

Solidariedade com Paulo Moura, um protesto necessário

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas enviou hoje à embaixadora da Turquia em Lisboa um protesto formal pelas agressões policiais ocorridas ontem contra o enviado especial do jornal "Público" a Istambul, Paulo Moura, exigindo a punição dos autores e dos responsáveis e um pedido público de desculpas por parte do Governo turco. O protesto segue-se à nota de repúdio difundida ontem à noite, tendo como base o eloquente relato da própria vítima, através da crónica "Profissão, repórter", disponível na edição em linha do "Público". Ler mais aqui . .

Desmedalhados da democracia

Declaração prévia de interesses: 1. Não achei José Sócrates um bom primeiro-ministro e penso mesmo que foi um mau primeiro-ministro para o país. 2. Tenho estima pessoal e sindical por Manuel Carvalho da Silva e penso que foi um excelente secretário-geral da CGTP. Dito isto, venho dizer que considero oportuna, importante e acertada uma reportagem exibida esta noite, no programa "Sexta às 9", da RTP, sobre os critérios da atribuição de condecorações pelo Presidente da República, destacando, precisamente José Sócrates e Carvalho da Silva como dois desmedalhados da democracia. Para não dizerem que me falta independência, justamente o caso de Sócrates é paradigmático, quando é certo o hábito (será o hábito um critério?) de condecorar ex-primeiros-ministros, tão certo que Cavaco Silva se sentiu obrigado a explicar as razões da condecoração de Pedro Santana Lopes ao cabo de um governo tão breve.  Vale a pena ver a reportagem... .        

A ameaça do menino Pedro

Ora aqui está a ameaça do menino Pedro Amuado Coelho , esta manhã,na Assembleia da República: "Se a interpretação é a de a lei de facto não protege a estabilidade dos exames, não obriga à prestação de serviços mínimos, então, eu assumo aqui publicamente o compromisso de que o Governo tomará a iniciativa de alterar a lei." .

Atenção aos sinais nos jornais

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A manchete de hoje do jornal "Público" não poderia ser mais elucidativa quanto ao estado a que as coisas chegaram, evidenciando o que parece ser uma inversão dos sinais: desta vez - leia-se, no conflito entre o Governo e os professores - o radicalismo de posições não surge do habitual lado dos sindicatos (sim, esses eternos radicais!...), mas do Governo. Interessantes sinais, estes que nos vão chegando todos os dias através dos jornais... .

Assim não vale!

O primeiro-ministro amua quando não gosta das regras. Amua quando o Tribunal Constitucional não dá completo suporte às suas ofensivas contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas e os desempregados; e amua quando o Colégio Arbitral não lhe faz a vontade de decretar serviços mínimos na greve dos professores aos exames. O primeiro-ministro amua e faz uma birra tão tamanha que até já quer mudar a lei, segundo relatam os periódicos electrónicos. Quando o jogo não corre de feição, o menino dono da bola quer mudar as regras. É pena não fazer como os meninos do recreio: agarrar a bola e ir-se embora. .   

SJ solidário com jornalistas da rádio e da televisão gregas

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas portugueses manifestou hoje sua solidariedade com os jornalistas ao serviço da rádio e da televisão públicas da Grécia, cujo encerramento arbitrariamente decidido pelo governo representa uma grave violação do direito do povo helénico à informação. .

Uma importante vitória dos professores

Por muito que chateie o Governo, a Maioria e o Presidente, o Colégio Arbitral acaba de proferir um importante acórdão , decidindo não decretar serviços mínimos para a greve nacional dos professores marcada para o dia 17. Por muito que certamente muitas famílias sintam perturbadas as suas vidas, esta importante vitória dos professores não é uma vitória contra os alunos, mas uma vitória pelos alunos e por um ensino de qualidade servido por profissionais cuja dignidade tem de ser respeitada. Por muito incompreensíveis que ainda possam ser estas vitórias para muitos portugueses, é importante sublinhar que uma derrota desta causa representaria uma derrota para a democracia - para o direito à efectiva negociação, contra a imposição dos ditames do Governo.   

Para onde olham eles?

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Confesso. Um dia, gostaria de ser coleccionador de fotografias políticas. Muitas das que são publicadas nos jornais suscitam os mais diversos e mais interessantes (e, por vezes, desencontrados) exercícios de interpretação. Por exemplo, detenhamo-nos nesta: Trata-se de uma fotografia de Nuno Ferreira Santos, publicada hoje na versão em linha do "Público"  com um estranho pós-título, que anuncia que o " Presidente da República está concentrado no futuro pós- troika"  . Numa cena em que cada uma das personagens escolheu direcções e ângulos de observação muito distintos e cujas máscaras reflectem efeitos muito diversos, eu poderia anotar, por exemplo, a direcção do olhar de Cavaco Silva e tentar, talvez, analisar a expressão do seu rosto. Será premonição?...   .

O Presidente que diz que não quer ser actor...

