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A mostrar mensagens de 2012

Uma esparrela jornalística e uma profecia

Antes que o ano termine, três notas sobre o escândalo, digamos, jornalístico, das entrevistas dadas pelo falso quadro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Duarte Baptista da Silva: Não vale a pena armar aos heróis da integridade ética e deontológica do jornalismo. Muitos de nós cairíamos na esparrela em que caíram Nicolau Santos e outros jornalistas. Mas não tenho a certeza de que todos teriam a mesma coragem e a mesma elevação para cumprir honradamente o preceito (5.º) do Código Deontológico que manda assumir a responsabilidade por todos os actos profissionais e promover a pronta rectificação das informações que se revelem falsas. Daqui, pois, o meu abraço solidário. A extensa nota da Direcção do "Expresso" e em particular as explicações aos leitores e a assumpção do compromisso de reforçar os mecanismos de verificação devem ser relevadas como exemplo a seguir. Oxalá façamos todos o mesmo em relação a muita charlatanice, tantas vezes travestida de "

Claro que promulgou

Como era de esperar (e por que haveríamos de esperar o contrário?), Cavaco Silva promulgou o iníquo e suicida Orçamento do Estado para o ano de 2013 . Especula-se - especulam os jornais - sobre as justificações que o Presidente da República dará na sua mensagem de Ano Novo. Dará as do costume e nada mudará quanto ao seu comprometido compromisso com a desgraçada situação económica e social em que nos encontramos e para a qual ele contribuiu. .  

Apelo obsceno

O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, acha que os portugueses devem prevenir a doença e evitar o recurso aos serviços de saúde. Repito de ouvido o que parece uma tirada simultaneamente sensata (sim, é sempre bom apelar à prevenção) e infeliz (as pessoas recorrem aos serviços de saúde porque necessitam).  No actual contexto, com o governo e a maioria que o suporta a degradar os serviços de saúde e a empobrecer os portugueses, conduzindo a um retrocesso alimentar e nos cuidados de saúde preventivos, a "preocupação" e o "apelo" de S. Exa.ª são obscenos. .

Hortografia

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Casa da Cultura de Santa Comba Dão, Dezembro de 2012 .

O primeiro-ministro, a Televisão pública e duas incógnitas

A chamada mensagem de Boas Festas do primeiro-ministro deixa no ar duas interrogações muito legítimas: Primeira - Se Pedro Passos Coelho e a sua pandilha conseguissem privatizar o Serviço Público de Televisão, a mensagem de Boas Festas do primeiro-ministro seria transmitida em directo por que canais? Segunda - Quem escreve estas mensagens tão pobrezinhas? .     

Se eu fosse italiano

Se eu fosse italiano, consideraria absolutamente insultuoso (portanto, escuso de dizer antidemocrático, fora de qualquer discussão, e por aí fora...) que alguém declarasse a sua "disponibilidade" para ser - no caso, para voltar a ser - primeiro-ministro de um governo sem sujeitar-se ao escrutínio popular .

Antes que me confundam

Para que conste, faço pública a seguinte Declaração Eu não peço a suspensão da privatização da TAP, nem a suspensão da privatização da ANA, nem a suspensão da privatização da RTP, nem a suspensão da privatização de nenhuma empresa do sector empresarial do Estado, nem a suspensão da privatização de nenhum serviço público. E não peço por uma única, simples e claríssima razão: eu sou mesmo contra a privatização dessas empresas e desses serviços! E por isso, antes que me confundam, aqui deixo declarado publicamente que nem sequer admito a discussão dos termos, prazos, valores, voltas e reviravoltas. .  

Os verdadeiros perseguidos

O senhor José Manuel Rodrigues Berardo, que nos jornais também é noticiado como comendador Joe Berardo e às vezes é tratado como senhor comendador, queixa-se de que " este Governo está a perseguir as pessoas do dinheiro ". Eu também acho que está. Mas falamos de pessoas diferentes. Ele fala das pessoas que ganham dinheiro; eu falo das pessoas que fazem ganhar dinheiro a Berardo & C.ª - os de sempre. .

Fwd: desliguem tv na mensagem de boas festas do passos coelho, batam em tachos, buzinem, gritem

Reencaminho, publicando como me chegou, uma oportuna forma de protesto, sem prejuízo de outras coisas que direi lá para diante, para a "tradicional" mensagem de Boas Festas do primeiro-ministro. ---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Data: 20 de Dezembro de 2012 01:26 Assunto: Fwd: Para: Vai circulando pelo "éter" do nosso desgraçado Portugal uma proposta de protesto generalizado para o Natal. Será, tanto quanto sabemos, uma nunca vista manifestação popular de repúdio pela cega e subserviente política do actual Governo que nos arrasta para a miséria colectiva. A proposta consiste em:      1.  À hora do discurso de "Boas Festas" do Pedro Passos Coelho, desligar a TV;     2. À mesma hora, fazer o maior barulho possível (bater panelas, gritar, soar buzinas, enfim, o que nos vier à cabeça) à janela, à porta da rua, no jardim, seja onde for. Com Portugal inteiro a fazer um barulho infernal, talvez o som chegue aos ouvi

Está-lhe na massa do sangue...

