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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

Austeridade, ainda mais, para os do costume

As notícias da noite são aterradoras: dizem que o primeiro-ministro e o ministro das Finanças advertem que ainda podem vir aí mais e mais duras medidas de austeridade. Não há nada como ir anestesiando o povo com a inevitabilidade das medidas contra ele. As notícias foram obtidas com base nas intervenções dos supra referidos numa conferência da TSF e da Reuters, na qual desfilaram banqueiros e outros figuras da finança. Consta que essa coisa da inevitabilidade da austeridade agravada não é para eles.  

Não há condições

Juro que já estou cansado de tretas como esta: "Não estão reunidas as condições para a realização do referendo sobre a regionalização nesta legislatura" (Sócrates, ontem, citado hoje na imprensa). E estou cansado do argumento recorrente, ora do PS, ora do PSD, ora dos dois, ora do Bloco Central, segundo o qual "as circunstâncias económicas e políticas, blá, blá, blá..." .

Disfarces policiais e profissões neutrais

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e o Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência contestaram a utilização, na noite da passada quarta-feira, de um casaco do uniforme do Instituto de Emergência Médica (INEM) por um agente por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) para dominar um homem que sequestrava e esfaqueara uma mulher numa caixa de multibanco. Em síntese, aquelas organizações alegaram, segundo conta a edição de hoje do “Jornal de Notícias”, que o uso de elementos identificativos da actividade dos seus representados poderia pôr em perigo, no futuro, a vida e a integridade física destes. E explicaram que, em situações futuras, envolvendo criminosos, verdadeiros profissionais de socorro e emergência podem ser confundidos com polícias disfarçados. Trata-se de um receio fundado e legítimo, de resto extensível a outras profissões cuja neutralidade insuspeita constitui um requisito essencial para o desempenho das respectivas missões e para a

Estágios profissionais e jornalistas

O primeiro-ministro anunciou, hoje, na Assembleia da República, entre outras medidas sociais, um diploma proibindo a realização de estágios não remunerados. Não é uma novidade: o projecto de decreto-lei está em consulta pública desde 28 de Janeiro, data de publicação no Boletim do Trabalho e Emprego . O projecto de diploma apresenta um problema sério: consagra a realização de estágios à margem de uma relação de trabalho subordinado, submetendo-os a um mero contrato de estágio, cujo vínculo obrigacional não se confunde com o emergente de um contrato de trabalho. Além de alertar para esse problema, o Sindicato dos Jornalistas, num parecer entregue ontem no Ministério do Trabalho, considera que o regime a aprovar deve excluir expressamente o estágio dos jornalistas, previsto no respectivo Estatuto, numa portaria regulamentadora e nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho. É isso, em síntese, que é dito e explicado aqui .

O PSD, a ERC e o Bloco Central

O PSD apresentou um requerimento, na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República, para ouvir sete pessoas (“alguns membros da ERC e especialistas desta área”, lê-se) sobre a avaliação da experiência de regulação do sector constituída pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Também eu gostava de saber o que pensa o partido requerente sobre a criatura gerada pelo Bloco Central. Cá por coisas, e não é só por c onstar do rol dos designados “especialistas” a convocar pela Comissão, se o requerimento for aprovado no próximo dia 2 de Março.

Quatro desafios para os jornalistas

A convite (muito amável e que me honra) da Secção de Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, estive ontem, ao serão, na tertúlia “Conferências da Imprensa”. Propuseram-me que falasse dos “Desafios Actuais dos Jornalistas”. Discorri sobre quatro, dizendo, em síntese, o que segue de forma muito sumária. 1.º - Emprego – Está limitado por um mercado de trabalho e por um sector cujas dimensões se mostram incapazes de absorver o elevado número de diplomados debitados anualmente pelas escolas universitárias e politécnicas de Jornalismo, Ciências da Comunicação, Comunicação Social e afins. Mas não é só por isso que se verifica uma séria contracção nas contratações/recrutamento de jovens a iniciar a profissão: é também porque se agravam as tendências para o emagrecimento das redacções e para a precarização. 2.º - Credibilidade – As limitações do espaço informativo e do tempo destinado à recolha de informação e a erosão das redacções conduzem à superficialidade do tratam

"Expresso & Avante!, Dois espelhos do mundo"

