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A mostrar mensagens de maio, 2010

Razões para uma manifestação

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Ao longo deste mês, o Governo - e com ele também o PSD - foi adicionando razões para o protesto de hoje na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Foram elas: As "medidas adicionais" do PEC 2010-2013 aprovadas no dia 13 de Maio As "medidas adicionais de consolidação orçamental" aprovadas no dia 20  As "medidas adicionais" do PEC aprovadas quinta-feira, dia 27 Ler mais aqui

Intelectuais contra o PEC

1. O Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 (PEC) não é uma lei nem virá a sê-lo. O que foi aprovado na AR, com os votos favoráveis do PS e a abstenção complacente do PSD, é uma resolução. Cada uma das medidas terá que ser discutida e votada quando o governo apresentar a respectiva proposta de lei. O PEC não é inevitável, a orientação política que consagra não é a única possível. 2. Numa Europa prisioneira, também ela, da crise dos modelos monetaristas e neo-liberais, e incapaz de uma estratégia de desenvolvimento, o PEC amarra Portugal a uma política económica subordinada à redução abrupta do défice orçamental, e que só levará à estagnação económica e ao agravamento das injustiças sociais, ao alargamento da distância que separa o nosso país dos países económica, cultural e socialmente mais desenvolvidos. Estagnação económica: As medidas contidas no PEC insistem num modelo errado que pretende basear o crescimento, numa política de baixos salários e no aumento das exportações.

Touradas, apesar de Hemingway e de Lorca

As imagens da impressionante cornada sofrida pelo toureiro Julio Aparicio, na passada sexta-feira, na praça de touros de Las Ventas, em Madrid, continuam a correr mundo e a fixar-se de plasmar-se de forma indelével na memória internâutica. Apesar de Ernest Hemingway e de Frederico Garcia Lorca, o género está longe de atrair-me, mesmo numa perspectiva estética - que é a primeira de tantas desculpas... - e causa-me repulsa. Há muito que o sofrimento de animais e de homens para gáudio da populaça deveria ter sido banido. É uma questão de Civilização e uma questão de Decência .

No Dia da Diversidade Cultural, os direitos dos autores

No Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, que hoje se assinala, é importante recordar o Artigo 8.º da Declaração Universal aprovada pela UNESCO em 2 de Novembro de 2001: "Face às mudanças económicas e tecnológicas actuais, que abrem vastas perspectivas para a criação e a inovação, deve-se prestar uma particular atenção à diversidade da oferta criativa, ao justo reconhecimento dos direitos dos autores e artistas, assim como ao carácter específico dos bens e serviços culturais que, na medida em que são portadores de identidade, de valores e sentido, não devem ser considerados como mercadorias ou bens de consumo como os demais."

Museus: problemas de preço e de "intimidação"

A pretexto do Dia Nacional dos Museus que hoje se assinala, a jornalista Alexandra Lucas Coelho publica hoje no "Público" uma interessante peça sobre a eventual gratuitidade das entradas nos museus em estudo no Ministério da Cultura. Há, no texto, prós e contras respeitáveis e identifica-se um efeito (e há múltiplas consequências...) - a baixa frequência dos museus. Certamente que o custo dos ingressos pesa e é um problema sério no orçamento das famílias que cultivem o hábito e o gosto de visitar museus, ou que gostariam de cultivá-lo, o que contribui bastante (quanto?) para a indução desse efeito. Mas há uma outra causa que não é nada negligenciável: a intimidação. Dito de outra maneira: há muita gente que simplesmente "não consegue" entrar num museu ou numa biblioteca, que se sente intimidada, que os sente fora do seu alcance - intelectual, afectivo... E este é um problema cultural de monta.

Desvios de atenção

O Presidente da República promulgou hoje o Decreto da Assembleia da República que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "Entendo que não devo contribuir para arrastar inutilmente este debate, o que acentuaria as divisões entre os Portugueses e desviaria a atenção dos agentes políticos da resolução dos problemas que afectam gravemente a vida das pessoas", justificou, na sua comunicação ao país . Mas a verdade é que a intervenção de S. Exa. desviou, e muito, a atenção de questões essenciais. Como esta . Já se sabe que são coincidências.

Aliança PS/PSD+patrões+banqueiros

"E, ao longo da semana, foram ouvidas várias personalidades, incluindo economistas, patrões e banqueiros" (No "Jornal de Notícias" de hoje, sobre os bastidores da negociação extra-parlamentar entre o PS e o PSD  do acordo para o chamado plano de austeridade)

Crise ibérica

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Cotação do vestuário, hoje, na feira de Vila Nova de Cerveira

Com a bênção da Igreja

"As medidas de austeridade e de simplicidade de vida são medidas que nós há muito tempo dizíamos que eram precisas (...) Todos os portugueses são chamados a ser responsáveis nesta hora e nós na história temos dado provas de que não temos medo das crises, nem dos momentos difíceis, mas sabemos encará-los" Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (da igreja católica), citado pela agência Lusa

"Sacrifícios adicionais"

Por muito que nos embalem com chavões, "os sacrifícios adicionais" de que fala o presidente do PSD nunca serão "distribuídos de forma justa e equilibrada". Não é preciso explicar, pois não? OBS: as expressões entre aspas são atribuídas na imprensa de hoje a Pedro Passos Coelho

Então, há obras ou quê?!

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