Lembram os media que acaba amanhã o prazo para o Presidente da República enviar a Lei do Orçamento do Estado (OE). Não vale a pena fazer apostas: está na massa do sangue ideológico de Cavaco Silva a obediência aos sagrados desígnios dos mercados financeiros que enformam o OE. .

O secretário Moedas e a desgraça portuguesa vistos de duas faces

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Carlos Moedas, foto oficial in www.portugal.gov.pt O “Expresso” de ontem publica, em dois distintos cadernos, duas entrevistas que importa assinalar pela profunda interligação delas e pelas duas faces que elas representam da problemática que o entrevistado na primeira faz de conta que não coexistem fatalmente. A primeira, publicada no primeiro caderno do semanário, tem como co-autor o secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, apresentado como o homem que “vigia o cumprimento do memorando” entre as tróicas internacionais e a tróica nacional. A segunda, publicada no caderno de Economia, tem como entrevistado o coordenador do Observatório Económico e Social da ONU para o Sul da Europa, Artur Baptista da Silva.   O título-citação da primeira – “Reestruturar a dívida nunca esteve em cima da mesa” – é elucidativo da frieza com que o vigilante do cumprimento do pacto de agressão encara a sua própria missão e da irredutibilidade insensível ao sofrimento do

Respostas redondas no reino da mailocracia

Há assessores que gastam incontáveis dias para dar uma única resposta redonda e vazia a um conjunto de perguntas bem precisas e claras. Não são competentes, mas são bem pagos. Um dia destes, talvez publique uma colectânea muito ilustrativa de perguntas e respostas. E há também aqueles, igualmente bem pagos, que só servem para responder "mande um mail" (antigamente era um fax), mas jamais respondem. Em relação a estes, só poderei publicar as perguntas.      

Escrita clara, mesmo sem aspas

Por muitas e variadas razões que escuso de escrever, tinha mesmo de falar-vos na renovada, fresca e elegante "Escrita Clara" do meu amigo Júlio Roldão, uma das naves que não dispenso. Está aqui . Desfrutem-na, como se fosse uma janela arejando em inteligência e graça o sombrio casarão pátrio. .

"Uma espécie de código de boas práticas"

O impropriamente chamado "Brutosgate", isto é, o caso do acesso indevido de polícias a imagens da RTP não emitidas, tem dado origem a toda a sorte de opiniões e bitates , uns acertados, outros nem por isso, e aos mais variados disparates, inclusivamente com gente a chegar-se à frente a reclamar a invenção da roda e outra a clamar pela necessidade de regras, como se elas não existissem. O cúmulo do desvario veio hoje a lume, com o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social a anunciar uma invenção perigosa e evidentemente condenável: uma "espécie de código de boas práticas" de colaboração entre as redacções e as polícias, que o Sindicato dos Jornalistas prontamente repudiou . A ideia é mesmo uma ofensa aos jornalistas: um jornalista que não honre os seus deveres deontológicos não é digno nem do nome nem de respeito.  Disse. Para que conste!       

Os reféns das tróicas

Por muita areia que queiram lançar para os olhos dos trabalhadores, o PS e a UGT estão comprometidos até ao tutano com a decisão de avançar com a brutal redução da indemnização para 12 dias da eufemisticamente chamada compensação por despedimento colectivo que o primeiro-ministro confirmou hoje. Se fosse de apostas, apostaria singelo contra dobrado em como nem o PS vai rasgar o acordo das tróicas nem a UGT vai denunciar o chamado acordo tripartido com o qual se conluiou com o patronato e com o Governo no gravíssimo retrocesso de direitos dos trabalhadores que ele representou, com consequências dramáticas para centenas de milhares - ou milhões? - de pessoas. Ambos são reféns das tróicas e já não há volta a dar.   .

Como o Governo e a administração da RTP vêem o país real

A empresa de capitais exclusivamente públicos Rádio e Televisão de Portugal (RTP) está a desmantelar uma rica, importante e decisiva rede de delegados-correspondentes em capitais de distrito, especialmente na Rádio Pública, comprometendo irremediavelmente qualquer noção de serviço público e de contrição deste para a coesão nacional. O alerta de hoje do Sindicato dos Jornalistas é mais uma amostra de como o Governo e a Administração da RTP vêem o país real - de costas para ele e a milhas da realidade. .  

Cancro e alternativas com as devidas cautelas...

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Não há hoje nenhuma dúvida acerca dos extraordinários avanços da medicina nomeadamente em oncologia, com progressos muito significativos no diagnóstico e terapêutica do cancro, dos quais são referência os centros regionais do Instituto Português de Oncologia do Porto, Coimbra e Lisboa.  A enorme complexidade da doença e os prognósticos por vezes pouco animadores, assim como o desespero e a impotência perante o sofrimento e a incerteza abrem as portas às mais diversas e até fantasiosas "alternativas", que saem ao caminho dos doentes e dos seus familiares, por vezes nas barbas das instituições.  Há alguns progressos nas promessas dessas "alternativas": é que não deixam de recomendar que os tratamentos convencionais sejam mantidos... Na foto, um folheto "alternativo" junto da entrada principal do IPO-Porto. .