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Agenda, sem falta, depois de amanhã. Do prefácio: “… o autor traça linhas de comparação/colisão de Jornalismo de Sistema e de Contra-Sistema. Os textos em que se busca a prova de vida desta tese incidem sobre exemplares do Expresso e do Avante!. Os números de observatório poderiam ser outros, já que todos transportam o código originário, o selo de compromisso. Os conteúdos são hierarquizados segundo uma Agenda de Interesses. Os balizamentos doutrinários ressaltam, por mais que se encene isenção. A declaração de imparcialidade é um truque estilístico do persuasor para vender o seu produto, para nos capturar nas redes ou circularidades sistémicas/anti-sistémicas. As compulsações conduziram-nos, página a página, imagem a imagem, a um discurso organizado para nos atrair/alistar. O Expresso e o Avante! cumprem os seus papéis de reguladores do Espaço Público, com os meios que lhes foi possível ou permitido mobilizar nos campos de influência, no raio económico-social de cobertura. As vant

Dos motins às revoluções

Agenda. Não posso assistir mas recomendo uma mesa-redonda bem actual – “Dos motins às revoluções, e vice-versa”, dia 19 de Fevereiro, às 15 horas, na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio , em Lisboa, numa organização UNIPOP e revista imprópria Participam: Miguel Cardoso, Pedro Rita, José Soeiro, Manuel Loff, Paulo Granjo e Ricardo Noronha. Transcrevo o texto de apresentação da iniciativa: A partir dos mais diversos pontos, de Roma a Tunes, do Cairo a Oakland, de Londres a Beirute, de Buenos Aires a Atenas, de Maputo a Sana, um conjunto muito significativo de lutas, manifestações, greves, ocupações tem vindo a ter lugar. Um elemento comum, além da assinalável capacidade de mobilização, parece ser o facto de muitas destas acções assumirem, formal e substancialmente, o questionamento não só da ordem estabelecida, mas também do padrão normalizado da luta política legal e confinada aos limites do poder de Estado. Num contexto de crise do capitalismo global, a ordem pública é confrontada

TVI despede mas tenta disfarçar

A TVI despede mas tenta disfarçar . É o truque do costume em muitas empresas: quer reduzir pessoal, mas não abre um processo voluntário para que quem quiser ir embora se apresente se as condições lhe agradarem; aborda trabalhadores escolhidos e propõe a rescisão, método que o Sindicato dos Jornalistas tem considerado atingir a dignidade pessoal e profissional dos “convidados a rescindir”. .

O "Avante!" completa hoje 80 anos

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O semanário "Avante!", órgão do Partido Comunista Português (PCP) e único jornal que trata sistematicamente informação sobre as lutas dos trabalhadores, completa hoje 80 anos. O primeiro número, publicado já na clandestinidade e em pleno vigor do fascismo, ostenta a data de 15 de Fevereiro de 1931. O "Avante!" foi, como se sabe, uma imparável voz da resistência e da luta antifascista, cujo âmbito editorial abrangeu, e abrange ainda, muito mais do que a realidade do PCP, como facilmente se demonstra na invejável colecção de números aqui disponível , numa iniciativa aliás inédita, para proveito de todos, mesmo os não-militantes nem não-simpatizantes. Já agora, uma pequena nota para jornalistas e outros utilizadores de menções ao título do jornal: "Avante!" grafa-se sempre, mas sempre, com um ponto de exclamação. É uma interjeição, uma exortação. O actual pode ser encontrado nas bancas, nos centros de trabalho do PCP e aqui .  .

Fobia da velhice

"Porque somos uma sociedade juvenilizada, com fobia da velhice e da morte." Uma frase para ficar a pensar. Está num texto de Helena Norte, na "Reportagem de Domingo" que o "Jornal de Notícias" publica hoje, sobre o problema bem actual dos idosos sós. Notem: A fobia não é em relação ao envelhecimento; é em relação à velhice. O primeiro é um processo progressivo, natural, que cresce connosco; a segunda acontece de repente, surpreende-nos na esquina do tempo. E o tempo, paradoxo singular, parece curto não obstante o aumento a esperança de vida. Como se tivéssemos demasiada pressa em viver e os idosos fossem um estorvo.

O plebiscito mediático do recandidato Cavaco Silva

Passe a presunção, pois sempre ouvi dizer que elogio em boca própria é vitupério, mas devo pertencer a um grupo provavelmente reduzido que (i) lê os relatórios da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e (ii) considera que os relatórios da ERC são úteis – e por isso são públicos – para que todos nós – jornalistas, cidadãos e por aí fora – tenhamos uma ou mais ideias de como anda a dita Comunicação Social (e a ERC, claro!). Posso não concordar com o modelo adoptado pelo poder político para o Regulador dos media , posso discordar desta ou daquela conclusão nesta ou naquela deliberação ou neste ou naquele relatório, posso não – ou sim – em relação a uma série de coisas, mas essa divergência (aliás suponho que publicamente conhecida ou publicamente escrutinável (presunçoso reincidente!) só torna clara a minha independência e a minha autoridade moral (outra vez a presunção!) para declarar que não considero os relatórios da ERC, mesmo os relativos ao pluralismo informativo, in

