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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

Problemas da distribuição de dividendos da Lusa

Um desentendimento entre o accionista Estado e os accionistas privados Controlinveste, Impresa e NP na Agência Lusa relativamente à distribuição de dividendos da empresa levanta várias questões muito importantes, como o Sindicato dos Jornalistas demonstra hoje em comunicado. A primeira questão é a da legitimidade da distribuição de lucros quando os trabalhadores estão a ser desapossados de parte das suas retribuições e têm as suas carreiras congeladas. A segunda é do risco de descapitalização da empresa. A terceira é mais uma ameaça a postos de trabalho. Há outras. E a ordem é quase arbitrária. Vale a pena ler o comunicado na íntegra, já a seguir:     SJ preocupado com situação na Agência Lusa   1. Tendo tomado conhecimento do comunicado da Comissão de Trabalhadores relativo à sua reunião com o presidente da Administração da Agência Lusa, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas manifesta-se preocupada com a ameaça de nova vaga de despedimentos e a previsão de distribuição de dividendos

Despedimentos no "Sol"

A onda de despedimentos na comunicação social atingiu agora o semanário "Sol", detido por um grupo cujos donos não se consegue identificar em toda a sua extensão mas que têm sido associados a capitais angolanos e andam para aí a comprar importantes órgãos de informação. Eis o que escreveu hoje o Sindicato dos Jornalistas: SJ repudia despedimentos no "Sol"  1. Jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do semanário "Sol" começaram a ser chamados esta semana para rescisões ditas amigáveis dos seus contratos de trabalho, em mais um processo que o Sindicato dos Jornalistas repudia, por atingir a dignidade pessoal e profissional dos profissionais seleccionados.  2. Trata-se de um caso muito preocupante, por o conjunto de jornalistas já abordado ter um peso significativo numa redacção de dimensão reduzida, por envolver profissionais que muito têm dado ao jornal e, nalguns casos, serem de recrutamento mais ou menos recente noutros órgãos de informação.  3.

Despedimentos no "Diário Económico"

O Sindicato dos Jornalistas denunciou hoje a forma como o "Diário Económico", do Grupo Ongoing, está a tentar despedir jornalistas e outros trabalhadores, atingindo a dignidade pessoal e profissional dos abordados com o eufemisticamente designado "convite a rescindir o contrato" e fazendo o jornal incorrer no risco de perda de qualidade e de... leitores e publicidade. Em comunicado, a Direcção do SJ recorda que o jornal se integra num grupo económico em expansão e sublinha que os grupos económicos devem conferir uma dimensão social às sinergias e não limitar-se a potenciar os lucros. Vale a pena ler o comunicado na íntegra, que é do seguinte teor: SJ repudia despedimentos no “Diário Económico” 1. Jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do “Diário Económico” têm vindo a ser abordados selectivamente, com vista ao seu despedimento através de propostas de rescisão dos contratos de trabalho ditas de mútuo acordo, num método que o Sindicato dos Jornalistas repudia l

Luta sem tréguas ao acordo de concertação social

Um comunicado importante: SJ repudia "acordo" de ataque aos trabalhadores 1. Tendo analisado o "Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego", subscrito pelo Governo, pelas confederações patronais e pela União Geral de Trabalhadores (UGT), a Direcção do Sindicato dos Jornalistas considera que o chamado acordo de concertação social, a ser cumprido na sua componente laboral, representa um processo de inadmissível retrocesso na protecção do direito ao trabalho digno e com direitos, na protecção do emprego e no desemprego, um recuo histórico na negociação colectiva e confisco ilegítimo da própria liberdade negocial entre sindicatos e associações patronais. 2. De facto, em matéria de organização do tempo de trabalho, os "compromissos" fragilizam ainda mais a posição do trabalhador, isolando-o e forçando-o, na prática, a ceder mais duas horas de trabalho por dia, no regime de banco de horas a implementar directamente entre o empregador e

SJ em defesa da "Focus"

O Sindicato dos Jornalistas contestou hoje a intenção da Impala de encerrar a revista "Focus" e despedir quase duas dezenas de jornalistas e outros trabalhadores, apelando à administração para que encete um verdadeiro processo de negociação de alternativas que mantenham a publicação e os postos de trabalho. O comunicado é do seguinte teor: SJ contra encerramento da “Focus” 1. O Sindicato dos Jornalistas está a acompanhar a situação na revista “Focus”, que a Impala decidiu encerrar e em relação à qual tenciona encetar um processo de despedimento colectivo, que poderá abranger uma dezena de jornalistas e oito outros trabalhadores.  2. Manifestando a sua solidariedade para com os profissionais atingidos pelas medidas anunciadas pela Empresa, o SJ reafirma a sua determinação em defender os direitos e interesses dos jornalistas, especialmente o direito ao trabalho.  3. Além da defesa dos postos de trabalho, o SJ considera essencial que as empresas de comunicação social preserv

Confirma-se: o capital é para proteger

Como se esperava, a maioria parlamentar chumbou os projectos de lei do PCP e do BE para reforçar a tributação fiscal e repor a equidade das empresas que deslocalizem capitais para paraísos fiscais ou países fiscalmente mais favoráveis. Confirma-se que o capital é mesmo para proteger, mesmo continuando a desproteger cada vez mais os do costume. .  