Quando o Governo cair

Em cada dia, e às vezes várias vezes ao dia, os vários membros do Governo, primeiro ministro incluído, dizem coisas diferentes, desdizem-se e contradizem-se. E sorriem quase sempre, que podemos estar descansados, o Governo está unido e para durar. No Parlamento, os partidos que o suportam fazem mais ou menos o mesmo número, há uns deputados a mandar umas bocas e outros a dizer que discordam, mas votam de acordo.  Agora, o segundo partido da coligação parece que manda uma carta fechada à tróica internacional à revelia do parceiro, e a rapaziada do parceiro continua a sorrir e a dizer que está unida, pois então. No meio disto tudo, vão tomando as medidas que se sabe, ora sorrindo, ora com o ar grave de quem decide o destino da Humanidade. É certo: o Governo vai cair dentro de meses, podre por dentro e derrotado pelo povo. O problema é que na sua derrocada vai causando estragos terríveis e dificilmente recuperaremos dos escombros sociais e económicos. .       

Morreu Papiniano Carlos

Papiniano Carlos, "poeta e escritor de primeira água e cidadão de primeira linha", no justo epitáfio electrónico que chegou ao meu correio ao fim do dia, morreu hoje, aos 94 anos. Militante do Partido Comunista Português (PCP) desde 1949, foi um intelectual inteiramente comprometido com a luta pela emancipação dos trabalhadores e contra o fascismo, coerente até ao fim. O corpo encontra-se na capela mortuária de Pedrouços, Maia, de onde sairá o funeral amanhã, às 15 horas, para o cemitério local. .

Homenagem a Luís Veiga Leitão

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Agenda:

Em defesa das funções sociais do Estado, uma Petição necessária

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As funções sociais do Estado são indissociáveis da qualidade de vida dos cidadãos e do desenvolvimento do país. Foi com o 25 de Abril de 1974 que a generalidade das pessoas idosas passou a ter direito a pensões e reformas; foi construído um Serviço Nacional de Saúde assente na universalidade e qualidade, que permitiu ganhos substantivos em saúde, como o aumento da esperança de vida e a redução da mortalidade infantil; democratizou-se o ensino, foi prolongada a escolaridade obrigatória e desenvolveu-se o acesso gratuito a todos os níveis de ensino. Estas funções sociais estão a ser postas em causa pelas políticas de austeridade do Governo do PSD-CDS. O anúncio de uma redução de 4.000 milhões de euros na Saúde, na Educação e na Segurança Social, a concretizar-se, porá em causa o próprio Estado Social. Portugal não está, apenas, confrontado com um problema de ordem financeira, mas, sobretudo, com uma questão marcadamente ideológica de subversão da C.R.P. no que respeita a direitos

RTP privada a 49% e pressentimentos

O "Público" em linha avança hoje que, em breve, o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares vai levar a Conselho de Ministros a proposta de privatização de 49% do capital da empresa Rádio e Televisão de Portugal, SA. Ainda não se conhecerá o essencial da artimanha jurídica em que assentará tamanha tropelia (que evidentemente deve ser repudiada com toda a firmeza), mas que tenho cá um pressentimento de que ela tem alicerces mais largos, lá isso tenho... .

Cavaco Silva deve estar riquíssimo,

porque consta que o silêncio é de ouro. .

Cinco maneiras de vencer o medo

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Na apresentação do seu último livro, "Vencer o Medo - Ideias para Portugal", Manuel Carvalho da Silva deixou cinco atitudes-chave para vencer o medo que parece tolher muita gente, a saber: 1.º - Exercitar a memória, não deixando morrer nem permitir o branqueamento das coisas que se passaram (o neoliberalismo e o neo-fascismo, esses sim, é que estão a trabalhar para a apagar ou branquear), e que são úteis à análise e à interpretação do tempo presente e da perspectivação do futuro; 2.ª - Construir a esperança, com a razão, com ideias, propostas e o seu confronto para gerar alternativas e não aceitar o fatalismo nem a inevitabilidade que querem impor-nos; 3.ª - Resistir à ofensiva, criando incomodidade nos que nos oprimem, apesar do desequilíbrio da relação de forças; 4.ª - Exercer a cidadania, especialmente através da participação em todas as frentes de discussão e de intervenção; 5.ª - Defender a afirmação do Estado de Direito. .

1.º de Dezembro: o feriado defenestrado (II)

Este parece ser o derradeiro feriado de 1 de Dezembro, comemorativo da restauração da independência e que as tróicas decidiram defenestrar , apesar da fezada do deputado do CDS-PP José Ribeiro e Castro nas 40 mil assinaturas para uma acção popular que hoje começou a recolher, com vista à sua reabilitação. .

Congressos partidários

Sugestão para académicos, estudantes e investigadores e outros estudiosos das Ciências Política e da Comunicação, Jornalismo incluído: seria interessante estudar os rituais cruzados da preparação e da realização dos vários partidos portugueses. Sugiro especialmente dois ângulos: Na área da Ciência Política, o da preparação das resoluções políticas (teses, num; moções noutros), desde a sua génese à aprovação final, passando pela discussão nas várias estruturas e níveis da organização partidária. Na área do Jornalismo em particular e das Ciências da Comunicação em geral, o das opções editoriais na escolha dos actores, de primeira e de secundíssima linhas, cujas origens, ideais, convicções e contradições são escrutinadas até ao detalhe. .