Em memória de Gonçalo Nuno Faria

O Gonçalo Nuno Faria completaria hoje 66 anos de vida. Deixou-nos cedo, deixando-nos mais pobres. Hoje, a Rádio Voz do Marão, de Vila Real, dedica-lhe um programa especial, ouvindo muita gente, especialmente camaradas de profissão e de outras andanças. Sou a mais insignificante delas. Dei, mais palavra, menos palavra, o seguinte modesto depoimento: Conheci o Gonçalo Nuno Faria há 30 anos. Eu estava em Braga a substituir temporariamente o delegado do meu jornal de então – o velho “O Primeiro de Janeiro”. Uma noite, a pretexto de tomarmos uns copos depois do fecho do jornal, fui encontrar-me com uns camaradas do “Correio do Minho”. Nessa altura, o jornal estava com problemas e lembro-me que havia na Redacção, mas sobretudo na tipografia, um mal-estar que suscitou logo tema de conversa. Quando cheguei, já lá estavam também o Gonçalo Nuno Faria, da RDP, e outro camarada do “Diário de Lisboa”. Ali mesmo encetamos uma longa, fraterna e por vezes exaltada conversa sobre os problemas do sect

SJ apresentou acção colectiva em defesa dos salários na RTP e Lusa

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) já apresentou no Tribunal do Trabalho de Lisboa, acções colectivas para impedir a redução salarial imposta pela Lei do Orçamento do Estado e pela Resolução do Conselho de Ministros publicada no passado dia 4 de Janeiro aos jornalistas na RTP e na Lusa, noticiou hoje  o sítio do SJ. .

Mubarak foi-se

O ditador Hosni Mubarak demitiu-se enfim e foi-se embora. Saudemos os resultados da revolução no Egipto. Mas estejamos atentos ao que ficou no Egipto e ao que virá agora. Há muito que fazer além das ruas e da Praça da Libertação. A liberdade precisa da alegria e do fogo-de-artifício, mas é o produto de muito sofrimento e de muita luta. .

Estatísticas intoleráveis

A Associação de Apoio à Vítima (APAV) acaba de publicar o seu relatório anual dos processos de apoio a vítimas de crimes, deixando-nos estatísticas que não podem deixar de causar perplexidade e preocupação. Alguns exemplos: Dos 19.032 factos criminosos registados, 15.236 (80%) relacionam-se com violência doméstica Dos casos de violência doméstica, 4389 relacionam-se com maus tratos físicos e 5293 com maus tratos psicológicos Em 7711 vítimas de crimes, 6694 (87%) são mulheres 48,5% dos casos registaram-se entre cônjuges/companheiros 55% dos crimes registam-se na residência comum 5349 são vitimadas continuadamente 1934 vítimas são vitimadamente continuadamente há mais de dois anos 1079 são vitimadas continuadamente há mais de sete anos 661 são vitimadas continuadamente há mais de 13 anos .

Práticas jornalísticas: uma pergunta sobre a arte de perguntar

Quanto um jornalista faz uma pergunta, fá-la porque pretende obter a resposta que o inquirido tiver para dar ou visa "a resposta" - aquela resposta, não outra... - que o jornalista pretende obter? .

Atenção malta das redes sociais

Nem de propósito: a Comissão de Queixas da Imprensa britânica (PCC, no acrónimo inglês) acaba de considerar que o conteúdo de mensagens partilhadas em redes sociais, mesmo em pequenos grupos, pode ser replicado nos jornais. A decisão do órgão de auto-regulação da indústria responde a uma queixa de uma cidadão, trabalhadora no Departamento de Transportes, contra os jornais "Daily Mail" e "Independente on Sunday", que transcreveram mensagens na sua conta no "Twitter" contendo revelações sobre a sua vida e o seu trabalho e que ela esperava permanecerem confinadas ao universo de 700 "seguidores". A PCC considera que a publicação das mensagens não violou o dever de respeito pela privacidade dos cidadãos por ser claro que a audiência potencial é muito maior do que, no caso, as 700 pessoas que a seguem, desde logo porque aquelas podem facilmente reencaminhadas para uma audiência maior. Moral da história: atenção malta das redes sociais, não escrevam na

