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A mostrar mensagens de setembro, 2012

É pela calada que eles as fazem

Vai grosso e largo o coro de protestos - da Direita à Esquerda - contra as palavras do Ministro Oculto das Privatizações, António Borges, novamente debitando disparates e indo agora a pontos de chamar "ignorantes" aos empresários críticos das malogradas (??...) alterações à Taxa Social Única. O problema é que o Doutor Borges não se limita a falar e não me descansará nada que acate a recomendação de recato que lhe fez o CDS. É pela calada que eles as fazem... .

29.09.12: Éramos muitos, éramos muitos mil!

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Terreiro do Paço, 29 de Setembro de 2012. Fragmento do ovo  Está reconhecido: o Terreiro do Paço encheu "como um ovo". Quantos éramos? Éramos muitos, muitos mil. Por Abril, pela esperança, em luta e renovando forças para as lutas que estão pela frente. .

Só do Porto somos 1500

A1, 09h00 - O país do protesto marcha sobre Lisboa. Só do distrito do Porto (USP) partiram 123 autocarros, entre outros meios. .

Amanhã, lá estaremos

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Amanhã, lá estaremos ! .

Atentado à liberdade de informação

O Sindicato dos Jornalistas apresentou hoje um "veemente protesto" ao primeiro-ministro, exigiu um pedido de desculpas de um elemento da segurança pessoal do primeiro-ministro e da respectiva chefia, reclamou averiguações pelo Governo, pela Inspecção Geral da Administração Interna, pela Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública, pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social e pela Procuradoria-Geral da República e não quer que imagens como as da condenável tentativa de impedir a recolha de imagens por um repórter da TVI e de agressão voltem a repetir-se. .

Como eles mandam, e mandam...

Uma evidência - mais uma - de que o poder financeiro capturou o poder político é a consigna (mais uma) que os banqueiros estão a passar quanto à privatização da Caixa Geral de Depósitos. .

29.09.12: Todos a Lisboa!

É uma boa notícia o facto de os promotores das manifestações do passado dia 15 terem apelado à participação na manifestação que a CGTP convocou para sábado, dia 29, em Lisboa. Como aqui defendi ,  o dia 29 e os dias e as lutas que se lhe seguirão é que darão sentido consequente ao dia 15. Porém, as reacções no espaço público à alegada partidarização do "movimento espontâneo", "apartidário", "não sindical" e "apolítico", não se fizeram esperar, destilando os ódios - ou pelo menos os preconceitos - do costume contra os alvos do costume. Como se isto não fosse uma atitude política - e da dura! Só para apontar duas colecções significativas, atente-se no teor dos comentários deixados nas caixas do "Expresso" e do "Público" . .  

Atenção aos barris de pólvora

Sumaríssimas notas sobre o estado do paiol social em que a Europa, e em particular a Península Ibérica, se estão transformando: Em Portugal, o Governo, mais troikista do que a troika, está a desenvolver um impiedoso e quase fanático ataque aos rendimentos do trabalho, pondo os mesmos de sempre a pagar a crise que aproveita aos membros de sempre. A cegueira neoliberal do PSD e do CDS é indiferente ao drama e às consequências do empobrecimento da classe média e está a anos-luz de perceber a gravíssima situação de miséria que grassa cada vez mais.  O Parlamento espanhol está cercado, há confrontos violentos e o Partido Popular borrifa-se para os protestos e para as leituras sociais e políticas da nova erupção de contestação social. A Catalunha rebela-se e reclama a independência. O problema é que a Europa só perceberá o que está a acontecer quando a batalha social nas ruas alastrar a França e... .  

Não, não somos parvos!

Bem me parecia que a boa nova não era de fiar: pela boca do próprio primeiro-ministro e usando fonte oficialíssima , lá vem a confirmação da outra face - mais aumento de impostos. Será que Passos Coelho julga que somos parvos? .