Direito a julgamento justo

Uma importante, decisiva e indisponível garantia consagrada no ordenamento jurídico de qualquer Estado de Direito Democrático é a de um julgamento justo, o que implica sempre o direito de defesa, de conhecer as acusações em tempo útil e de poder defender-se delas, por maior que "julguemos" que seja a culpa do arguido. Independentemente de quem achemos ou deixemos de achar que seja a culpa, e a quem caiba a distribuição de responsabilidades pelo que quer que tenha acontecido no celebérrimo caso do acesso de polícias a imagens não emitidas em arquivo na RTP e obtenção de cópias desses materiais, é evidente que um inquérito que não garantiu adequadamente tal defesa - seja a de Nuno Santos, seja a de quem for - deve ser condenado . .

Memórias do outro Salazar

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Em todas as vezes que visitei a Casa-Museu Abel Salazar , nunca deixei de impressionar-me com uma enorme fotografia na qual se representa o cientista, artista, pedagogo, pensador e antifascista arrumando, numa carroça sumária, o que lhe restava do seu laboratório de Histologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, de onde foi expulso em Junho de 1935, por inapelável ordem do outro Salazar, o botas de Santa Comba. É uma inúmeras verdadeiras memórias de Salazar que não podemos branquear. .

Histórias da Guerra Colonial

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Depois de amanhã, sexta-feira, em Fânzeres, Gondomar, uma tertúlia com memórias da Guerra Colonial: .

As verdadeiras memórias de Salazar

Alguém poderá, por caridade, ter a bondade de explicar ao presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão que as verdadeiras memórias de Salazar (António de Oliveira) são os perseguidos, os prisioneiros, os torturados e os mortos pela PIDE; os feridos, os estropiados e os mortos da Guerra Colonial; os trabalhadores longamente explorados e os trabalhadores que lutaram pela sua emancipação; aqueles que ousaram pensar de forma diferente e dizer ou escrever ou proclamar de alguma forma o que pensavam, e foram presos, torturados, perseguidos e mortos por isso, ou por causa disso perderam empregos e sustento e tiveram de partir para o exílio; os emigrantes à força e em fuga a um país atrasado e miserável e a um regime opressor; as hordas de analfabetos e semi-escolarizados do regime e todas as incontáveis vítimas de meio século de obscurantismo, de atraso económico, social, cultural, educativo e sanitário? Alguém, por caridade, poderá explicar ao presidente da Câmara de Santa Comba que

E agora, o veto que se impõe!

O PSD e o CDS/PP aprovaram hoje o pior e o mais violento Orçamento do Estado de sempre.  Parece que uns tantos deputados tinham uma declaração de voto que nem sequer entregaram. Nem precisavam: não há papel que lave a hipocrisia. Agora, a luta continua nas ruas, nas empresas, mas exige que o Presidente da República actue em conformidade, vetando esta lei iníqua. .

O duplo encargo da CGTP

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) convocou para amanhã uma necessária manifestação contra a aprovação do desastroso Orçamento de Estado. Com o duplo encargo de assegurar que a mobilização será grande (ou os contadores de pernas de manifestantes vão criticar-lhe a desrepresentatividade) e que não será violenta.  Com tanta gente a negar representatividade  ao Movimento Sindical em geral e à CGTP em particular, parece-me uma factura um tanto exagerada, a que apresentam desde já à central... .

Suspeitas quase científicas

Suspeito que o sensacionalismo também chegou à Ciência. Desconfio que, em precisando de visibilidade como de pão para a boca, há instituições de ensino superior que não hesitam em recorrer a técnicas de comunicação e imagem pouco consentâneas com o rigor que deve ser observado mesmo quando se trata de "mera" divulgação de produção científica. .

Contagens decrescentes

É já amanhã, dia 24, que se realiza a Conferência Nacional dos Jornalistas, convocada pelo Sindicato para alargar a discussão sobre o ponto de recuo a que chegaram o sector da comunicação social e esta classe, com graves e perigosas consequências. Alguém perguntava, há algumas semanas, se a democracia deixa de existir com os despedimentos, o emagrecimento das redacções e o encerramento de publicações. Como na boutade publicitária, até pode ser que continue, mas não será a mesma coisa. O momento em que foi estabelecida pelo SJ a prioridade imediata de realizar a Conferência de amanhã, justamente sob o lema “Democracia, Crises e Democracia”, era – e é – o de uma nova e violenta erupção de despedimentos e de ataques a direitos dos jornalistas. Mas esse momento tem atrás de si um rasto de erosão das redacções, desde logo em força de trabalho, mas também de memória, de experiência, de espírito crítico, de resistência ética. Entre 2009 e 2011, cerca de quatro centenas de jornalist

O Sindicato dos Jornalistas e a cedência de imagens da RTP à Polícia

Bem sei que advogo em causa própria, mas sempre me parece legítimo chamar aqui a atenção, como tenho feito em muitas outras ocasiões, para o comunicado, bastante completo e firme, que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas publicou ao início da tarde de hoje , sobre o alegado fornecimento à Polícia, pela RTP, de imagens não emitidas dos incidentes de 14 de Novembro junto da Assembleia da República. .  

Para que lado cairia o PS?