Nem tudo o que tem pernas anda; nem tudo o que "acontece" é notícia

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Ouvi há muitos anos uma expressão que nem sei se corresponde a um autêntico e validado rifão popular ou a uma charada mais ou menos conhecida. Rezava mais ou menos assim: "Bem tudo o que tem pernas anda". A solução estava à vista: uma cadeira, por exemplo, tem pernas e não anda. Ocorreu-me o talvez falso-rifão ou a talvez falsa-charada a propósito de uma "onda" recente e muito demonstrativa de um certo jornalismo (muito) preguiçoso, que valoriza artificialmente fenómenos, que não chegam a ser sequer epífenómenos quanto mais fenómenos, acontecentes nas redes sociais, como se revestissem os significados e as importâncias que tantas vezes se lhes atribui. Já nem falo (fica para outra altura, se puder) do facto de jornalistas utilizarem a circunstância (e o truque) de, participando num grupo de uma rede social, aproveitarem como notícia os desabafos e as informações nele partilhados. Tal prática, mesmo tratando-se de um perfil ou de um grupo expressivamente numeroso, p

Prefiro o voto actual ao "voto preferencial"

Como se fosse o maior problema do país e da Democracia, alguns políticos e outros tantos politólogos afadigam-se a discutir soluções para "o problema" do sistema eleitoral. Por um lado, há quem queira reduzir o número de deputados, já se calculando o resultado do artifício: a institucionalização do Bloco Central, fazendo de conta que um partido governa e o outro é oposição, alternando quando alternarem. Por outro,  há quem defenda uma "solução" chamada "voto preferencial". Grosso-modo, a coisa funcionaria assim: o eleitor escolheria, consoante as modalidades disponíveis, os deputados da sua preferência entre as listas propostas pelos vários partidos ou, numa das variantes, entre os propostos pelo partido da sua preferência. Seria uma espécie de sufrágio "self-service"... Ainda hoje o "Jornal de Notícias" publica uma peça sobre o assunto. A solução é proposta por um trio de académicos de nomeada mas não me convence, antes  preocupa-me. A

Por que não o calam como ministro?

Talvez seja necessário fazer um desenho. Mas fiquemo-nos pelo enunciado de alguns factos e de algumas perguntas: O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, defendeu a redução do número de deputados à Assembleia da República. Fê-lo numa entrevista ao "Diário Económico". Fê-lo a título pessoal ou tinha mandatos do do PS e do Governo, de cuja "abertura" para o assunto se fez porta-voz? O deputado Francisco de Assis, líder parlamentar do Partido Socialista, que, segundo parece, é o partido de suporte parlamentar do Governo, declarou solenemente que o PS nem sequer quer falar do assunto. Fê-lo a título pessoal ou reflecte a decisão fechada do GP do PS? O líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, escreveu de prestes ao ministro Lacão e ao líder Assis propondo reunião urgente para tratar do assunto. Fê-lo porque sim ou porque há algo mais do que o porque sim?... O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, declarou que tal ideia não está nas intenções do Gove

O dia em que o Império começou a acabar

Há 50 anos, perto das três da manhã do dia 4 de Fevereiro de 1961, centenas de negros mal armados, dispondo apenas de facas, catanas e paus, atacaram simultaneamente a Casa da Reclusão Militar, as cadeias civis de Luanda, o quartel da Companhia Móvel da Polícia de Segurança Pública e a estação da Emissora oficial, na tentativa de libertar militantes nacionalistas que lutavam pela independência de Angola. O acto armado que ficou conhecido por "4 de Fevereiro", longamente preparado sob o impulso do vigário-geral da diocese de Luanda, o cónego mestiço Manuel Mendes das Neves, mas sem o enquadramento de uma organização devidamente estruturada, custou 40 vidas aos voluntariosos negros que nessa madrugada ousaram atacar quatro centros do poder colonial, mais sete numa nova tentativa cinco dias depois, além de um número jamais quantificado - terão sido centenas - de centenas de vítimas das "batidas" de milícias brancas aos musseques organizadas pela PIDE. Há quem aponte o

Cruzamento de blogues

Sem mais delongas e muito menos comentários, convido-vos a ler este postal do Vítor Dias e tudo o resto que for achado como necessário. .

O Egipto, os museus e o direito à fruição do património

Agenda (e não só...). O Prof. Doutor Luís Aires de Barros profere hoje, pelas 17 horas, na Sala Maynense, da Academia das Ciências de Lisboa, uma conferência subordinada ao título "Arte no Tempo". A propósito, Paulo Alves Guerra conversou com o conferencista, esta manhã, na Antena 2, no programa "Império dos Sentidos" (de segunda a sexta-feira, das 7 às 10 horas), programa que escuto todos os dias com agrado e proveito. A dada altura da conversa, instado a comentar, a pretexto dos históricos acontecimentos em curso no Egipto, a intenção das autoridades egípcias de restringir o acesso a certos monumentos, Luís Aires de Barros, evitando elegantemente pronunciar-se em definitivo sobre as medidas (escrevo de memória, e com uma memória condicionada pela atenção à condução automóvel matinal), discorreu sobre um exemplo familiar a tantos de nós para chamar a atenção para um problema em todo o mundo culto: as consequências para a exposição permanente de peças do património