Como era de esperar, o Presidente da República e o primeiro-ministro foram vaiados hoje, em Elvas, nas cerimónias comemorativas do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. "Demissão!, demissão!", ouviu-se quando Cavaco Silva discursava na para os militares em parada. Como era de esperar, o Presidente da República não valorizou nem valoriza os sinais populares do legítimo descontentamento. No discurso oficial das comemorações, lá procurou enquadrar a sua aparente falta de intervenção política, recordando: "Sempre  discordei daqueles que entendem que a magistratura presidencial deve ser uma magistratura negativa e conflitual, daqueles que têm uma visão do Presidente da República como um actor político que participa e se envolve no jogo entre maiorias e oposições, na busca, muitas vezes, do engrandecimento do seu protagonismo pessoal.". Como era de esperar, Cavaco Silva bem se esforça em mostrar a sua equidistância "entre maioria e o

Quando a memória encurta...

O presidente e os restantes vereadores eleitos pelo Partido Socialista para a Câmara Municipal de Braga ainda não conseguiram dar uma única justificação aceitável para a aprovação do inaceitável monumento ao cónego Melo, iniciativa que nem o PSD nem o CDS sufragaram, embora não se lhe oponham (abstiveram-se). O problema da democracia e a vantagem daquela gente, é que a memória vai sendo cada vez mais curta... .

Desistência cívica

Talvez um dia destes desenvolva este tópico: É urgente a atenção à desistência cívica que vai erodindo a democracia e as suas organizações, que são os seus alicerces, e para a indiferença pelo o seu desmoronamento, que tão prestes estará se não formos capazes de fazer da divergência e do debate o cimento que a suporta e da efectiva participação democrática a energia que a robustece. .

José Gomes

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José Gomes (1958-2013) - Foto Arquivo JN, com a devida vénia Levo anos de vida suficientes para não me surpreender demasiado com as partidas da vida nem com as traições da morte, que acomete quando menos se espera, colhe tantas vezes quem menos esperamos e nos surpreende nas esquinas dos dias. Aconteceu hoje, mais uma vez, inesperada e cruel. Mas desta vez mais perto. "Então, já sabes do Zé Gomes?", perguntava-me um camarada, enquanto ia entrando na Redacção. Que não, que não sabia - mas saberia de quê?! Veio assim a notícia, comovida e fraterna. Sensível e fraterno, um camarada do serviço da versão em linha do JN escrevera já a saudade . Até sempre, Zé Gomes! .

Sobre o erro em governês actual

E eles lá vão, errando e governando. Porque errar é próprio do homem; persistir errando é próprio deste Governo ... .

Para grandes males, grandes remédios, não?...

O fundador do CDS, Diogo Freitas do Amaral, disse hoje, em entrevista à RDP/Antena 1 (Maria Flor Pedroso) que a actual crise é a terceira grande na história portuguesa - a seguir à crise de 1383/85 e à ocupação filipina (1580/1640). Sabendo que uma e outra crises tiveram soluções "radicais", parece que o remédio para esta é mesmo defenestrar o Governo... .

O retrato dos dias

Assim mesmo, o retrato dos dias. É como se anuncia "Os Cadernos Azuis" , de Rita Oliveira Dias, que vivamente recomendo, em as minhas "Outras Naves".   .

As estatísticas mentem?

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Uma agência estatal, o Instituto Nacional de Estatística, que suponho ser insuspeita, veio confirmar hoje , mais uma vez, que a economia está mesmo a ser destruída, pois a criação de riqueza diminuiu 4% no primeiro trimestre deste ano, quando comparada com o período homólogo de 2013, e que se agrava a recessão, entre outros dados muito preocupantes. .

Comfirma-se: restrição ilegítima do direito de informação

"A tentativa do chefe da segurança do primeiro-ministro de impedir a recolha de imagens" na deslocação de Passos Coelho ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Setembro de 2012, "não tem fundamento legal, configurando-se como uma restrição ilegítima do direito de informação", considera a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que deu razão ao Sindicato dos Jornalistas . .

Ganhar com o trabalho alheio

Ainda me custa perceber por que razões é que sítios informativos na Rede fazer anteceder a exibição de vídeos alheios, incluindo de operadores de televisão, da exibição dos seus vídeos publicitários. Admito que o problema é meu, mas afianço que, se me explicarem devagarinho, talvez mais do que uma vez, virei a perceber. .  

Greve geral

A União Geral de Trabalhadores (UGT) anunciou hoje a participação da central na greve geral de 27 de Junho. O alargamento da base de convocação e de organização da greve geral confirma um amplo movimento de convergência sindical em torno da urgente mudança de rumo e de políticas ao qual o Governo - e em particular os ministros que mais têm elogiado a UGT - não pode deixar de ser sensível. .

Regionalização: amem-na ou deixem-na!

A actual crise é uma excelente justificação para os pusilânimes da Regionalização que estão sempre a encontrar pretextos para não a concretizar. Ainda hoje a ouvi. A coerência não é fácil... .

Que fazer com o descontentamento?

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Este título do "Público" de hoje diz muita coisa sobre a omissão cívica e sobre a efectiva falta de "capitalização" do descontentamento e da revolta. E por favor não me venham com a receita dos "movimentos sociais"... .

Alargamento limitado

O primeiro-ministro disse esta manhã isto:  “Nós queremos alcançar o entendimento o mais alargado possível, mas não vamos ficar à espera que toda a gente esteja de acordo para poder andar para a frente”. Como a experiência mostra que as possibilidades de "entendimento o mais alargado possível" estão circunscritas ao mero parlamentar que ainda possui, só podemos prever o desfecho habitual quanto à noção de "entendimento de Pedro Passos Coelho e da sua trupe.