A sondagem do "Expresso" dá este resultado: PS-35% PSD-26,9% CDS-10,1% CDU-10% BE-9,5% Portanto, é só fazer as contas para a formação de uma maioria. Assim, PS + PSD = 61,9% PS + PCP + PEV + BE = 54,5% Para que lado cairia o PS? .

Jornalismo, Crises e Democracia

Com sou um bocado maduro, oiço há mais de 30 anos os patrões da Imprensa a falar de crise. Portanto, há uma crise endémica. E não se percebe muito bem como é que manteve tantas empresas e uns tantos grupos. Depois, há outras crises. Entre elas, a económica e social que atinge largas camadas da população e também, valha a verdade, a economia real - a que produz riqueza e a que comercializa bens e serviços a montante e a jusante da economia que produz. É verdade que a Imprensa (como se dizia antigamente), ou o também chamado sector da Comunicação Social é igualmente atingida  pela grave situação económica e social. Mas será só isso? É uma das muitas perguntas que eu gostava de ver respondida na Conferência Nacional dos Jornalistas, convocada pelo Sindicato dos Jornalistas para o próximo dia 24 de Novembro, entre as 14 e as 19 horas, na Casa do Alentejo, em Lisboa, e para a qual chamo a aqui a atenção dos interessados, notando que continuam abertas as inscrições para participa

A Greve Geral vista das primeiras páginas de hoje

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Não se enganaram os que, nas apostas sobre a representação da Greve Geral nas primeiras páginas de hoje, as previram assim:

Balanço possível

O Sindicato dos Jornalistas saudou os jornalistas e outros trabalhadores pela adesão à greve geral de hoje. Está aqui um balanço possível . ,

Greves: desafio aos sindicatos ou à nossa consciência?

Debrucemo-nos pois sobre o problema: esta greve é um - senão o - "grande teste à capacidade de mobilização dos sindicatos" (como ouço dizer a jornalista num serviço noticioso que já não me lembro)?  Ainda que eu mal pergunte: Por que razões não se interrogam os jornalistas sobre se não será esta greve - ou outra - um decisivo teste à nossa consciência de trabalhadores? Como dizia o outro, era só para ficar a saber... .

Trabalhadores da RTP na Greve Geral

Os trabalhadores ao serviço da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) em Lisboa também manifestaram hoje a sua adesão à Greve Geral. Está tudo explicado aqui . .

Pelo menos meia dúzia de razões...

... para os jornalistas aderirem à Greve Geral que o seu Sindicato e uns incontáveis sindicatos independentes, além de muitos sindicatos da UGT, acompanham e muito bem, estão aqui claramente enunciadas , com todas as letras e explicações. Para não se dizer que isto não é nada connosco. .

Um nó na garganta

Há muito tempo - sei lá há quanto tempo! - que não tenho em dia as leituras que fazem parte dos meus dias. Umas, de livros; outras, de jornais e revistas; outras, de blogues. Porque têm sido duros, e cada vez mais duros, sobeja pouco do tempo e da força necessários, tirando aquele desesperado mas indeclinável esforço da leitura de cabeceira, na derradeira hora - um capítulo deste romance, um pedaço daquele ensaio, um poema urgente... Deu-se o caso de, há poucos instantes, ter revisitado o Manuel Jorge Marmelo no seu lúcido, sereno e preciso bisturi electrónico, onde estão dissecadas  estas inquietantes palavras , além das outras que as antecedem, além das que já lhes sucederam e das que hão-de suceder-lhes. Fiquei com um nó ainda maior na garganta.        

Não, não é um simples caso de polícia

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) condenou ontem a agressão e as ameaças, pelo presidente da Junta de Freguesia de Guifões, Matosinhos, a uma jornalista ao serviço do "Jornal de Notícias", ocorridas anteontem à noite, no interior do edifício da JF.  as instalações daquele órgão autárquico. Como o SJ bem alerta , exigindo um pedido público de desculpas à jornalista Carla Soares e explicações aos fregueses de Guifões, o caso não é uma simples ocorrência de polícia. Tem a ver com a forma como os eleitos para órgãos democráticos encaram e praticam os valores da Democracia. Não é por acaso que, nas redes sociais, têm surgido comentários interessantes sobre o estado a que as coisas chegaram nesse campo. Aprendamos todos com isto...  .

A luta na RTP que ultrapassa a RTP

Os trabalhadores ao serviço da RTP no Centro de Produção do Norte, vulgo RTP/Porto, apelaram hoje à participação na Greve Geral de 14 de Novembro, declarando o seu compromisso para com a luta de todos os trabalhadores, a qual dá mais sentido à justa luta que vêm intensificando em defesa dos Serviços Públicos de Rádio e de Televisão, do seu direito ao trabalho e do trabalho com direitos. É o que leio na importante moção hoje aprovada em plenário. .

A fórmula de rapina

A expressão "refundação do Estado" matraqueia-nos há largos dias como promessa salvítica de um primeiro-ministro cada vez mais obcecado com a sua missão de exterminar o Estado. A fórmula de rapina dos direitos sociais e de direitos fundamentais exprime o desespero de quem quer desferir o golpe mortal sobre um edifício que tanto custou a construir. Contra tudo e contra todos. Isto vai acabar muito mal. .    

