A essência do essencial

Não, Senhor Presidente da República, não concordo com o que disse hoje no discurso do 10 de Junho:
"(...) Não se podem pedir sacrifícios sem se explicar a sua razão de ser, que finalidades e objectivos se perseguem, que destino irá ser dado ao produto daquilo de que abrimos mão." 
Não basta explicar; é necessário discutir e debater e ter o direito a rejeitar e a apresentar alternativas.
"(...) A responsabilidade na procura de entendimentos que evitem rupturas no tecido social não compete apenas aos agentes políticos.
Nestes tempos de incerteza é necessário, mais do que nunca, um contrato social de unidade e de solidariedade entre empresários e trabalhadores."
Já muita gente deu para esse peditório do mito da conciliação de classes e são sempre os mesmos a pagar a factura.
"(...)Este não é o tempo para querelas partidárias ou quezílias ideológicas que nos possam distrair do essencial."
O problema é que há mesmo muito mais de "partidário" e de "idelógico" no "essencial" de que nos querem desviar a atenção.

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