A pretexto das "Urgências low cost"

Ao longo dos anos, tive de frequentar serviços de urgência hospitalar - públicos na maior parte das vezes, privados nalguns (poucos) casos - , fosse por mim, fosse por familiares e outras pessoas das minhas relações. Embora possa fazer um ou outro reparo, que não vêm nada ao caso, posso assegurar que sempre fui muito bem atendido nas urgências dos hospitais públicos, assim como foram bem atendidas as pessoas da minha família e das minhas relações que tiveram de recorrer a elas. No dia em que se instala a discussão sobre o lançamento da ideia de urgências low cost por um grupo privado de Saúde, devo prestar homenagem ao mérito, ao esforço e à qualidade dos serviços públicos - do serviço Nacional de Saúde. .

A simulação trapalhona de concertação

É público e notório: o ministro Álvaro tem filada a imposição da meia hora de trabalho diário aos trabalhadores e está a simular uma negociação na Concertação Social que toda a gente sabe que não existe. Mas a simulação é tão trapalhona, tão trapalhona, que o ministro se esqueceu de simular que negociava com a CGTP.  Se não fosse o Manuel Carvalho da Silva a lembrar tal esquecimento (declarações esta manhã à TSF), o ministro Álvaro nem se lembraria de telefonar à pressa ao secretário-geral da Intersindical, para que lá se marcasse o ponto da Concertação. Em vão. Seguramente que nem o próprio ministro acredita no simulacro de negociação que forçou... .

Uma pergunta simples

A reportagem do "Público" do passado dia 5, se não erro, sobre a decoração agressiva do corredor de acesso ao balneário da equipa visitante no Estádio de José de Alvalade foi um importante serviço à decência nos espaços desportivos. A fazer fé nas notícias das últimas horas, a UEFA pediu ao Sporting de Portugal que remova ou tape as imagens nas quais aparecem adeptos em posições e atitudes provocatórias, hostis, agressivas e nazis-fascistas.  A ambiguidade da posição da UEFA, a menos que não esteja adequadamente vertida nas notícias, parece deixar um bocadinho a desejar. Face ao teor e à gravidade das imagens reveladas, "pedir" soa um pouco pusilânime. Não seria mais adequado um verbo um pouco mais, digamos, "assertivo", do tipo determinar , para não dizer mais "musculado", do tipo exigir ? .  

Uma solidariedade e um apelo

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas repudiou hoje a discriminação ilegal e inaceitável de jornalistas ao serviço do "Público", impedindo-os de cobrir o jogo de sábado passado entre o Sporting Clube de Portugal e o Futebol Clube do Porto. Em comunicado, o SJ, além de manifestar a sua solidariedade para com os jornalistas e o "Público", renova o habitual e muito importante apelo à unidade entre os jornalistas e, sobretudo, as direcções dos órgãos de informação, para que combatam a discriminação. Há quem critique este recorrente e inútil apelo. Mas haverá um dia em que será ouvido. Tenho a certeza. Eis o comunicado, na íntegra:  SJ repudia violação da lei pelo Sporting  A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) tomou conhecimento de que o Sporting Clube de Portugal impediu o acesso dos jornalistas destacados pelo jornal “Público” para a cobertura do jogo do passado sábado.  De acordo com a nota da Direcção do “Público” emitida pelo jornal, o argumento invoc

O programa do Óscar

O novo Provedor do Leitor do "Diário de Notícias", Oscar Mascarenhas, apresentou-se hoje aos leitores e aos jornalistas, na primeira pessoa, em discurso directo e sem mediação, com uma primeira coluna que não podia deixar de ser o seu Programa. Confirma o que  previ que iria acontecer: elevou bem alto a fasquia do seu mandato. Sei que, por ele, vai conseguir. Boa sorte, Óscar! .

Assumam-se!

Um dos aspectos interessantes que tem esta polémica acerca da ligação entre políticos e a Maçonaria é o resultado prático da exortação de António Arnaut a que os membros desta assumam essa opção. Se for levada à letra, muitas coisas ficarão mais claras e a Democracia tornar-se-á mais respirável. .

Sobre a banalização da intolerância

A cena passa-se em Lisboa, mas poderia ocorrer, como ocorre seguramente noutras cidades, apenas com a diferença de toponímia e de um ou outro detalhe de significado irrelevante. Conta-se num fósforo: são cerca de 17h30 e o trânsito flui sem constrangimentos; de repente, um automobilista que sobe a Rua do Alecrim estaca e buzina furiosamente, atrás de um taxi inclinado no cruzamento em direcção ao Largo do Chiado, que parara para deixar passar um ou dois peões que tinham aberto o respectivo "semáforo" verde. O caso, talvez banal, evidencia a crescente e muito preocupante banalização da intolerância e o alastramento desta patologia que torna os outros insuportáveis só por se atravessarem no nosso caminho, por nos causarem este ou aquele embaraço, por respirarem o nosso ar. .