Agora é mesmo a vez dos jornalistas

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O Sindicato dos Jornalistas apresentou hoje o pré-aviso de greve para o dia 14 de Novembro . Com o apelo à classe feito no dia 2 , o desejo é que o pré-aviso não seja uma mera formalidade legal para dar cobertura legal àqueles que costumam juntar-se aos outros trabalhadores nas greves gerais...  .

De pé, pelo Jornalismo e pela Democracia

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"Sem alijar as responsabilidades próprias dos jornalistas, designadamente a reflexão que se impõe sobre se temos sido capazes de compreender as necessidades e expectativas informativas dos cidadãos e de responder-lhes de forma a que não deixem de considerar o nossa missão como indispensável ao seu quotidiano, o SJ apela aos cidadãos, às empresas e às instituições para que encarem os meios de informação e o Jornalismo como decisivos na vida da comunidade e instrumentos indispensáveis ao progresso económico e social, ao enriquecimento cultural e ao bem-estar." Da mensagem do Sindicato dos Jornalistas portugueses, alusiva à jornada europeia "Levantem-se pelo Jornalista" que a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ/FIJ) realiza hoje, 5 de Novembro.  .

Liberdade de investigação académica em questão

Uma tese de doutoramento recentemente defendida na Universidade do Minho pôs o país mediático empolgado e o país empresarial acirrado. A tal ponto que a Portugal Telecom (PT) e a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) ameaçaram o investigador Sérgio Denicoli com processos judiciais por difamação. Em causa, dizem, está o labéu difamatório que sobre eles lançou a tese, ao demonstrar, contam as notícias, que a PT capturou a Anacom na implementação da televisão digital terrestre (TDT).  À sucessão de notícias sobre o caso e a reacção dos "visados" e a posição da própria Universidade do Minho, demarcando-se das conclusões, opõe-se agora uma interessante petição pública , colocando em evidência um valor essencial também para a investigação científica - o da liberdade e independência da investigação académica. A este hora (23h40) tem 127 peticionários, na maior parte docentes universitários e investigadores, da UMinho, mas também de outras instituições de ensino s

Julgamento político

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Praça do Coronel Pacheco, Porto, Novembro de 2012  .

Os sindicatos na Imprensa

Primeiro, silenciam-nos; depois decretam a sua morte. E, todavia, existem. .

Partidos siameses

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Lembram-se destas imagens? Como aqui escrevi  na altura, não há verdadeiramente grandes diferenças, em matérias fundamentais, entre o PSD e o PS, e vice-versa. É como se fossem siameses. Não é por acaso que, no "Expresso" de hoje, Eduardo Catroga vem recordar a necessidade de o Conselho de Estado e a Tróica manterem o PS atrelado a compromissos... .

Os jornalistas e a greve geral de 14 de Novembro

" É o momento de também os jornalistas tomarem posição, de não ficarem à margem de uma luta que também lhes diz respeito, que é justa e que é necessária.  (...) Os jornalistas e o seu Sindicato são chamados a participar sem hesitações nesta jornada decisiva, mobilizando-se para fazer do dia 14 de Novembro uma oportunidade soberana para afirmar a sua capacidade de luta e a sua solidariedade para com todos os trabalhadores, contra as políticas económicas e sociais que ameaçam capturar o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos." O texto integral está aqui .   .

Inutilidade superveniente do mandato parlamentar

O Ministério da Austeridade confirmou hoje que a reforma do Estado está a ser preparada por funcionários do FMI e que serão submetidas à aprovação da Tróica estrangeira as "refundadas" e destruídas funções do Estado. Cabeça baixa, joelho em terra, curvados e muito agradecidos, o governo e os partidos que o suportam depositam a soberania nas garras do ocupante. Poderiam ao menos ter a decência de sair pela porta dos fundos, por inutilidade superveniente do seu mandato.   .

"Jornalismo, crises e Democracia" em debate

Sob o lema "Jornalismo, crises e Democracia", realiza-se no próximo dia 24 de Novembro, na Casa do Alentejo, em Lisboa, a Conferência Nacional dos Jornalistas. Organizada pelo Sindicato dos Jornalistas e aberta a todos os jornalistas, a iniciativa tem como temas para debate e reflexão: 1 - Os jornalistas e os media na crise e a crise nos media – causas, consequências e soluções. 2 - Jornalismo, estado de necessidade e práticas profissionais – cedências e limites legais, éticos e deontológicos. 3 - Crise, ideologia e deveres do Estado – em defesa dos serviços públicos de comunicação social.   A convocatória está aqui . .

O sonho do reset social

Há uma frase do discurso de ontem do primeiro-ministro, na discussão da Proposta de Lei do Orçamento do Estado, que ainda me incomoda e me deixa a remoer uma inquietante suspeita acerca do pensamento de quem nos governa. Dizia ele, e cito nomeadamente do JN de hoje, que "vale pouco a Constituição proteger os direitos sociais quando o Estado não tem meios para os assumir". Sua Excelência, pelos vistos despojada de aspirações cívicas e rendida aos ditames do neoliberalismo, sente-se desobrigada do esforço de fazer com que o Estado assegure aos cidadãos os direitos e garantias que a magna lei lhes confere. No seu furioso afã refundacional, aponta uma impiedosa calculadora ao peito dos desempregados, dos reformados e pensionistas, dos cidadãos doentes crónicos e de todos os que necessitam, temporária ou permanentemente, da protecção da nação. Receio que o grande sonho de Sua Excelência seja o de ter o poder de fazer um reset social ao país. .  