Jornalismo e desesperança

Sempre que me perguntam sobre o futuro da Imprensa, tenho procurado responder, não sei se convencendo, que a Imprensa está longe de estar esgotada e que são pelo menos três as frentes da sua resistência e da sua evolução possíveis: a) A da Imprensa de qualidade, de referência, embora talvez destinada a uma elite mais exigente que não se conforma com o info-entretenimento que poderá absorver o grosso da Imprensa; b) A da Imprensa de nichos especializados, procurando responder a franjas mais ou menos importantes, mais ou menos numerosas, de cidadãos com necessidades e exigências específicas e/ou que não estão satisfeitas pela grande Imprensa generalista; e c) A da Imprensa local/regional, de proximidade, se conseguir empenhar-se mais em responder melhor às necessidades, anseios e expectativas dos cidadãos e constituir-se em agente decisivo do desenvolvimento cultural, social e económico. Lembrei-me destas recorrentes reflexões a propósito de um amargo desabafo de um camarada de

Quatro propostas muito claras para pagar a crise

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP) apresentou ontem quatro propostas muito concretas, muito claras e muito bem fundamentadas para evitar mais sacrifícios aos trabalhadores, reformados e pensionistas e conter e inverter a destruição da economia nacional. São elas:  1 - Criação de uma taxa sobre as transacções financeiras A criação de um novo imposto, com uma taxa de 0,25%, a incidir sobre todas as transacções de valores mobiliários independentemente do local onde são efectuadas (mercados regulamentados, não regulamentados ou fora de mercado), excepcionando o mercado primário de dívida pública.  Esta medida permitirá arrecadar uma receita adicional de 2.038,9 milhões de euros . 2 - Introdução de progressividade no IRC A criação de mais um escalão de 33,33% no IRC para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros, de forma a introduzir o critério de progressividade no imposto.  A incidência deste a

TSU: talvez não seja bom lançar foguetes...

Talvez não seja bom lançar foguetes antes da festa nem acreditar que simplesmente o Governo "deixou cair" completamente as alterações à Taxa Social Única na reunião do Conselho de Estado, e muito menos crer que desistiu de agravar a afensiva contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas e até os desempregados. "O Conselho de Estado foi informado da disponibilidade do Governo para, no quadro da concertação social, estudar alternativas à alteração da Taxa Social Única", é o que se lê no comunicado final da reunião.   .

Há sete horas...

São 00h15 em Lisboa: O Conselho de Estado está reunidos há sete horas. .

Porto: abandono e ruína como atracção turística

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O casal espanhol olha espantado a Rua Formosa. Dispara as câmaras fotográficas em várias direcções: há prédios antigos em ruína, construções inacabadas, abandono. É a "Baixa" do Porto em pleno estertor. .

PSD e CDS: reconciliação conjugal

Ora aqui está como o PSD e o CDS, como dois cônjuges em ruptura larvar e amuos públicos vários, renovam publicamente votos de fidelidade mútua, obediência à tróica e aparecem reconciliados na missão de destruir o país. O que será que o CDS vai fazer a seguir para fazer valer as suas juradas promessas de alternativas a mais um assalto aos trabalhadores com o agravamento da Taxa Social Única? PS - Alguém sabe a que dias é que se realizam as reuniões do novel "Conselho Coordenador da Coligação" - antes ou depois das reuniões do Conselho de Ministros?, Antes ou depois de o primeiro-ministro se dirigir ao país? Agradecido.  .      

Tipo, um telefonema ou um sms não chegam?

Talvez haja por aí um piedoso e paciente leitor que seja capaz de explicar por que razões as direcções do PSD e do CDS, dotadas de tão recatadas e discretas artes da negociação e da diplomacia, necessitam de trocar publicamente convites para reuniões e anuências a convites para as ditas reuniões e expectativas de que os convites para as reuniões se concretizem, quando os seus mais destacados membros e respectivos ajudantes se cruzam todos os dias nos corredores do poder, ou pelo menos telefonam-se, ou pelo menos trocam uns SMS se estão sem paciência recíproca para ouvir as respectivas vozes, podendo muito bem tratar as coisas mais ou menos assim:    –  Está? É o Paulo (ou o Pedro, pronto, conforme a ordem da iniciativa)? Está(s) bom?... Pá ("Sr. Dr.", "Paulo/Pedro", confirme o nível de intimidade e a origem da iniciativa), precisamos de falar...   –  Estou, obrigado, e tu/você/o senhor/o Pedro/o Paulo?... Pois... Precisamos, quem?   –  Nós, os líderes, as dir

Governo PSD/CDS: de entalanço em entalanço, até à ruptura final

A Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata "deliberou convidar o CDS para uma reunião conjunta das direções partidárias, a ter lugar com a maior brevidade possível, com o intuito de obter a indispensável manifestação de apoio ao Acordo Político de Coligação, celebrado a 16 de Junho de 2011, assim como às decisões e estratégia do Governo em matéria de consolidação orçamental e ajustamento estrutural, visando uma trajetória de crescimento sustentável", segundo o comunicado daquele órgão divulgado esta madrugada . Ou seja, por outras palavras e abreviando razões: de entalanço em entalanço, até à ruptura final, ou, mais dia menos dia, confirma-se a queda do Governo. .