Parabéns ao DN pelo novo Provedor

Parabéns ao "Diário de Notícias": escolheu o melhor de entre os melhores para Provedor dos leitores ; e escolheu quem pensa nos cidadãos antes de pensar nos leitores/consumidores, quem pensa no Jornalismo e nos deveres dos jornalistas antes de pensar na bolsa do patrão e na barriga dos jornalistas, quem preza a liberdade, a lealdade, a camaradagem e a cidadania acima de qualquer obediência e rejeita qualquer embuste ou compromisso obscuro; escolheu quem muito deu já e quem muito tem ainda para dar a uma profissão tão necessitada de revisitar os seus valores. A escolha mostra que o Óscar Mascarenhas continua a fazer falta nas trincheiras do Jornalismo comprometido com a verdade que dói mas quer ser genuína e livre, que quer ser livre mas sujeita-se ao escrutínio amplo dos pares e dos cidadãos, que é corajoso para denunciar a injustiça e probo para reconhecer o erro e reparar a ofensa, que é firme na defesa dos seus valores e princípios e complacente com a fragilidade humana.

Escrita Clara

O Júlio Roldão está ensaiando um blogue. Apresenta-se com um título inequívoco e fino como a ironia alegre que o caracteriza: Escrita Clara . E seguramente que há-de brindar-nos, no espaço público, com o sarcasmo sem rancor com o qual tem posto a pensar muitos dos que, como eu, têm o gosto e o proveito de conhecê-lo. A frequentar, com recomendação entusiasmada nas Outras Naves.

Alvíssaras por um rasgo patriótico

Alvíssaras a quem me apontar um ministro ou um secretário de Estado - militante ou da confiança do PSD ou do CDS -, ou um deputado da maioria, ou um dirigente de qualquer um dos partidos, ou um militante de base que, imbuído de espírito patriótico, tenha protestado ao longo do dia de hoje contra a deslocalização do patrão da Jerónimo Martins. Alvíssaras a quem me apontar um ministro ou um secretário de Estado - militante ou da confiança do PSD ou do CDS - ou um deputado da maioria que, movido por um impulso reformador, tenha prometido uma lei que impeça a migração do domicílio fiscal dos donos do capital, subtraindo à Fazenda Nacional a receita que todos - contribuintes singulares e contribuintes colectivos - têm o dever de assegurar. Alvíssaras ainda a quem me demonstre que afinal as medidas de austeridade continuam a poupar, e como de costume, os que mais podem. .

Salários em atraso no "Jornal da Madeira"

A Direcção Regional da Madeira (DRM) do Sindicato dos Jornalistas (SJ)  denunciou hoje que a Empresa do "Jornal da Madeira" ainda não pagou os salários do mês de Dezembro de 2011, a falta de explicações por parte da administração e a indisponibilidade do Governo Regional para o diálogo. A culpa é da crise e da falta de liquidez, veio depois o GR explicar. Um aviso preocupante. .

De bagagens para a Holanda, com as armas em Portugal

Rezam as notícias das últimas horas do dia de hoje que o patrão da Jerónimo Martins se pisgou com a bagagem de dinheiro para a Holanda por causa das alterações às regras fiscais da pátria. Só não se mudou também com as armas (condições laborais, etc.), porque estas lhe fazem falta para encher os cofres sorrateiramente trasladados para um país onde as regras fiscais lhe doem menos. O gesto é obsceno e justifica uma resposta do Governo, antes que a moda pegue de estaca e vamos todos pedir a domiciliação fiscal algures na Holanda. Ou os trabalhadores não podem?... Assim como exige da dupla Merkel-Sarkozy e da trupe europeia que a segue uma resposta também à altura, impedindo tal malabarismo geográfico, assim como foram capazes de impor as suas políticas de esmagamento das economias nacionais e a dos trabalhadores, das famílias e dos desempregados através da violentação dos seus direitos e garantias. .   

Dia Mundial da Paz

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Há um belíssimo poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, popularizado pelo refrão da interpretação de Francisco Fanhais, indelevelmente ligado ao dia 1 de Janeiro - o de 1969 - "Cantata da paz", composto especialmente para a histórica vigília com que um grupo de cristãos surpreendeu o então cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira, mal findou a missa da meia-noite na capela de S. Domingos, em Lisboa, e com a qual quiseram reflectir sobre o concreto significado da paz num país em guerra contra povos ilegitimamente colonizados e numa igreja portuguesa oficialmente comprometida com essa guerra. Pelo segundo ano, os cristãos progressistas celebravam o Dia Mundial da Paz, proclamado por Paulo VI , o papa comprometido com a emancipação dos povos.

O melhor SMS de 2013

Até agora, o melhor SMS de ano novo que recebi foi este: "Olhemos para 2013, que de 2012 já estamos entendidos. Mesmo assim, bom Ano Novo." .