Sobre a necessidade dos sindicatos

Vai grossa a tentação de declarar a dispensabilidade dos sindicatos e decretar mesmo a sua inutilidade. Há quem diga até que o faz por não estar cativo de nenhuma dependência ideológica - dos sindicatos, como dos partidos. Sucede que as actuais circunstâncias e os demonstrados factos evidenciam uma conclusão muito clara (e também muito dramática): é que o declínio do movimento sindical, a perda da sua influência e o seu enfraquecimento estão numa direcção exactamente oposta à da recuperação plena da força, à enorme pujança e à decisiva influência força do patronato organizado. De facto, os patrões, os capitalistas, podem ser muito ferozes na competição entre si, porque isso corresponde ao oxigénio da sua existência. Mas eles estão organizadas em associações patronais fortes e em confederações extraordinariamente poderosas e influentes, em níveis talvez nunca atingidos. A prova é que o patronato e o grande capital capturaram - decida e decisivamente - o poder político e que

Despedimentos e moral

O empregador declara: "Para manter o emprego a 100 trabalhadores, tenho de despedir 20". Dilema moral de um trabalhador escolhido para ser despedido: "Que direito tenho eu de resistir, se no meu lugar vai outro"? Dilema moral de um trabalhador escolhido para manter o emprego: "O meu posto de trabalho custou o emprego de um colega". Problema moral: "Haveria outras vias, o patrão pode não estar certo ou pode mesmo estar a mentir-nos". .  

De que ri ele?

A pergunta que faz o título deste texto implicaria a publicação de uma fotografia - a dele. É desnecessária. Basta procurar nos jornais, impressos e em linha, as notícias com o ministro da Austeridade, Vítor Gaspar, a anunciar mais medidas e mais gravosas medidas ou relativas ao desempenho das Finanças: em regra, surge sorridente, senão mesmo em pose hilariante. Não sabemos se é obra do acaso. Estaria o senhor a rir-se de uma boa pilhéria, quando a câmara fotográfica, por um mero acaso, lhe capturou à falsa-fé um sorriso (vá lá, mesmo um riso) franco, descontraído e inocente? Sorriria - ou rir-se-ia - por puro e descarado cinismo, indiferente ao sofrimento que vai causando aos seus concidadãos? Não sabemos. E saberemos por que, sendo tantas dessas fotos de arquivo, as escolhem os jornalistas para ilustrar a desgraça das desgraçadas notícias que com esse rosto, às vezes explodindo (obscenamente?...) em gargalhada farta, serve para ilustrá-las? Será cinismo?, masoquismo?, será o quê

Comunicado/Acomodação: Resistência em dupla face

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Um oportuno e necessário panfleto. Poemas de resistência, pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (III): .

O elevador do desespero

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Elevador de edifício de escritórios, algures na "Baixa" do Porto, Outubro de 2012 .

Jornalistas, é o momento de agir!

O Sindicato dos Jornalistas promove no próximo sábado, dia 27 de Outubro, uma reunião geral de jornalistas - sócios e não sócios - destinada a discutir a situação no sector e a reflectir sobre formas de luta. Numa mensagem difundida hoje , exortou a classe a agir. Antes que seja tarde. .

Um pensamento para estes dias

Um pensamento interessante para os tempos que correm: "Ninguém gosta que o enganem; até o mais incorrigível mentiroso espera que lhe digam a verdade." Fidel Castro Ruz, 22/10/2012 .

Notícia da greve num sábado

Sábado, 20 de Outubro, a Agência Lusa não distribuiu um único take.  Jornalistas e outros trabalhadores e dirigentes do Sindicato dos Jornalistas andaram na "Baixa" do Porto e no Chiado, em Lisboa, a distribuir panfletos a explicar ao povo a sua greve. Houve muita gente solidária.  A luta continua. Amanhã é domingo, mas também é dia de greve: não haverá um take na linha. .  

Mobilização de jornalistas em marcha

É agora ou nunca! Os jornalistas estão a ser chamados a tomar a palavra - sobre o Jornalismo e as suas condições, sobre a situação nas empresas e no país. Além das reuniões já convocadas pelo Sindicato para o próximo dia 27 de Outubro (de amanhã a oito dias) e de outras iniciativas, o SJ convocou hoje uma grande Conferência Nacional dos Jornalistas, a realizar no dia 24 de Novembro, abrindo caminho à realização, também pelo SJ, do 4.º Congresso dos Jornalistas Portugueses. .

Notícia da solidariedade nas greves

O Sindicato dos Jornalistas saudou hoje o enorme êxito das greves na Agência Lusa e no jornal "Público" e enalteceu o espírito fraterno e as acções concertadas entre os jornalistas e outros trabalhadores das duas empresas, considerando que a solidariedade activa demonstrados mostram que é possível fazer um caminho mais longo e mais largo. .