TSU: recuo táctico ou endrominação?

Alguns editorialistas, colunistas, comentaristas e comentadores chamaram "um erro" ao novo roubo aos trabalhadores que o primeiro-ministro anunciou, no passado dia 7, comunicado ao país que "o Governo decidiu aumentar a contribuição para a Segurança Social exigida aos trabalhadores do sector privado para 18 por cento" , ou seja, um aumento real de 63,6%, que é o que o acréscimo de sete pontos percentuais representa. O clamor da flagrante injustiça do esbulho foi de tal ordem, tal a abrangência de posições contra (até os patrões estiveram, digamos, ao lado dos sindicatos!) que a trupe governamental e a pandilha parlamentar ficaram atarantadas, o Presidente da República achou por bem chamar o ministro da Austeridade ao Conselho de Estado, o parceiro da ainda coligação fez de conta que falou grosso e até o padrinho do, por assim dizer, primeiro-ministro veio hoje aconselhar o dito a recuar. Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém... Vai daí, o min

Honra e recusa

A escritora Maria Teresa Horta sentiu-se honrada pela atribuição do Prémio D. Dinis, instituído pela Fundação Casa de Mateus, pelo júri que a decidiu e pelos laureados que a antecederam . Honrou-se ao recusar recebê-lo das mãos de Pedro Passos Coelho. .

RTP: uma vigília pelo futuro

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Vigílias de trabalhadores e cidadãos assinalaram esta noite, em Lisboa e Porto, mais um importante momento na jornada de luta em defesa da RTP e dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão. Na RTP/Porto (foto), duas centenas de pessoas, na maioria trabalhadores, mas também cidadãos anónimos, com o apoio de dirigentes e deputados do PS e do PCP e da União dos Sindicatos do Porto, reforçaram aquele objectivo com o da defesa deste importante centro de produção. Com este movimento e esta força, vamos barrar o caminho ao Governo e à maioria parlamentar. .

Hoje, vigílias em defesa da RTP e da Rádio e Televisão públicas

Estão marcadas para hoje, a partir das 19h30, duas importantes vigílias em defesa da RTP e dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão: Lisboa - residência oficial do primeiro-ministro Vila Nova de Gaia - RTP/Porto (Monte da Virgem) Aprovada em plenário de trabalhadores , a iniciativa convoca também todos os cidadãos empenhados em defender a Rádio e a Televisão públicas, contra o desmantelamento e a privatização da RTP, contra a irresponsabilidade governativa e em defesa de serviços públicos de qualidade. Participem, passem a palavra e levem amigos: é preciso dizer que a última palavra é dos cidadãos e não do Governo! .

RTP: um Seguro demasiado inseguro

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Há duas ou três semanas, o secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, jurava a pés junto que, logo que o PS fosse governo, voltaria a repor o canal de serviço público de televisão que o governo PSD/CDS quer privatizar. É uma promessa com significado, aliás reforçada sendo ele subscritor deste importante manifesto. Hoje, em entrevista ao “Público” recua claramente. Perguntado sobre a hipótese da concessão, diz que quando for primeiro-ministro “haverá um serviço público, prestado por uma estação de televisão pública”. Questionado sobre se veria com bons olhos a RTP entregue a empresas angolanas, insistiu no desígnio “fundamental” de uma televisão do Estado e acrescentou: “Depois temos de ver quantos canais, que canais, TDT, etc. (…)”. As respostas revelam-nos afinal um Seguro demasiado inseguro. .

15.09.12: que fazer com estas manifestações?

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1. As manifestações realizadas ontem em dezenas de cidades do país representaram uma gigantesca expressão de protesto e de indignação com a violenta espiral de recessão que empobrece Portugal, destrói a economia, lança para a pobreza e a miséria largos milhares de portugueses, definha a esperança e condena o futuro de gerações. Mas, para que os protestos se transformem em luta e a luta seja consequente, é necessário se consequente com os protestos: a luta não acabou ontem à noite; está em marcha e vai continuar. O dia 15 de Setembro não terá significado sem o dia 29 de Setembro e sem os dias que se lhe seguirão. 2. Muitos esforçam-se em destacar, mais uma vez, o carácter “não partidário” e “não sindical” das manifestações de ontem – uns na ingénua suposição de que é esse o caminho do “aprofundamento da democracia” e das “novas formas de participação”; outros em continuado preconceito contra os partidos e os sindicatos; outros em cruzada mais ou menos confessa contra as organizações d

RTP: a luta sai à rua

Os trabalhadores ao serviço da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) aprovaram hoje a realização de vigílias, na próxima segunda-feira, dia 17, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, e dos estúdios do Monte da Virgem, no Porto, contra o desmantelamento dos serviços públicos de rádio e de televisão. O combate em defesa da RTP e dos serviços públicos regressa à rua. Lá estaremos! .

Vai sendo tempo de mudar de rumo

Vai grande a efervescência entre os partidos da Direita - e mesmo nas suas cúpulas - e até entre o patronato,  com as novas medidas de confisco e de empobrecimento anunciadas pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Austeridade. Há protestos nas hostes do PSD e o CDS já nem sequer esconde mais o enorme desconforto que o atormenta e trocou a festa de reentrée do fim-de-semana por reuniões dos seus órgãos. A coligação vacila e, como já previ por várias vezes, não durará até ao fim da legislatura, podendo ruir até mais cedo do que o esperado. Isso é bom, mas é preciso não ter ilusões: os problemas do país não se resolvem com a alternância que temos conhecido. E esta é uma altura para mudar de rumo. .    

Sobre a arenga do ministro da Austeridade

O ministro da Austeridade, Vítor Gaspar, arengou hoje à tarde aos jornalistas sobre as medidas cm que nos vai continuar a espremer, numa homilia suficientemente  deprimente para tornar insuportável a entrevista que deu, à noite, à SIC, dando respostas que insultaram a inteligência dos portugueses.  Só para dar um exemplo, ficará para antologia a sua resposta quando o entrevistador, José Gomes Ferreira, lhe perguntou - e muito bem - como explica a transferência do confisco de dinheiro do trabalho para o capital com o agravamento das contribuições dos trabalhadores para a segurança social e o desagravamento das dos patrões, aliás, as grandes empresas. Será que Vítor Gaspar acredita naquilo que diz, ou papagueia uma lenga-lenga encomendada?  .      

Um vade-mécum da austeridade para totós

Segundo revela hoje a edição em linha do semanário "Expresso", o gabinete do primeiro-ministro (presume-se da notícia...) teria distribuído pelos ministérios uma cábula  destinada a ajudar a "explicar" as novas e brutais medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira por Pedro Passos Coelho. Quando me soaram os primeiros acordes da secreta revelação, ainda caí na tentação de supor que estaríamos perante um vade-mécum sólido e consistente, conquanto sucinto e breve como convém a tal espécie, do qual talvez pudesse extrair um ou outro argumento digno de credibilidade. Qual quê?! A coisa resume-se a um conjunto de lugares-comuns extraído do estafado argumentário governamental sem consistência nem credibilidade, própria para consumo de uso por totós.   .

"Semanário A Manhã"

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Já é oficial: depois de amanhã "nasce" em Gondomar, distrito do Porto, um novo jornal: Longos dias ao "A Manhã"!!! Declaração de interesses (e por aqui me fico): primeira, neste projecto está um conjunto de amigos meus, além de camaradas de ofício; segunda, este projecto é uma cooperativa de profissionais, essencialmente jornalistas, "sobrantes" de reestruturações, que afirma a coragem de avançar com alternativas para garantir o rendimento e exercer em liberdade o jornalismo, como aqui vai explicado , correspondendo a um modelo que tenho defendido.   .

Cálculo matemático aplicado ao jornalismo. Ou, "é só fazer as contas"

Em tempos que já lá vão, o antigo primeiro-ministro António Guterres (ou ainda seria só líder do PS, já não me recordo) foi apanhado na ratoeira do jornalismo que pede números, estatísticas e percentagens por tudo e por nada. Em falando sobre a necessidade de reforço do orçamento da Educação, enunciou, se bem me recordo, uma determinada percentagem do Produto Interno Bruto (PIB). Ágil como uma rapace , um repórter perguntou-lhe quanto é que isso representaria em termos de moeda - ao tempo, suponho que ainda em milhões de contos. Atrapalhado entre mil coisas em que pensar, Guterres, engenheiro de formação, arriscou fazer os cálculos, de cabeça, ali mesmo, entre a turba apressada de jornalistas e as pressas da deslocação. Como é sabido, a coisa deu para o torto: engasgou-se, errou e rematou com a célebre frase "enfim, é só fazer as contas". Tem-me ocorrido muito este episódio, que sempre tive como compreensível em situações de pressão como aquela, a propósito do colossal d

O estado da Pátria

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Onde estes tipos nos estão a levar! .