Notícia das greves

O silêncio na linha de serviço noticioso da Lusa é uma excelente notícia: a greve continua a ser um êxito. Oxalá este silêncio seja escutado por quem de direito. Na trincheira do "Público" a malta está firme: até ao início da tarde, a esmagadora maioria dos jornalistas não estava a trabalhar. Outra boa notícia. Estive toda a manhã no duplo piquete da Lusa/Público no Porto e tenho boas notícias das concentrações conjuntas e móveis - primeiro na Assembleia da República; depois no "Público"; depois na Lusa. Isto vai, camaradas!  .

Homenagem a quem (re)descobre a sua dignidade e força interiores

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Um oportuno e necessário panfleto. Poemas de resistência, pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (II): .

Por que vai paralisar o "Público"

Amanhã, 19, outra Redacção deve parar: os trabalhadores ao serviço do "Público" vão cumprir uma greve de 24 horas em protesto contra um despedimento colectivo que não se pode aceitar, como aqui se explica mais uma vez . .  

Uma greve justa e exemplar

Não me consta que haja greves não justas. Mas é importante sublinhar que a greve que os jornalistas e os outros trabalhadores da Agência Lusa estão a cumprir desde as 00h00 de hoje é justa. E está a ser cumprida de forma exemplar, como sublinhou ao fim da tarde de hoje o Sindicato dos Jornalistas . .

Notícia da greve

A melhor notícia da greve é não haver notícias.  O serviço noticioso da Agência Lusa está suspenso até às 24 horas do próximo dia 21.  A generalidade dos meios de informação ressente-se. Vejam bem como a Lusa faz falta à Democracia.

Povo, não pares a tua tempestade!

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Um oportuno e necessário panfleto. Poemas de resistência, pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (I): .  

Não é só a Lusa que está em causa

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Os trabalhadores ao serviço da Lusa - Agência de Notícias de Portugal iniciam às 00h00 de amanhã, dia 18, uma greve de quatro dias. Não é uma greve qualquer e não é uma greve só por causa da Lusa. O que está em causa ultrapassa o que possa supor-se como interesses particulares dos jornalistas e dos outros trabalhadores que nela ganham o seu honrado sustento, como o Sindicato dos Jornalistas chama atenção aqui , apelando naturalmente à solidariedade. .

Quando os jornalistas também são chamados

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) publicou hoje um importante comunicado , convocando os jornalistas a tomar posição e a passar à acção. Há uma ofensiva brutal contra os trabalhadores - portanto, jornalistas incluídos - tanto nas empresas como na acção governativa: os patrões despedem-nos e privam-nos de rendimentos; o Governo e a maioria parlamentar empobrecem-nos ainda mais e não hesitam em ameaçar com o caos . O que está a passar-se no "Público", onde decorre já um processo de despedimento colectivo envolvendo 48 trabalhadores, 28 dos quais jornalistas, na Agência Lusa, onde um corte de mais de 30% das dotações do Estado ameaçam a sua sobrevivência, na Impresa, que quer encerrar cinco revistas e despedir 50 trabalhadores, na Cofina, etc., são ofensivas muito severas no sector da comunicação social que urge parar. Para quinta e sexta-feira, o SJ apela à expressão da solidariedade para com as greves convocadas na Lusa e no "Público", mas a organização sindic

Alvíssaras pelo paradeiro do Dr. Paulo Portas

Por favor!, alguém sabe por anda o Dr. Paulo Portas que escreveu que "o nível dos impostos já atingiu o seu limite" ? Ou será outro Paulo Portas? Agradecido. .

A ideia é mesmo essa, senhor ministro!

O ministro das Finanças lá nos quis convencer hoje que "não há alternativa" ao violento Orçamento de Estado que o o Governo teimou em entregar e que "quem estiver coma este Orçamento estará contra o programa de ajustamento" (cito de memória). Ora, a ideia é mesmo essa, senhor ministro! É mesmo rejeitar o programa de empobrecimento dos portugueses e do país e rejeitar de imediato um orçamento de Estado que insuspeitas personalidades não hesitaram classificar com os adjectivos mais dramáticos. .

As eleições nos Açores e o resto do país

Os resultados eleitorais de hoje na Região Autónoma dos Açores devem ter uma leitura também nacional. Mostram sinais claros à Direita, incluindo ao PSD, apesar de até ter reforçado o número de deputados, mas especialmente ao CDS e a Paulo Portas.

Receitas para resolver a crise: mais quatro propostas da CGTP

Depois de quatro importantes propostas para obter mais seis mil milhões de euros de receitas do Estado sem sacrificar os trabalhadores, a CGTP-IN apresentou hoje , no final de uma significativa marcha de uma semana contra o desemprego mais quatro propostas, agora para "eliminar a má despesa do Estado":  1.ª Proposta :   Exigimos que o Governo português, em conjunto com outros, exija a revisão do Regulamento do BCE, para que este passe a financiar directamente os Estados a 0,75%, tal como hoje faz ao sector financeiro. Num quadro em que em 2012, os juros da dívida atingem os 7,5 mil milhões de euros, a concretização desta medida levaria a que Portugal pagasse apenas 3 mil milhões de euros, poupando mais de 4.500 milhões de euros. 2.ª Proposta :  Exigimos que se ponha termo aos benefícios fiscais injustificados que conduzem à chamada “despesa fiscal” do IRC. Foi através deste e outros expedientes que ficaram por cobrar 9 mil milhões de euros de IRC, segundo os últimos