SJ volta a repudiar privatização da RTP e da Agência Lusa

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) voltou hoje a repudiar a privatização da RTP e da Agência Lusa anunciada no programa eleitoral do PSD, e sublinhou importância estratégica para o país daqueles órgãos de comunicação social. .

Um roubo descarado e um mandato excedido

O primeiro-ministro confirmou hoje que o Governo tenciona prosseguir a ofensiva sem quartel aos trabalhadores, reformados e pensionistas, a beneficiar ainda mais o patronato e a aumentar a imunidade as grandes fortunas e os grandes lucros. O que o primeiro-ministro anunciou é mais um roubo descarado a quem trabalha e mais uma machadada na economia nacional, agravando a espiral de recessão e a empurrando milhares e milhares de pessoas para a pobreza e a exclusão social. Ao contrário do que o primeiro-ministro disse e do que vieram papaguear dirigentes dos dois partidos do Governo e da maioria parlamentar, há alternativas. Eles é que não querem pô-las em prática. O PSD costuma encher a boca com o seu programa eleitoral sufragado pelos eleitores. Mas a verdade é que o que o PSD e o CDS estão a fazer excede em muito o mandato que os (seus) eleitores lhes deram! Mais tarde ou mais cedo, o povo tomará a palavra novamente. Esperemos que seja desta que toma decisões mais acert

Petições, jornalismo e transparência editorial

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O "Diário Económico" lançou hoje uma petição pública abertamente contra novo aumento de impostos, ameaça que nos últimos vem tomando corpo na Imprensa. A iniciativa não é completamente inédita: há tempos, o "Correio da Manhã" promoveu uma petição com vista à criminalização da corrupção, se bem me recordo.  Há quem entenda discutível que um jornal adopte um pronunciamento público sobre estas matérias e que tome mesmo a iniciativa de constituir-se motor de uma iniciativa, digamos, popular. Sem discorrer, agora, sobre o concreto conteúdo do texto da petição, em relação ao qual tenho várias discordâncias, gostaria de deixar claros três pontos que me parecem essenciais para um debate sobre esta iniciativa e os efeitos e consequências, a saber: A assumpção de um pronunciamento e a liderança de uma iniciativa popular por parte de um jornal não é ilegítima, mas é arriscada,  na hipótese de este pretender afirmar uma imagem de neutralidade. Há mais vantagens

Cidadãos pela RTP e pelos serviços públicos de rádio e de televisão

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Já está em linha o sítio do movimento Em Defesa do Serviço Público de Rádio e de Televisão , contra o desmantelamento da RTP, seja qual for a forma de privatização, contribuindo para uma frente cada vez mais ampla contra o desígnio neoliberal e demagógico deste Governo. .

A "brecha" da Lei Eleitoral Autárquica

A designada "nova brecha" na coligação parlamentar/governamental aberta com a ruptura das negociações entre o PSD e o CDS para a revisão da Lei Eleitoral Autárquica não deve ter uma leitura política limitada à circunstância de o projecto ser da autoria de um circunstancial ocupante de uma pasta ministerial. Ela traduz a luta do CDS para preservar o seu já muito acantonado espaço autárquico. Para um partido com outras aspirações e na expectativa de capitalizar uma ruptura mais definitiva, capitular agora seria suicídio. .  

Uma hipótese

Hipótese: Os jornais deixam de fazer notícias sobre o conteúdo dos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa, aos domingos à noite na TV. .

A RTP na ordem do dia

A RTP e os serviços públicos de rádio e de televisão continuaram hoje na agenda dos Media, com algumas insistências na discussão sobre a forçadamente questão magna da concessão da empresa, "hipótese" legitimamente contestada (era o que faltava entregar o ouro ao bandido!), mas cuja discussão não pode afastar-nos da questão crucial - a do seu desmantelamento e privatização. Apesar da aparente divisão entre o CDS e o PSD que significativamente surgiu. nos últimos dias, é preciso - é muito importante - não esquecer que estes dois partidos e os seus líderes estabeleceram um pacto para a privatização de um canal, pelos vistos o 1, e que esse objectivo não está descartado. E que é um objectivo que deve ser combatido com todas as forças. .